-Imagem (Image_1.2426592)No Circuito Mulher Unimed 2022, a goiana Leila Maria Novais de Queiroz vai dar mais alguns passos em sua retomada esportiva depois de se recuperar de um câncer no intestino diagnosticado há quase dois anos. Após sessões de quimioterapia, cirurgias e superação de uma metástase, a corredora se prepara para largar às 6h30, deste domingo (27), no percurso de 5km. O evento, que está em sua 12ª edição, também terá um trajeto de 10km.Essa será a 4ª edição do Circuito Mulher Unimed que Leila participa. A competidora de 54 anos carrega em sua recente história um trecho de superação que dá forças para que ela supere os 5km da prova deste domingo (27). Será a segunda prova que ela compete após se recuperar de um câncer.Leila foi diagnosticada com câncer no intestino em outubro de 2020. Passou por uma cirurgia para retirada do tumor e precisou tirar partes do intestino grosso e delgado. “Fiz quimioterapia oral durante seis meses, depois fiz exames ginecológicos de rotina. Deu que meu ovário direito estava crescendo. Fiz nova cirurgia para retirada dos ovários. Quando abriu, perceberam que era uma metástase do primeiro diagnóstico (de câncer). Retirou ovário, trompa, só não retirou o útero”, detalhou Leila.Depois da segunda cirurgia, a goiana iniciou novo ciclo de quimioterapia, desta vez venosa. “Até hoje, tenho cateter implantado para receber a quimio e não ficar de 15 em 15 dias procurando veia”, contou Leila, que não se vê totalmente curada ainda.“Se fala de cura após cinco a sete anos, com acompanhamento de exames. Em dezembro de 2021, fiz meu último ciclo de quimioterapia, exames de imagens e de sangue. Meus exames estão normais, sem tumor em lugar nenhum. Estou curada neste momento, mas, quando se fala em cura definitiva, é com o passar dos anos. Estou em fase de monitoramento do câncer”, explicou a competidora.Por causa do período de tratamento, Leila teve de diminuir o ritmo de treinos e, por causa da pandemia e ausência de provas, não competiu. Ela voltou em outubro de 2021, mas só no início deste ano conseguiu retomar o que fazia antes da pandemia.“A corrida é um remédio para mim. Por isso, não trato como competição, me traz sensação de poder no sentido de ‘sou eu comigo mesma’. A competição é comigo mesma, de estar cada dia melhor, melhorar o tempo. Não sou aquela que chega primeiro, mas também não sou a que chega por último. Não faço inscrição pensando em chegar em 1º, 2º ou 3º. Corro de acordo com o que consigo, com respeito ao meu corpo”, disse.Leila é corredora de rua há oito anos. Incentivada por amigas, a psicóloga iniciou atividades em uma assessoria esportiva e não abandonou mais o esporte. A prática também serviu de incentivo para os irmãos Lúcio Silva e Pedro Queiroz e o pai José Queiroz se aventurarem nas corridas. “Não estou na melhor forma física, mas estar bem é ficar com saúde. A melhor forma, para mim, é estar bem além do físico”, contou Leila.