O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, não garantiu a permanência no cargo do técnico Jorginho depois do empate de 1 a 1 diante do Cuiabá-MT, neste domingo, no Estádio Antônio Accioly. O Dragão terá clássico contra o Goiás no próximo sábado (27), no Estádio da Serrinha, onde jogará pressionado pela necessidade de vitória para esboçar uma reação que era esperada na partida em casa, ao medir forças com o time mato-grossense.Neste ano, os dois clubes do Centro-Oeste, Atlético-GO e Cuiabá, empataram pela quarta vez - dois jogos na Série A (1 a 1 em ambos) e Copa do Brasil (1 a 1 e 0 a 0, com vitória nos pênaltis). A equipe rubro-negra é apenas a antepenúltima colocada na Série A, com 22 pontos. Poderia ter saído do grupo dos quatro últimos colocados (Z4) se vencesse neste domingo.“Não posso chegar aqui e tomar decisão. Tudo será avaliado. O Jorginho é bom caráter, uma pessoa excelente. Vou ter de analisar friamente, ser racional. Paixão é algo totalmente fora desse contexto”, justificou o dirigente atleticano, que manteve Jorginho no cargo mesmo depois de seis derrotas seguidas na Série A. Porém, o time tem mostrado uma queda de produção nos últimos jogos - vem de empates com Botafogo (0 a 0) e Cuiabá-MT (1 a 1), uma goleada para o Corinthians (4 a 1) e a eliminação na Copa do Brasil.Leia também:+ Atlético-GO decepciona e empata com Cuiabá no Accioly+ Série C: Aparecidense busca empate duas vezes com o MirassolAdson Batista argumenta que o “se” não entra em campo e a equipe tem oscilado mais do que mostra sinais de evolução nos últimos dias. A favor do treinador, pesam o bom trabalho e alguns resultados, como na boa campanha na Sul-Americana, em que o clube está na semifinal, além da escassez de bons treinadores no mercado. Contra Jorginho, estão a queda de produção e o fato de que o Dragão não consegue sair do Z4.Jorginho garantiu que está tranquilo em relação a qualquer decisão que Adson Batista tomar nas próximas horas. “Podem jogar tudo sobre mim, tenho as costas largas. Torcedor é muito passional”, disse o treinador sobre as vaias recebidas. Em relação a Adson Batista, para o técnico se trata de “um homem de caráter, fala olho no olho, tenho certeza que nesta área ele (Adson Batista) é o melhor”, acrescentou Jorginho, que se diz “homem de personalidade forte”.Segundo o treinador, se for demitido, sairá do clube tranquilo pelo trabalho feito e sem reclamar da decisão tomada pelo dirigente máximo do clube.O futuro de Jorginho está comprometido porque, no jogo contra o Cuiabá, o Atlético-GO fez 1 a 0 aos 33 minutos em belo cabeceio de Diego Churín. Mas o lance infantil do zagueiro Lucas Gazal, em que perdeu a bola, cometeu falta sobre Valdivia e foi expulso no fim do primeiro tempo, atrapalhou o Dragão.No segundo tempo, o Cuiabá pressionou, criou mais chances e o domínio sobre o Dragão só não resultou em vitória porque o goleiro Renan salvou o Atlético-GO e uma bola parou no travessão. Rodriguinho empatou aos 38 minutos.