O Atlético-GO está em processo de formação de novo elenco e, a partir dele, de um time para 2022. Aberta, a disputa começa entre quatro os goleiros: Luan Polli, Renan, Ronaldo e Leonardo. Os dois primeiros saíram na frente no primeiro jogo-treino da pré-temporada, segunda-feira (17), no empate por 1 a 1 com o Gama, já que atuaram um tempo cada. A partir de quinta-feira (20), Léo, titular e um dos destaques do Dragão na Copa São Paulo, passa a integrar o grupo.A equipe atleticana terá um novo camisa 1 em 2022. A concorrência se apresenta após três temporadas marcadas pela presença de especialistas que deixaram legado importante: Maurício Kozlinski (em 2019), Jean (2020) e Fernando Miguel (2021). Eles fizeram parte do processo de afirmação do clube, passando pelo acesso à Série A, o bicampeonato goiano, a conquista de vagas na Copa Sul-Americana e as boas campanhas na elite nacional.Os candidatos à camisa 1 iniciam a temporada com a cobrança de serem tão bons e eficientes quanto os três anteriores, que chegaram sob desconfiança no CT do Dragão, trabalharam duro e retomaram a carreira num bom nível. Para se ter ideia, Jean e Fernando Miguel deverão disputar a Copa Libertadores, respectivamente, por Cerro Porteño (Paraguai) e Fortaleza. Além disso, ambos foram capitães e tiveram números vistosos no Dragão.Por experiência e currículo, a escolha do novo camisa 1 tem dois candidatos de mais peso: Luan Polli, de 28 anos e 1,87m, e Renan, de 32 anos e 1,90m. Ronaldo, de 25 anos e 1,94m, e Leonardo, de 24 anos e 1,93m, prometem engrossar a disputa. A definição do futuro titular passará por aquilo que cada um deles mostrar no dia a dia de treinos e jogos.Ano passado, os candidatos pouco jogaram e isso será um desafio a mais. Polli sóatuou uma vez no Dragão na Série A (entrou durante jogo com Juventude); Renan disputou as últimas partidas pelo Ludogorets (Bulgária) no primeiro semestre antes de voltar ao Brasil. Ronaldo teve litígio com o vitória e jogou até julho, ao passo que Leonardo teve duas chances no Goianão 2021.No novo ciclo de goleiros que se inicia no Dragão, o quarteto vai passar pelo ritmo acelerado empregado pelos preparadores de goleiros do clube: Marcos Medeiros e Claudio Cerqueira, o Nonô. Na média, cada sessão diária de treinos de um goleiro, no Dragão, consome quatro horas, divididas entre trabalho de campo e as sessões na academia. Na função, a dupla tem muita sintonia.“Ainda não tem um camisa 1 definido para iniciar a temporada. Tecnicamente, são bons goleiros e a disputa será bastante acirrada”, revelou Marcos Medeiros, responsável pela preparação dos jogadores da posição e que é profissional de confiança no clube, ao lado de Nonô.Desde a Série C de 2006, com duas saídas para Ceará (2009 e 2010) e Botafogo (início de 2015), Medeiros calcula ter preparado cerca de 25 atletas da posição no Atlético-GO. Em geral, chegaram desconhecidos ou estavam em baixa, como Márcio, que se tornou recordista de jogos do clube - 532 atuações (2007 a 2016).O trabalho é a base para o sucesso de um goleiro, segundo Medeiros. O jogador da posição precisa ralar nos treinos e jogos. Chegar primeiro e sair por último do campo. “o Atlético-GO sempre foi um clube emergente, em crescimento e que oferece as melhores condições. Então, é só trabalhar muito”, acrescenta. Partindo destas premissas, começam a ser avaliados aspectos técnico, físico e o momento psicológico.Fernando Miguel, o último titular do gol atleticano, por exemplo, chegou em 2021 com a mancha do rebaixamento do Vasco à Série B e o peso da idade (36 anos). “Ele entendeu o perfil do clube, entrou rápido no ritmo de trabalho. Queria recuperar a carreira e fez isso muito bem”, explicou Medeiros.