-Imagem (Image_1.2563419)Parte da torcida goiana estará no Catar para apoiar a seleção brasileira e aproveitar o torneio. Todos, é claro, esperam voltar do país do Oriente Médio com o hexacampeonato na memória e na experiência que será contada para as próximas gerações.Com investimentos que variaram de R$ 25 mil a R$ 30 mil, incluindo ingressos, hospedagens, passagens e valores que pretendem gastar no Catar, alguns goianos vão estar no país da Copa para jogos do Brasil e de outras seleções, como Inglaterra, Alemanha, Bélgica e Holanda.“É uma tradição que passei a fazer desde 2014. Gostei muito do ambiente de Copa. Fui em 2018 (na Rússia) e agora vou de novo, desta vez em maior número de jogos”, detalhou o goiano de Santa Teresina de Goiás, Túlio Leonardo Silva, que viveu a experiência do Mundial pela primeira vez na Copa do Brasil, há mais de oito anos.Leia também- Jogadoras do Aliança vão ao Catar e realizam sonhos- Copa do Mundo: como ficam os atendimentos e serviços nos dias de jogos na Grande Goiânia- Confira uma seleção de bares, restaurantes e arenas em Goiânia para ver a Copa do MundoO advogado de 28 anos vai para o Catar com a namorada, Déborah Castro. “Vamos assistir a seis jogos, dois do Brasil (contra Sérvia e Suíça), um do País de Gales (contra o Irã), Inglaterra x Estados Unidos, Tunísia x Austrália e um do Equador (contra Senegal)”, citou Túlio Leonardo.Pesquisar sobre o Catar foi uma das tarefas dos últimos meses. “A impressão que fiquei é que é um país interessante, desenvolvido por causa de sua modernidade. Mas acho que vamos ter um choque cultural. Pelo que acompanhei dos costumes, principalmente. A paixão pelo futebol falta muito alto, mas vamos respeitar bastante as regras”, disse o procurador do Estado Bernardo Mafia Vieira, de 37 anos, que acompanhou jogos traumáticos para o Brasil nas duas últimas Copas.“Estive no fatídico 7 a 1 (em 2014). Na Rússia, vi todos os jogos do Brasil até a eliminação contra a Bélgica. Queria ter ficado até a final, mas decidi voltar quatro dias antes”, lembrou o torcedor goianiense, que ficou decepcionado com a eliminação da seleção brasileira, que perdeu por 2 a 1 aquela partida.No Catar, Bernardo Mafia vai acompanhar todos os jogos do Brasil na fase de grupos, o duelo da seleção brasileira nas oitavas de final e mais uma partida dessa fase eliminatória. “Desta vez, não vou ficar até o final, então vou ver o hexa aqui de Goiânia”, contou, confiante, o torcedor, que estará no Catar ao lado do irmão (Diogo Mafia Vieira) e quatro amigos: José Eduardo, Júlio César, Ricardo e Matheus.Para os torcedores, o Brasil tem tudo para ser campeão no Catar. “Estou confiante no hexa desde 2006 (risos). Acho que este ano vai. Estou vendo a seleção brasileira mais confiante, o time está muito bom, o Neymar voando. Algo legal é que esse time não tem aquela dependência do Neymar mais, outro fator positivo”, opinou Túlio Leonardo, que vê o grupo da 1ª fase (o G) difícil por causa da presença de duas seleções europeias, Sérvia e Suíça, mas confia que a equipe brasileira será campeã.“A minha final ideal é entre Brasil e Inglaterra, quero enfrentar a Argentina na semifinal”, projetou o advogado, que acredita que a Argentina será campeã, caso o Brasil não conquiste o troféu. “São as duas melhores seleções do mundo neste momento”, justificou.Brasil x França é a final ideal para o procurador Bernardo Mafia, que acredita que o Brasil vai passar por Alemanha (nas quartas de final) e Argentina (na semifinal) antes da decisão.“Estou confiante que esta Copa será nossa. Tem tudo para ser do Brasil ou da Argentina, estão em momentos muito acima dos europeus. Tite organizou bem a seleção, fez um trabalho muito bom nesses quatro anos e ganhou quase tudo”, comentou o torcedor goiano, que vê a seleção brasileira forte defensivamente e muito talentosa no ataque.Proibição de cerveja nos estádios a dois dias do evento frustra torcidaA proibição da venda de cervejas nos estádios da Copa, anunciada pelo Comitê da Entrega e Legado, que organiza o Mundial e é liderado pelo secretário-geral Hassan Al Thawadi, próximo à família real do Catar, e confirmada pela Fifa na sexta-feira (18), dois dias antes do início do Mundial, frustrou torcedores que estarão no Catar para acompanhar o torneio de seleções a partir do domingo (20).Não é crime beber no Catar, mas as leis do país proíbem o uso do álcool em público. Autorização para vender bebida alcoólica no país da Copa é difícil de ser obtida e geralmente é destinada para hotéis, que recebe o público-alvo: turistas.“Li a notícia hoje (sexta) cedo e até achei que poderia ser falsa, mas a Fifa confirmou. Não fiquei muito feliz, principalmente por ter sido a dois dias do começo do evento. Até poderiam proibir, consigo entender as questões que envolvem o Catar, mas acho que deveria ter sido feita (a proibição) antes”, reclamou o torcedor goiano, Bernardo Mafia Vieira, de 38 anos, que reforçou que faltou “transparência da Fifa” sobre o tema. A entidade já havia recebido críticas nos últimos dias por causa do valor de um copo de cerveja nos estádios da Copa (a partir de R$ 73,50).“Não dá para negar, é evidente que diminui a minha empolgação. Ainda mais sabendo só agora”, reclamou o torcedor espanhol Diego Guillen, de 35 anos, questionado sobre a proibição da venda e do consumo de cerveja nos estádios da Copa do Mundo e em seus arredores.“Eu vim aqui para me divertir e agora não vou conseguir. Sempre bebo cerveja ou licor quando estou em um estádio”, salientou o arquiteto espanhol, que desembarcou no Aeroporto Internacional Hamad, de Doha, na tarde desta sexta-feira (18), poucas horas após o comunicado da Fifa sobre a mudança.Guillen não foi o único que ficou surpreso. Muitos torcedores que chegavam ao país da Copa ainda não sabiam da nova determinação. Apenas a versão sem álcool da cerveja ficará disponível nos estádios.Uma das principais reclamações dos torcedores é que “tomar uma” durante os jogos também amenizaria o calor do Catar. “Mas é da cultura local, então temos que respeitar”, afirmou o torcedor mexicano Alan Loredo, de 36 anos (Redação O OPOPULAR com Folhapress)