Atlético-GO e Goiatuba se enfrentaram pela última vez na elite do Estadual 2006, quando o Dragão inicia o processo de reconstrução do clube, enquanto o Azulão se afastava do futebol profissional por dez anos. O reencontro dos dois clubes, na noite desta quarta-feira (2), às 19h30, no Estádio Antonio Accioly, servirá para reunir dois técnicos identificados com as equipes que dirigem e que ostentam bons números.(No fim deste texto, veja como assistir, prováveis escalações, arbitragem)No universo das estatísticas, Marcelo Cabo defende uma sequência invicta de 14 jogos no Atlético-GO, enquanto Gilberto Pereira, após consolidar duas excelentes sequências no Dragão, tem marcas expressivas no Azulão, de volta à elite goiana com participação dele, não só como treinador, mas no processo de reestruturação do futebol profissional na cidade.Sequências dos treinadores (reportagem continua após os números)Técnicos e invencibilidades nos últimos seis anos no futebol goianoGILBERTO PEREIRA56 anosNo Atlético-GO (Série B 2015)10 jogos3 vitórias7 empates10 gols pró6 gols contraNo Atlético-GO (Série B 2015)8 jogos5 vitórias3 empates12 gols pró6 gols próNo Goiatuba (3ª e 2ª divisões do Goianão 2019)12 jogos12 vitórias42 gols pró6 gols contraNo Goiatuba (2ª Divisão do Goianão 2021)5 jogos4 vitórias1 empate7 gols pró1 gol contraMARCELO CABO56 anosNo Atlético-GO (Goianão 2020 e 2022, Séries A 2020 e 2021*)14 jogos8 vitórias6 empates18 gols pró8 gols contraNo Atlético-GO (Série B 2016)9 jogos5 vitórias4 empates15 gols pró6 gols contraNo Goiás (Série B 2021)10 jogos6 vitórias4 empates14 gols pró6 gols contra*sequência de Cabo em duas passagens diferentes: deixou o clube após título estadual de 2020 e voltou no fim de 2021Marcelo Cabo tem dois títulos no Atlético-GO: a Série B 2016 e o Goianão 2020. Depois de um intervalo de oito meses, em que trabalhou no Vasco e no Goiás (ambos na Série B), o técnico retornou ao Dragão na reta final da Série A. O trabalho serviu para equilibrar o time e não só para mantê-lo na elite como para garanti-lo novamente na Copa Sul-Americana.Cabo se diz um “técnico identificado com os Estaduais” e trabalha para conquistá-lo de novo. Ano passado, também teve boa sequência no Goiás, mas foi demitido e não terminou a Série B.Para Gilberto Pereira, os números são consequência de muito trabalho. “Não planejo. As coisas foram acontecendo na hora e no lugar certos”, afirma o técnico, que por duas vezes foi decisivo, no Atlético-GO, para evitar o rebaixamento à Série C: em 2013 e 2015. Na segunda passagem, o treinador teve duas sequências invictas (oito e dez jogos), só quebradas pela goleada (4 a 0) para o Botafogo, campeão da Série B daquele ano. O Atlético-GO de 2015, de Gilberto Pereira, permaneceu na Série B e, em 2016, sob direção de Marcelo Cabo, conquistou o inédito título da competição.Ex-jogador do Goiatuba, em 1993 e 1994, numa das melhores fases do clube, Gilberto Pereira se prontificou para trabalhar na recomposição do Azulão, a partir de 2019. Itens básicos como reconstrução do vestiário, aquisição dos instrumentos de trabalho (bolas, chuteiras, uniformes de treinos e jogos), formação de uma equipe de trabalho e a sintonia com a jovem diretoria do clube, aos poucos, ganharam forma.O Azulão pulou da 3ª Divisão (2019) à elite (2022) com a pretensão de se consolidar na 1ª Divisão. Se possível, ter calendário nacional nos próximos anos. O título da 3ª Divisão do Estadual (2019) se deu com campanha de 100% de aproveitamento, marcando o retorno do Azulão e os primeiros meses de trabalho do técnico no novo projeto. “Gosto deste tipo de desafio, pois se encaixa na forma como gosto de trabalhar. Por exemplo, gosto de passar algumas coisas que vivi, como jogador, aos atletas. Assim, tento tirar o máximo deles”, explica o treinador do Goiatuba. “Gosto dos desafios, mas também da longevidade.”No jogo com o Atlético-GO, o treinador não terá o zagueiro Flávio Boaventura, expulso no empate de 1 a 1 com a Aparecidense. Alex será o substituto. No Dragão, Cabo vai manter o rodízio do elenco neste início de temporada. Sem receio, aposta numa dupla de zaga formada por jovens da casa (Michel, de 21 anos, e Gabriel, de 17 anos) e poupa o titular, Wanderson. O time terá a volta de Dudu e Arthur Henrique (laterais), Dellatorre e Leandro Barcia (atacantes). Léo Pereira será titular no ataque, pela primeira vez. O volante e capitão Marlon Freitas e o atacante Wellington Rato entram no rodízio e terão um descanso.FICHA TÉCNICAATLÉTICO-GO: Luan Polli (Renan); Dudu, Michel, Gabriel, Arthur Henrique; Ramon Carvalho, Rickson, Jorginho; Léo Pereira, Dellatorre, Leandro Barcia. Técnico: Marcelo CaboGOIATUBA: Bruno Colaço; Everton Pereira, Alan Ferreira, Alex, PH; Murilo Cavalcante, Lagoa, Chiquinho, Leandrinho; Vitor Alagoano, João Paulo. Técnico: Gilberto Pereira Local: Estádio Antonio Accioly (Goiânia)Horário: 19h30Transmisão: Eleven SportsÁrbitro: Gabriel QueirozAssistentes: Fabrício Vilarinho (Fifa) e Roberto PereiraIngressos: 20 reais (10 reais com duas apostas na Timemania com o Atlético como time do coração)