Em um ano em que decidiram o Goianão e se reencontram na elite do Campeonato Brasileiro, Atlético-GO e Goiás vão se enfrentar 36 dias depois do último jogo entre eles, justamente a partida de volta da final do Estadual. O quanto cada um mudou nesse período de pouco mais de um mês?O Atlético-GO não mudou a essência do time após título com duas vitórias sobre o rival na decisão, mas trocou peças e vive fase irregular. O Dragão chega para o clássico goiano deste domingo (8), agora válido pela Série A, com algumas mudanças em relação à formação que conquistou o título do Estadual no dia 2 de abril, e à procura da regularidade em resultados.Leia também:+ Dragão faz promoção de ingressos para mulheres+ Após três meses, Luan deixa o GoiásO fogo do Dragão esfriou um pouco alguns jogos depois da decisão, as vitórias cessaram e o time passou a conviver com os apagões nos minutos finais. Tanto que ficou cinco partidas sem vencer e sofreu para reencontrar o caminho da vitória na noite desta quarta-feira (4) por 3 a 2, sobre o Defensa y Justicia (Argentina), pela Copa Sul-Americana. Pode ser o combustível para reacender a chama atleticana nove jogos e pouco mais de um mês depois do título sobre o rival Goiás.Os nove jogos podem ser divididos em três partes. Na primeira, o Atlético-GO obteve três resultados positivos: empate contra o Flamengo (1 a 1), bicampeão do Brasileiro (2019 e 2020) e vice ano passado, e disparou na liderança da Copa Sul-Americana ao bater os campeões LDU (4 a 0) e Defensa y Justicia (1 a 0).Dudu, Jorginho e Wellington Rato foram decisivos nestes jogos. Rato resolveu parte do problema do time após a rescisão do atacante Dellatorre - passou a atuar como “falso 9” com gols e assistências. Foram três partidas animadoras.Então, veio a parte dois e um princípio de crise interna após a goleada imposta pelo Red Bull Bragantino-SP ao Atlético-GO (4 a 0) e o empate com o Cuiabá-MT (1 a 1, pela Copa do Brasil. Adson Batista, presidente do clube, interferiu ao demitir o preparador de goleiros e um dos membros mais antigos da comissão técnica, Marcos Medeiros.O titular da camisa 1, Luan Polli, perdeu a posição. Ronaldo, até então terceiro goleiro, assumiu a vaga com enorme responsabilidade de substituir à altura nomes como Maurício Kozlinski, Jean e Fernando Miguel, titulares do gol atleticano nos últimos anos.Esta é a principal mudança do time no momento atual do time, que padece de outro problema porque deixou escapar as vitórias nos minutos finais. Na estreia, Ronaldo sofreu o primeiro gol nos acréscimos do empate com o Botafogo (1 a 1). Gol contra do atacante Leandro Barcia. Houve o revés para o Antofagasta (2 a 1), pela Sul-Americana, com muitas chances de gols desperdiçadas e outro problema detectado - dificuldades para se fazer o rodízio no elenco.Umberto Louzer tem dado chances ao argentino Diego Churin para atuar como referência. Mas o atacante ainda não convenceu nem fez gols. A próxima opção parece ser Luiz Fernando, de volta ao clube após quatro anos. No início de carreira, Luiz Fernando jogou quatro vezes contra o Goiás (em 2016 e 2017) e fez três gols. É opção para o ataque, caso Wellington Rato sinta o desgaste físico e Diego Churin não seja convincente.GoiásDerrotado de forma categórica na decisão do campeonato estadual, o Goiás ainda cura as feridas provocadas pelo revés. A equipe não conseguiu voltar a vencer na temporada e chega ao clássico com uma carga de oito jogos sem vitória e a necessidade imediata de triunfar.Desde a decisão do Campeonato Goiano, o time esmeraldino sofreu uma mudança profunda. A diretoria esmeraldina optou pela demissão de Glauber Ramos e contratou Jair Ventura para a função de treinador.A chegada do novo técnico não representou o retorno das vitórias, mas duas exibições, contra Atlético-MG e Palmeiras, com dois empates, indicaram que a equipe pode evoluir e entregar melhores resultados.O que não mudou muito são os problemas de lesões que minaram forças esmeraldinas neste início de Série A. O atacante Vinícius voltou de lesão, mas jogou por poucos minutos na Copa do Brasil contra o RB Bragantino e sentiu novamente. O elenco ainda perdeu os volantes Auremir e Caio Vinícius por lesões musculares e o lateral Hugo e o atacante Luiz Filipe com lesões em articulações.Com menos de um mês no comando do Goiás, Jair Ventura não conseguiu ajustar o sistema defensivo da equipe, que, após quatro rodadas, tem a defesa mais vazada entre os 20 clubes da elite nacional - são nove gols sofridos.Nos momentos mais sólidos e contra os adversários mais difíceis, o Goiás entrou em campo com um sistema de três zagueiros e conseguiu pontuar contra Palmeiras e Atlético-MG, ambos na Serrinha.Neste início de Série A e 3ª fase da Copa do Brasil, a torcida esmeraldina tem marcado presença nos jogos mesmo após ver de perto a derrota para o Atlético-GO na final do Goianão. Isso tem sido um ponto positivo dos esmeraldinos, mas que não poderá fazer a diferença neste domingo (8), com o clássico marcado para a casa do Dragão, apenas com torcedores atleticanos.