-Imagem (1.2580394)Além de toda a alegria e entusiasmo pelo tricampeonato mundial, os torcedores argentinos no Estádio Lusail, em Al Daayen, no Catar, demonstraram alívio após a confirmação do título nos pênaltis, diante da França, neste domingo (18). As vantagens perdidas no tempo normal, quando o time vencia por 2 a 0 até os 35 minutos do 2º tempo, e também na prorrogação, em que tomou o gol de empate (3 a 3) faltando cerca de dois minutos para o fim, deixaram os hermanos aflitos.“Quando a França empatou, pensei em buscar o médico mais próximo, meu coração batia acelerado, mas nunca perdi a fé e sabia que tínhamos uma ajuda diferente em relação a todos os outros times. É Diego Maradona que está no céu”, comentou Leonardo Romero, fazendo referência ao ídolo, que morreu no ano passado. “Voltaremos com a taça para a Argentina depois de muitos anos e lágrimas. Choramos de tristeza, mas hoje choramos de alegria”, completou.Leia também+ Missa, festa, aflição e título: argentinos celebram o tri em Goiânia+ Messi é coroado no último ato, e Argentina celebra o tri+ Entre bendito e maldito, Argentina encerra espera de 36 anos pelo título mundialPaula Fiscardi fez questão de lembrar declarações antigas do meia francês Mbappé, que criticou o futebol sul-americano. Na ocasião, em entrevista à “TNT Sports”, Mbappé foi perguntado sobre os favoritos para o Mundial do Catar e disse que as seleções do continente sul-americano não estavam “no mesmo nível das europeias”.“Sofremos um montão, mas merecemos ganhar e isto que importa. Tchau, França, tchau Mbappé, que criticou os latinos e acabou quebrando a cara”, comentou a argentina. “Estamos muito, muito felizes, sobretudo porque esse deve ser o último Mundial do Messi e ele mereceu ganhar. Ele deixou a alma no campo. Não há palavras para explicar o que estou sentindo”, descreveu Paula.Sua compatriota, Romina Minnucci, destacou que a sorte também fez parte do roteiro dramático da conquista dos hermanos. “Faz um mês que estamos aqui torcendo e hoje terminamos da melhor forma. Passamos momentos de muito nervosismo, de aflição, sobretudo contra a França. Pênaltis têm muito do componente sorte. Agora, vamos contentes e aliviados por ter a taça”, avaliou Romina.Matias Freije também falou sobre o imponderável como elemento da Argentina para buscar o tricampeonato em terras cataris. “A França tem uma equipe muito boa. Sofremos, mas a sorte e o destino estavam ao lado da Argentina. É um alívio incrível”, comentou Matias, que estava acompanhado de seus filhos Milo, 7 anos, e Isabel, de 9.“É o primeiro título dos meus filhos e eles têm muita sorte de assistir à Argentina ser campeã tão jovens. Em 1986, eu tinha quatro anos, quando a Argentina foi campeã, mas agora tive a sorte de viver isso de perto. Assisti aos sete jogos e no final sofremos, no entanto, valeu a pena”, disse Matias.DesapontamentoOs indianos Jay Govindan e Pugal Velu deixaram o Lusail com sentimentos distintos. Jay feliz por torcer pela Argentina. O amigo, que é entusiasta do futebol francês, nem tanto. “Estou bem desapontado, mas feliz pelo título do Messi”, resumiu Pugal. “Eu amo a Argentina, pois eles têm muita raça e demonstram isso contra qualquer um. Sempre jogam para a frente. Agora, voltam a ser campeões. É merecido”, disse Jay.Os franceses, obviamente, estavam desapontados. “A França não jogou por uma hora. Depois, eles começaram a jogar. Assim, fica difícil vencer quando você está dois gols atrás. Conseguimos reagir, mas, no final, deixamos escapar”, analisou Patrick Hery. “Mbappé foi magnífico. Messi é o melhor do mundo, mas Mbappé é jovem e logo terá este posto. Acho que em 2026 nós conquistaremos nossa terceira estrela.”Já Eline Clement não estava tão otimista com o futuro da França. A torcedora ficou incomodada com o desempenho dos atletas azuis na decisão por pênaltis - Coman e Tchouameni desperdiçaram. “A França foi muito mal nos pênaltis, mas é do jogo. É uma pena para nós. De qualquer forma, perdemos para uma equipe muito forte, que é o caso da Argentina”, finalizou.