A seleção goiana masculina da Taça das Favelas é vice-campeã nacional do evento após ser derrotada pelo time de São Paulo, na decisão deste sábado (19), na Arena Barueri, em Barueri.O time goiano jogou melhor a maior parte do tempo, acabou não marcando no tempo normal, que terminou com 0 a 0 no placar. Nos pênaltis, São Paulo venceu Goiás por 5 a 4.Na final feminina, o Rio de Janeiro venceu São Paulo por 1 a 0 e foi campeão.É a primeira vez que a Taça das Favelas faz uma final nacional, chamada de Favelão. Antes de chegar à decisão contra São Paulo, o time de Goiás superou, no torneio nacional, as equipes de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e Rio de Janeiro.Lindomar Alves, o Buião, foi o técnico da equipe no torneio.Em Goiânia, a Taça das Favelas Goiás viu as equipes do Gentil Meireles, no feminino, e Orlando de Morais, no masculino, foram campeões.Leia também: + <a href="https://opopular.com.br/noticias/esporte/trio-de-jogadoras-do-alian%C3%A7a-de-goi%C3%A2nia-vai-ao-catar-e-realiza-sonho-1.2563426" target="_blank">Trio de jogadoras do Aliança, de Goiânia, vai ao Catar e realiza sonho</a> + <a href="https://opopular.com.br/noticias/esporte/gentil-meireles-e-orlando-de-morais-s%C3%A3o-campe%C3%B5es-da-ta%C3%A7a-das-favelas-goi%C3%A1s-1.2537971" target="_blank">Gentil Meireles e Orlando de Morais são campeões da Taça das Favelas Goiás</a>

Equipe goiana perde final nos pênaltis e é vice nacional da Taça das Favelas

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Matéria - Esporte

As equipes de Goiás que disputaram a Taça das Favelas Brasil, em São Paulo, fizeram boas campanhas, mas pararam nos pênaltis nas fases decisivas do torneio nacional, que reúne atletas das comunidades espalhadas pelo País.

A melhor campanha goiana foi na categoria feminina. A formação de Goiás chegou à semifinal sem sofrer um gol sequer no tempo regulamentar nas cinco partidas em que atuou, mas acabou eliminada pelo Rio de Janeiro, após empate sem gols na semifinal e derrota (4 a 3) nas penalidades. Na categoria masculino, o time goiano parou nas quartas de final no fim da semana pasada.

“O objetivo (Taça das Favelas) não é ser campeão, mas valorizar os talentos dos territórios periféricos, dar condições de protagonismo aos jovens atletas que temos e precisam de oportunidade para atuar”, destacou o presidente da Central Única das Favelas (Cufa) de Goiás, Breno Cardoso.

Segundo ele, Goiás teve 40 atletas, divididos entre as duas categorias, jogando de igual para igual contra equipes fortes de outros territórios periféricos do País.

“Tivemos bons jogadores e jogadoras que foram bem avaliados por olheiros (clubes). Agora, é esperar que possam ter chances de mostrar potencial”, acrescentou Breno Cardoso.

A equipe masculina, por exemplo, foi toda composta por atletas estreantes e foi comandada pelo técnico Lindomar Buião. &nbsp;A equipe feminina foi comandada por Patrícia Menezes, que teve Paulão como auxiliar técnico.

Os meninos tiveram dificuldades na fase inicial, pois perderam do Paraná e da Paraíba (ambos por 1 a 0). Na última partida, a equipe goiana precisava da vitória sobre o Rio Grande do Sul e contar com resultados de outros grupos para fechar como um dos melhores índices técnicos entre os que ficaram em 3º lugar nas chaves. Deu certo, com triunfo de 2 a 1 sobre os gaúchos.

Nas quartas de final, Goiás empatou (1 a 1) com Minas Gerais e caiu nos pênaltis (2 a 1, na melhor de três cobranças para cada lado).

A equipe feminina foi soberana na fase inicial, ao golear a Bahia e Minas Gerais (ambos por 3 a 0) e vencer o Espírito Santo (2 a 0). Na quaras de final, houve empate (0 a 0) com São Paulo e vitória os pênaltis (3 a 2). &nbsp;Na semifinal, novo empate (0 a 0) contra o Rio de Janeiro e derrota nos pênaltis (4 a 3). A goleira Laís não foi vazada no torneio.

Equipes goianas caem nos pênaltis, mas saldo na Taça das Favelas Brasil é positivo

Torneio nacional

Nesta terça-feira (24), a Central Única das Favelas (Cufa) de Goiás divulgou a lista com os 90 atletas escolhidos para a seletiva regional, visando a fase nacional da Taça das Favelas 2024. Serão 45 atletas para a equipe masculina e 45 para a feminina.&nbsp;

Os atletas passarão por um período de treinamentos, entre quarta-feira (25) e sábado (28), para que a equipe técnica selecione os 36 jogadores que representarão Goiás na etapa nacional.&nbsp;

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Os selecionados serão definidos pela comissão técnica do Cufa, em conjunto com os treinadores Lindomar Buião, da equipe masculina, e Patrícia Menezes, que comanda o time feminino.&nbsp;

Além disso, os dois técnicos vitoriosos da Taça das Favelas Goiás 2024 integrarão a comissão como auxiliares: Paulão, da equipe feminina do Novo Mundo, e Luizão, que comandou o Quilombola Boa Vila na competição masculina.&nbsp;

As equipes goianas viajarão para São Paulo no dia 09 de outubro, e o sorteio da competição será realizado no dia 10. Os confrontos da fase de grupos, das quartas de final e das semifinais ocorrerão entre os dias 11 e 20 de outubro. E a grande final será transmitida em 21 de dezembro.

Confira abaixo o nome dos jogadores escolhidos para a seletiva:

Equipe feminina:&nbsp; 
Marcella Pereira - Goleira 
Lais Santos Ribeiro - Goleira 
Thayrine Peixoto Borges - Goleira 
Lia Magalhães - Goleira 
Joana Mirelly Goncalves Costa - Zagueira 
Cibelly Christiny Goncalves Morais - Zagueira 
Rafaela Bueno de Araujo - Zagueira 
Anna Julia dos Reis Oliveira - Zagueira 
Thais Lane Angelica dos Santos - Lateral 
Ana Julia Cesar Lara Silva - Lateral 
Sabryna Vasconcelos dos Santos - Lateral 
Nayene Gabrielly Pereira de Brito - Lateral 
Leticia Linhares Mendes - Lateral 
Maria Eduarda Oliveira Carvalho - Lateral 
Jhemmily Francisca da Silva Sousa - Lateral 
Maria Eduarda Fonseca da Silva - Volante 
Gabrielle Lopes da Silva - Volante 
Julia Eduarda Oliveira Santos - Volante 
Hellen Virginia L S Silva - Volante 
Eliude Dias Camargo - Volante 
Wadylla Flavya Oliveira Pinto - Meia 
Deborah Amabilly Hutim de Sousa - Meia 
Izabella Rodrigues Do Amaral Meia 
Maria Eduarda Borges Pinheiro - Meia 
Tatiane de Jesus Sousa - Meia 
Miritis Neres de Jesus - Meia 
Amanda Vertunes Nascimento - Meia 
Talia Oliveira de Brito - Meia 
Alice Borges dos Santos - Atacante 
Vanuza Sampaio Siqueira - Atacante 
Gabrielle Alves Gomes de Oliveira - Atacante 
Karolyne Bolonini Baiense - Atacante 
Kaelly Dulce Alves Ferreira - Atacante 
Luciele Moreira dos Santos - Atacante 
Kethelin Milena Costa dos Santos - Atacante 
Ariane Cristina de Oliveira Soares - Atacante 
Maize Alves de Souza - Atacante 
Mirelle de Brito Ferreira - Atacante 
Yasmim Vitoria Avelar de Sousa - Atacante 
Layna Oliveira Silva - Atacante 
Yasmin Viana Carvalho - Zagueira 
Ana Carolina Lucena Dias - Atacante 
Izabel Iasmim Correa de Souza - Volante

Equipe masculina:&nbsp; 
Felipe de Camargo Ribeiro - Goleiro 
Gustavo Pereira Lima Silva - Goleiro 
Andre Lucas Alves de Souza - Goleiro 
Vinícius de Oliveira Souza - Goleiro 
Wender Pablo Viana Moraes - Goleiro 
Luiz Arthur Cardoso de Jesus Zagueiro 
João Pedro Oliveira Pina - Zagueiro 
Marcos Antonio Oliveira Pinto - Zagueiro 
Natecio Alves de Aragao Aurora Guajajara - Zagueiro 
Daniel Moreira D Eri - Zagueiro 
Izac Pereira Dias - Zagueiro 
Carlos Gabryel Freitas Silva - Zagueiro 
Jefferson Rodrigues Damasceno - Zagueiro 
Edmar Augusto de Souza Milhomem - Lateral Direito 
Yuri Brito Viana - Lateral Direito 
Carlos Eduardo da Silva Urcino - Lateral Direito 
Fabricio Trindade Oliveira - Lateral Esquerdo 
Pablo De Souza Campus - Lateral Esquerdo 
Brayan Ferreira do Amaral - Lateral Esquerdo 
Kesley Santos Souza - Volante 
Alan Alves Vieira - Volante 
Reymon Cristhyan de Souza Bezerra - Volante 
Victor Siqueira de Moura - Volante 
Icaro Bezerra Fontes - Volante 
Rafael Fernandes de Souza - Volante 
Arthur Alves Rocha - Volante 
Murilo Ronaldo Calacio de Melo - Meia 
Moises Alves da Costa - Meia 
Geovane Pereira de Araujo - Meia 
Dario Alves de Matos - Meia 
Marcos Vinicius Castro e Silva - Meia 
Bryan de Vasconcelos Carvalho - Meia 
Juan Jose Franco Caiceiro - Atacante 
Ronaldo Campos Elias - Atacante 
Cesar Augusto Delfino de Souza - Atacante 
Pedro Henrique Silverio Duraes - Atacante 
Ronaldir Pereira dos dos Santos - Atacante 
Jose Henrique Neto Pereira Fernandes - Atacante 
Pedro Henrique Silva Macedo - Atacante 
Weilon Caue dos Santos Pereira - Atacante 
Wenderson Renan de Souza Pereira - Atacante 
Luiz Felipe Alkmim de Oliveira - Atacante 
Cauan Lucas Viana dos Santos - Volante

CUFA divulga lista de jogadores pré-selecionados para a etapa nacional da Taça das Favelas

Nacional 

Na tarde deste sábado (21), no OBA, em Goiânia, foram disputadas as finais da Taça das Favelas Goiás de 2024. Na decisão feminina, o Novo Mundo venceu o bicampeão Gentil Meireles por 3 a 2 e conquistou o título inédito. Na decisão masculina, também houve um campeão inédito, após o Quilombola Boa Nova bater o Quilombola Diadema por 2 a 0.

No feminino, Jhemmilly marcou duas vezes para o Novo Mundo, que também contou com gol de Eduarda. O Gentil Meireles balançou as redes com Maize e Amanda. No masculino, Ruan Riquelme foi o autor dos dois gols que definiram o título do Quilombola Boa Nova.

Final feminina

O Gentil Meireles, treinado por Christiane Guimarães, estava em busca do tricampeonato, enquanto o Novo Mundo, do técnico Paulão, queria o seu primeiro título da Taça das Favelas. A expectativa era de um confronto equilibrado, mas as estreantes em decisões do campeonato começaram melhor e não demoraram a traduzir essa superioridade em gols.

Aos seis minutos, Jhemmilly, de apenas 15 anos de idade, recebeu um passe na medida de Flávia, invadiu a área e bateu cruzado de perna esquerda para abrir o placar. Quatro minutos depois, Alice fez o cruzamento e Jhemmilly voltou a demonstrar oportunismo ao matar no peito e completar de direita para ampliar.

O Gentil Meireles tentou sair para o jogo e conseguiu diminuir. Aos 19, Flávia tentou afastar a bola, falhou e Maize aproveitou. A atacante bateu da entrada da área e acertou o ângulo, sem nenhuma chance para Hemilly. Aquilo deu um gás novo para a equipe bicampeã, que passou a pressionar.

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Aos 28 minutos, após cobrança de escanteio, a bola bateu na mão de Alice. Na sequência, Stefhany chutou e a redonda novamente atingiu o braço da jogadora do Novo Mundo. Amanda cobrou o pênalti no lado direito. Hemilly acertou o canto, mas não conseguiu alcançar: 2 a 2 ao fim do 1º tempo.

O 2º tempo começou mais acirrado, com chances de ambos os lados. Aos seis minutos, a bola ficou viva de fora da área e Eduarda experimentou de longe, acertando a gaveta e superando a goleira Marcela. Com isso, o Novo Mundo novamente se recolocou em vantagem na partida.

A partir dali, a questão física pesou e o Gentil Meireles não conseguiu reagir. O Novo Mundo precisou apenas administrar para sair com o título inédito.

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Final masculina

Em comparação com a decisão feminina, a final masculina da Taça das Favelas, que pela primeira vez colocou dois times do interior goiano para se enfrentarem na luta pelo título, foi bem mais estudada e truncada. Ao longo do 1º tempo, as equipes chegaram poucas vezes com perigo ao ataque, deixando o jogo preso no meio-campo.

Aos 18 minutos, o placar foi inaugurado. Izac não afastou o perigo e Ruan Riquelme dominou de cabeça e avançou. O atacante finalizou cruzado e André não conseguiu defender. 1 a 0 para o Quilombola Boa Nova, de Professor Jamil e comandado por Luizão. Precisando responder à altura, o Quilombola Diadema, de Teresina de Goiás e treinado por Esmaide Soares, buscou soluções.

No 2º tempo, a situação ficou ainda mais complicada para o Quilombola Diadema. Aos 12 minutos, o volante Breno recebeu o cartão vermelho e o time precisou atuar com um jogador a menos. Mesmo assim, o goleiro Dida precisou trabalhar para não sofrer o empate, fazendo defesas importantes no lado do Quilombola Boa Nova.

Foi então que Ruan Riquelme se destacou outra vez. Após ser derrubado dentro da área, o árbitro não hesitou e marcou a penalidade máxima. O próprio Ruan Riquelme assumiu a responsabilidade, deslocou o goleiro e deixou o seu segundo no jogo, alcançando a artilharia do torneio com cinco gols. Com isso, o Quilombola Boa Nova faturou o título da Taça das Favelas Goiás.

Novo Mundo e Quilombola Boa Nova conquistam títulos da Taça das Favelas Goiás

Finais

Vitrine entre jovens que tentam realizar o sonho de jogarem futebol, a Taça das Favelas Goiás define neste sábado (21) os campeões dos torneios masculino e feminino. Com transmissão da TV Anhanguera, a 5ª edição da competição terá suas decisões disputadas no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), a partir das 14 horas. A entrada é gratuita e os portões vão ser abertos a partir das 12 horas.

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Neste ano, do lado feminino há um confronto entre equipes de Goiânia. O Gentil Meireles busca o tricampeonato consecutivo. O desafio será diante do Novo Mundo, que busca seu primeiro caneco. Este duelo será disputado a partir das 14 horas.

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No masculino, o campeão será inédito. Pela primeira vez, inclusive, o confronto na decisão será entre comunidades quilombolas. A partir das 15h15, o Quilombola Boa Nova enfrenta o Quilombola Diadema na segunda final do dia.

A Taça das Favelas é um torneio que reúne sonhos e histórias de pessoas apaixonadas pelo futebol. Lucigleise Lima, de 28 anos, é lateral direita e uma das fundadoras do Novo Mundo, que está em sua primeira final na competição.

Ela trata o esporte como diversão, neste momento. Mãe de seis filhos, com idades entre 3 e 13 anos, a atleta do Novo Mundo disputou a Taça das Favelas de 2022, quando defendeu o Jardim Guanabara, e está em sua segunda participação no torneio.

“Eu moro no Novo Mundo há sete anos e, junto com a Milka (companheira de time), nos juntamos com algumas meninas do Vila Morais e montamos o time. O Alex (treinador da equipe) é primo da Milka e conversamos com ele sobre a ideia de assumir o comando da equipe, deu certo”, comentou Lucigleise Lima sobre a criação da equipe.

Algo em comum em destaques do Gentil Meirele e Novo Mundo é a rotina pesada que não envolve apenas futebol. Thais Vitória, de 19 anos, é meia-atacante da equipe bicampeã da Taça das Favelas.

Ela, assim como Lucigleise, não vive exclusivamente do futebol. As duas trabalham e conciliam rotina profissional e esportiva, com treinos e jogos.

Thais Vitória, por exemplo, mora em São Luís de Montes Belos e treina no Aliança, que também disputa o Campeonato Goiano feminino. Pelo menos duas vezes por semana, ela encara 1h30 de carro para vir a Goiânia treinar e disputar jogos pela equipe, que forma a base do finalista Gentil Meirelles.

“Treino todos os dias. Segunda, quarta e sexta na minha cidade com um treinador particular, terça e quinta no Aliança”, explicou Thais.

A atleta ainda concilia sua rotina de treinos e jogos com o emprego na prefeitura da cidade do interior e tem o sonho de ser jogadora de futebol profissional.

Ambas dizem que o sentimento é de orgulho por disputarem a decisão do torneio neste ano. “Hoje, poder representar o setor que eu moro, minha comunidade, é algo sem palavras. Não consigo descrever a emoção que sinto neste momento”, declarou Lucigleise Lima.

<h2>Final Quilombola</h2>

Pela primeira vez em cinco edições, a Taça das Favelas terá um clássico quilombola na decisão. O duelo vai ocorrer na disputa masculina, entre Quilombola Diadema, de Teresina de Goiás, e Quilombola Boa Nova, de Professor Jamil. Este duelo tem previsão de ocorrer, a partir das 15h15, depois da decisão feminina.

As comunidades estão separadas por quase 600 km e possuem jovens que carregam a vontade de um dia atuarem profissionalmente no futebol. Ariel Ribeiro da Costa, do Quilombola Diadema, e Vitor Siqueira de Souza, volante do Quilombola Boa Nova, são exemplos.

Ariel começou a jogar futebol há oito anos (ele tem 16) e sonha em seguir carreira como profissional.

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Clássico no masculino coloca frente à frente o Quilombola Boa Nova (de azul) contra o Quilombola Diadema (Fábio Lima)

Ele estava na van da equipe Quilombola Diadema que há um mês se envolveu em um acidente, que resultou na morte de duas pessoas.

A tragédia ocorreu no dia 23 de agosto e envolveu a van que levava o time para Goiânia e uma picape, na GO-118, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Os dois motoristas morreram e três jogadores da equipe ficaram feridos.

Por esta razão, o troféu da final masculina desta edição será intitulado como “Natal Pereira da Silva”, em homenagem ao motorista da van que levava a equipe do Quilombola Diadema.

Antes dos jogos, o time costuma fazer um minuto de silêncio antes das partidas, em homenagem ao motorista. Após o acidente, dois atletas deixaram a equipe, por receio das viagens longas e frequentes.

Ariel Ribeiro comentou que a equipe sentiu muito a perda de Natal Pereira, de 62 anos, e que isso incentiva a equipe a conquistar o troféu. “Nós perdemos um amigo, um companheiro. Ele nos deu força para continuar com o nosso objetivo e honrar ele”, frisou o jogador.

Vitor Siqueira de Souza também sonha com uma oportunidade de viver do esporte. Com 15 anos, o atleta do Quilombola Boa Nova chega a sua terceira participação na competição – em 2022 ele foi banco e titular no ano passado e neste ano.

Essa será a segunda final da Taça das Favelas consecutiva do jogador pela comunidade Quilombola Boa Nova. Em 2023, a equipe foi vice-campeã após ter sido superada pelo Orlando de Morais, no estádio Antonio Accioly.

O jogador garantiu que a equipe está preparada e confiante para a decisão deste ano. “Dessa vez será diferente e vamos trazer o título”, afirmou o jovem da comunidade Quilombola Boa Nova.

Para Vitor, participar da Taça das Favelas é uma oportunidade de visibilidade, não só para os atletas que estão em campo, mas para a própria comunidade.

Ariel concorda que a Taça das Favelas se tornou uma vitrine no Estado. “Um impacto de nível nacional, onde nós todos podemos ter uma grande oportunidade de ser visto no esporte”, opinou o jogador do Quilombola Diadema.

A Taça das Favelas em 2024 teve 324 partidas entre as séries A e B, nas categorias masculino e feminino. Mais de 25 mil atletas participaram da competição desde as fases iniciais. Ao todo, 232 comunidades estiveram envolvidas.

(Renata Akutsu é estagiária do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)