Nas 11 rodadas que restam da Série A do Campeonato Brasileiro, o Atlético-GO precisa de um aproveitamento de 70% para evitar o rebaixamento à Série B, depois de três temporadas (2020 a 2022) na elite nacional.O Dragão soma 22 pontos e, utilizando a margem de 45 pontos, pontuação com que um clube nunca caiu nos pontos corridos, o clube não tem escolha a não ser conquistar de sete a oito vitórias. Tem de ter 70% de aproveitamento. Tem de somar, em 11 partidas, mais pontos do que conseguiu em 27. O rendimento do Atlético-GO na Série A inteira até agora é de 27%.A sobrevivência dependerá do rendimento dos principais concorrentes, como Juventude (19 pontos), Cuiabá (27), Avaí (28), Coritiba (28) e a dupla de cearenses Ceará e Fortaleza (ambos com 31 pontos). Se não reagir, o rubro-negro amargará o terceiro descenso no atual formato do Brasileirão - o clube caiu em 2012 e 2017.O Departamento de Matemática da UFMG estipula 96,7% de risco de rebaixamento ao rubro-negro. Mas há chances. O desafio da reação terá sequência na próxima semana, em dois jogos fora. No dia 28, quarta-feira, o Dragão terá pela frente o algoz das quartas de final da Copa do Brasil, o Corinthians, em São Paulo. O time paulista é finalista da Copa do Brasil. Depois, encara o Avaí, rival direto na parte baixa da tabela, no dia 1º, em Florianópolis.O Dragão teve duas quedas de rendimento técnico e que resultaram na baixa pontuação obtida no Brasileirão. No 1º turno, obteve 17 pontos, superando os 16 no turno inicial de 2012 e os 12 pontos de 2017, quando ocorreu algo atípico. O time se acertou no returno, sob comando de João Paulo Sanches, obteve 24 pontos e teve um dos melhores desempenhos de turno na elite.Leia também:+ Interino repete preocupação com número de gols sofridos+ Presidente do Atlético-GO diz não ver chance de reação na Série AO elenco tinha dois atletas que estão no grupo atual: Luiz Fernando e Jorginho. Eles fecharam o ano em alta e foram negociados no inicio de 2018. Jorginho foi emprestado ao futebol árabe e Luiz Fernando se transferiu para o Botafogo.Outra temporada atípica do clube se deu quando voltou à elite nacional, em 2010. Num ano marcado pelas dificuldades em se estabilizar na Série A, precisou de resiliência para se safar do descenso com 42 pontos, rebaixando o Vitória (também com 42 pontos). Naquele ano, o equilíbrio marcou a parte baixa da tabela: Avaí (43 pontos), Flamengo (44 pontos) e o Atlético-MG (45 pontos) conseguiram escapar.Na temporada atual, o Atlético-GO amarga resultados negativos e que retratam os desacertos no Brasileirão. Da 14ª à 27ª rodadas, o Dragão venceu só uma vez - 2 a 1 sobre o Red Bull Bragantino-SP. Só uma vez o time venceu dois jogos seguidos: sobre Avaí (2 a 1) e Fluminense (2 a 0).A equipe foi soberana sobre o Goiás em quatro jogos fora da Série A. Nos dois da final do Goianão, bateu o alviverde (1 a 0 e 3 a 1). Na Copa do Brasil, obteve um empate (0 a 0) e a goleada na Serrinha (3 a 0). Mas, no Brasileirão, foi derrotado duas vezes pelo alviverde - 1 a 0 e 2 a 1.Internamente, havia a expectativa de que o time pudesse vencer o Inter na segunda-feira (19), no Aciolly, mas acabou perdendo (2 a 1) e mergulhou na crise técnica e de relacionamento de parte da torcida com o presidente do clube, Adson Batista. O dirigente não gostou do protesto dos torcedores, desabafou e garantiu que, se o time cair, vai trabalhar para que retorne à elite nacional. Porém, afirmou que vai se distanciar do futebol.