Antes do pontapé inicial, Argentina e Uruguai posaram para fotos unidas e em sinal de companheirismo, em Tel-Aviv (Israel). Mas bastou o apito inicial para que as seleções envolvidas no clássico sul-americano mostrassem que o amistoso seria encarado como um jogo oficial. O empate por 2 a 2 foi justo para um Uruguai, mais organizado, diante de uma Argentina que vai ganhando corpo com o trabalho do técnico Lionel Scaloni.Os quatro gols do Clássico do Rio da Prata foram marcados por estrelas internacionais: Cavani e Suárez, pelo Uruguai, e Aguero e Messi, pela Argentina, que vinha de vitória sobre a seleção brasileira, por 1 a 0, na última sexta-feira.Várias faltas duras foram registradas no primeiro tempo, com três cartões amarelos sendo distribuídos. Messi sofreu forte marcação, mas mesmo assim a Argentina foi melhor, ao concentrar o início de suas jogadas pelas laterais.Mas uma bobeada na marcação argentina não foi desperdiçada pelos uruguaios. Torreira descobriu Suárez pela direita e o atacante do Barcelona tocou rápido para a chegada fulminante de Cavani, que, mesmo visivelmente fora de forma, abriu o placar: 1 a 0, aos 33 minutos.Em desvantagem no placar, a pressão argentina aumentou. Dybala chegou a empatar, aos 38 minutos, mas o gol foi anulado por causa de um toque de mão na bola. O Uruguai ajustou uma retranca quase intransponível, responsável pelos 13 jogos consecutivos sem derrota do time de Óscar Tabárez - não perde no tempo regulamentar desde 20 de novembro de 2018, quando perdeu para a França.O panorama foi o mesmo no segundo tempo. Detalhe: Messi, mais agitado que o normal, se apresentava para iniciar todas as jogadas. O esforço do craque foi recompensado, aos 17 minutos. Sua cobrança de falta pela esquerda foi na cabeça de Aguero: 1 a 1. Mas não deu tempo nem para comemorar. Suárez, em cobrança de falta, colocou o Uruguai mais uma vez na frente do placar: 2 a 1, aos 23 minutos.A partir daí, só deu Argentina no ataque. Aguero (duas vezes) e Dybala tiveram boas chances para marcar, mas o gol de empate só veio aos 45 minutos, em cobrança de pênalti de Messi, premiando mais uma boa atuação do craque, que havia dado o passe para o gol de Agüero, além de ter distribuído dribles e toques de efeito.