A contagem regressiva para a Copa do Mundo chegou aos 100 dias nesta sexta-feira (12). A marca centenária iria ocorrer neste sábado (13), mas teve alteração após a Fifa anunciar a antecipação na abertura do Mundial. A seleção do Catar, dona da casa, vai enfrentar o Equador no dia 20 de novembro. O duelo estava marcado para o dia seguinte.A mudança foi analisada e confirmada pela Fifa quatro meses após o sorteio da Copa do Mundo. O jogo de abertura seria entre Holanda e Senegal. A entidade optou por alterar o primeiro jogo do Mundial, já que, tradicionalmente, a seleção anfitriã ou atual campeã participa da primeira partida do torneio, o que não iria ocorrer inicialmente.Essa será a primeira edição de Copa do Mundo em um país árabe e a última com 32 equipes na disputa. O número será de 48 seleções a partir de 2026, edição que terá sedes compartilhadas por Canadá, Estados Unidos e México.Leia também- Tite possui dúvidas para fechar lista- França tem retorno de goleador e segue com base talentosa- Atacante do Flamengo pode ser novidade no Catar- Trio é referência mesmo em mercado alternativos- Catar terá proibição para manifestações públicas da comunidade LGBTQIA+A contagem regressiva, que chegou aos 100 dias nesta sexta-feira, teve início em 2 de dezembro de 2010, quando a Fifa confirmou que o Catar seria a sede da 22ª edição do principal torneio de futebol do mundo.A escolha do Catar como país da Copa em 2022 foi cercada de polêmicas. A vitória de 14 a 8 votos contra os Estados Unidos foi alvo de denúncias de corrupção. Desde a escolha, o país na Península Arábica, na Ásia, passou por maior exposição ocidental.Catar está em uma região marcada pela exploração de petróleo e gás natural. O governo do país possui regime de emirado, comum na região asiática. Um dos objetivos do Mundial foi ajudar na melhora de índices econômicos, sociais, humanos e ambientais, que integram o Plano de Desenvolvimento “Qatar National 2030”, criado em 2008.Estima-se que a realização da Copa do Mundo adicionou R$ 72 bilhões à economia local desde a escolha, em 2010.Além dos sete estádios construídos do zero, a Copa do Mundo acelerou processos na infraestrutura do país. Uma marca divulgada pelo Catar é a de fazer um Mundial com pouca distância entre as sete sedes - a maior é de 70 km, do Estádio Al Bayt, em Al Khor, para o centro de Doha, onde foi construída grande parte das atrações turísticas e estão concentrados os hotéis e shoppings.Um metrô que liga a capital do Catar às outras sedes foi construído. A ideia é que o torcedor possa acompanhar mais de um jogo, no mesmo dia, em cidades diferentes.Até uma cidade foi construída, Lusail. No local, está o estádio icônico de Lusail, que receberá dez jogos, seis da fase de grupos, incluindo a estreia do Brasil contra a Sérvia, pelo Grupo G. Um jogo de cada fase eliminatória (oitavas de final, quartas de final e semifinal) será disputado na nova cidade, que também será palco da decisão da Copa do Mundo, prevista para o dia 16 de dezembro.Cada estádio recebeu conceito de sustentabilidade, mas todos os sete construídos do zero terão capacidade reduzida após o Mundial. Alguns serão utilizados pela população local como espaços para centros comerciais com o objetivo de desenvolver a economia local e não virar elefantes brancos.É possível afirmar que praticamente tudo construído no Catar foi feito por imigrantes. A estimativa é que quase 3 milhões de pessoas vivam no Catar, cerca de 350 mil locais. O restante são imigrantes, que se dedicaram aos trabalhos braçais nas obras da Copa do Mundo. Há denúncias de desrespeito aos direitos humanos e trabalhistas dos operários, que sempre foram negadas pelo país do Mundial.O desejo de mudar a imagem do país perante ao mundo, no entanto, não deve ocorrer. Um tema que tem causado insegurança é a relação do Catar com a comunidade LGBTQIA+. Demonstrações de afeto em público são proibidas. Manifestações públicas, como andar com a bandeira do arco-íris, serão proibidas no país da Copa, com possibilidade de prisão. No Catar, a homossexualidade é crime.Neste cenário, a Copa do Mundo receberá craques de 32 seleções a partir do dia 20 de novembro. Na busca pelo hexa, o Brasil vai enfrentar a Sérvia, Suíça e Camarões na 1ª fase, pelo Grupo G do Mundial.