O lateral direito do Londrina, Samuel Santos, acusou um torcedor do Athletico-PR neste domingo (20) de racismo durante a vitória por 2 a 1 do Athletico-PR, que se classificou para as semifinais do Campeonato Paranaense. O jogador registrou um boletim de ocorrência assim que deixou a Arena da Baixada.No momento em que sofreu a injúria racial, Samuel e outros companheiros confrontaram o torcedor na mesma hora. Houve um princípio de confusão e o árbitro Rodolpho Toski Marques imediatamente chamou a Polícia Militar assim que escutou os relatos dos jogadores.Os policiais agiram rápido e retiraram o torcedor das arquibancadas. Ele, que não teve identidade revelada, foi encaminhado para a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) e depois para a central de flagrantes no 8º Distrito Policial.Rodolfo Toski Marques relatou o episódio na sumula: "Aos 30min do segundo tempo, paralisei a partida após relato do jogador do Londrina Esporte Clube, senhor Samuel Santos, que o torcedor identificado como Carlos Alexandre Tonin disse em sua direção: "seu preto vera verão". Com o jogo paralisado solicitamos a presença do policiamento no local e o mesmo foi então levado ao DEMAFE para as medidas cabíveis", escreveu.O advogado do Londrina Eduardo Vargas acompanhou o jogador até a delegacia, onde gravou um vídeo para o Observatório Racismo."Estamos aqui nessa noite de domingo por que mais uma vez nos deparamos com caso de racismo no futebol. Nessa tarde de domingo, no estádio da Arena da Baixada, o atleta Samuel Santos, que está aqui ao meu lado, fora injuriado com expressões racistas pela torcida do Athletico-PR. Estamos aqui na delegacia para registar essa ocorrência e esperamos que uma denúncia como essa não fique impune", disse o advogado."Não toleramos mais racismo, seja no esporte ou na sociedade. Esperamos atitude veemente da polícia e contundente da federação paranaense. Casos assim não podem mais passar impunes. Não mais toleramos esse tipo de situação. O árbitro relatou na súmula o ocorrido. Londrina e atleta irão até as últimas consequências para resolver essa situação", completou Eduardo Vargas.