O Atlético-GO tem algumas situações para resolver após a saída do técnico Marcelo Cabo, no início da manhã desta segunda-feira (7): a contratação de um substituto que se enquadre no perfil do clube, a reabilitação no Goianão após duas derrotas seguidas e a continuidade do trabalho da comissão técnica fixa até que um novo treinador seja contratado. Ao futuro técnico, cabe a missão de conseguir bons resultados e criar uma sintonia interna de trabalho entre clube, comissão técnica e elenco.Enquanto isso, o auxiliar da comissão permanente, Eduardo Souza, assume novamente o time e já iniciou a preparação para o jogo desta quarta-feira (9), diante da Aparecidense, no Estádio Antonio Accioly. Havia desgastes na gestão de Marcelo Cabo desde o início deste ano. Na entrevista desta segunda-feira (7), o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, deixou transparecer isso, apesar de evitar fazer a exposição dos motivos. Um deles seria a falta de comunicação entre Marcelo Cabo e a comissão técnica permanente do clube.Marcelo tinha, como principal auxiliar, o filho dele, Gabriel Cabo. Ambos trabalharam no clube de novembro de 2020 a fevereiro de 2021 e de novembro de 2021 até a saída de ambos, nesta segunda-feira.No sábado (5), após a derrota no clássico para o Vila Nova, por 3 a 2, Adson Batista tocou no tema, mas disse que aceitava a presença de Gabriel Cabo ao lado do pai, apesar de nem sempre concordar. Ano passado, o dirigente teceu críticas ao técnico da seleção brasileira, Tite, por ter o filho, Matheus Bacchi, na comissão técnica.A relação entre as partes ficou desgastada, no Atlético-GO, por causa dessa divergência. Por isso, Adson Batista definiu que o rompimento se deu por “interesse de ambas as partes” e que “não houve desgaste com ninguém”. E, para ele, “cria-se muitas situações, mas não tem nada disso”. O dirigente admitiu “que o clube enxerga de outra maneira e o treinador, enxerga de outra”. A divisão de poderes, e tarefas, desagradava as partes. Assim, sem Marcelo Cabo na gestão da comissão técnica, a equipe voltará a ser comandada pelo auxiliar, Eduardo Souza.O assistente dele é Anderson Gomes, que ano passado veio junto com Eduardo Barroca (técnico no 1º turno e parte do returno da Série A) e acabou ficando no clube. Desde 2019, Eduardo Souza assume como interino em ausências de treinadores. Adson Batista avisou que Eduardo Souza não será o treinador. “Ele é auxiliar da comissão permanente”, avisou o dirigente. É certo, portanto, que o futuro técnico terá de interagir mais com Eduardo Souza, que costuma fazer outras funções no clube, como o mapeamento de jogadores no mercado sul-americano ou a observação de novos valores, como fez na Copa São Paulo deste ano, ao lado do coordenador técnico Rafael Cotta.Sobre o futuro, o Atlético-GO buscará um técnico que tenha “gestão forte” sobre o elenco e “conceitos atualizados”, nas palavras de Adson Batista. O presidente quer alguém que consiga fazer o elenco atuar de forma equilibrada. As expulsões do capitão Marlon Freitas e do uruguaio Leandro Barcia e o nervosismo do time no clássico preocuparam o dirigente, que descartou técnico estrangeiro e disse que não vai buscar alguém que tenha passado pelo clube.O nome que interessaria, se estivesse livre no mercado, seria Vagner Mancini, atualmente no Grêmio e que passou pelo Dragão de julho a outubro de 2020, deixando boa impressão.