Medalhista de bronze no Jogos Olímpicos de Tóquio, a tenista paulista Laura Pigossi, de 27 anos, está em solo goiano para a disputa do W25 de Aparecida de Goiânia, torneio de nível ITF no tênis internacional. Ela está na semifinal da chave de simples e também segue competindo nas duplas. A medalhista olímpica comentou sobre o momento especial que vive na carreira e sobre os reflexos da conquista no Japão para ela e para o esporte brasileiro.Ao lado de Luisa Stefani, Laura Pigossi surpreendeu e garantiu medalha inédita para o tênis brasileiro. O bronze das tenistas foi o primeiro do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Esse feito ainda rende reflexos para Laura Pigossi, que contou como tem sido a retomada das competições após a medalha olímpica.“Mudou algo dentro de mim, tenho muito mais confiança e acredito que posso fazer qualquer coisa, estou sonhando grande. Essa foi a maior mudança. Também tem a questão da visibilidade, tem muita gente pedindo para tirar fotos e contando que viu nossos jogos e que torcem bastante. Eu curto muito essa interação”, explicou a tenista.Em Aparecida de Goiânia, Laura Pigossi chegou à semifinal ao derrotar a compatriota Carol Meligeni por sets diretos nesta sexta-feira (12) e segue na disputa pelo título. A competição já faz parte do trajeto que a tenista terá de percorrer para chegar aos Jogos de Paris, em 2024.Para disputar os Jogos de Tóquio, Laura Pigossi ficou sabendo que poderia ser inscrita a oito dias do início da competição, pois havia sobrado uma vaga e o Brasil seria o próximo da fila. Agora, com status de medalhista olímpica, a tenista brasileira planeja chegar na França com uma vaga obtida com maior antecedência.“Meu maior plano é melhorar meu ranking para não ter a surpresa de entrar de última hora. Quero conquistar as coisas por mim mesma, então esse é meu maior objetivo. Meu plano é jogar os torneios maiores no ano que vem para conquistar mais pontos”, frisou.A tenista disse que sua experiência em Tóquio trouxe muitos ensinamentos para sua carreira e que o principal deles é que vale a pena ter sonhos na vida. “A maior marca que a Olimpíada me deixou é acreditar em sonhar. Os sonhos se realizam se você estiver disposto a entregar 100% de sua energia nisso, acreditar e ter autoridade dentro da quadra. Foi a maior marca, de me entregar toda. Essa é a palavra”, frisou.Laura Pigossi comemorou o fato de competir novamente no Brasil e vai sair do torneio de Aparecida de Goiânia como uma das 200 melhores tenistas do mundo. Com a chegada à semifinal, a medalhista olímpica deve sair da 218ª colocação para essa faixa do top-200. A brasileira está perto de garantir uma vaga nas classificatórias do Australian Open, torneio Grand Slam que será realizado no início de 2022.“É um torneio em casa e isso significa muito. É especial jogar no Brasil e diante do torcedor brasileiro. Se não estou enganada, entrei no top-200 e esses torneios importam muito no meu crescimento e para conseguir pontos para torneios maiores”, frisou Laura.Tenista acompanha recuperação de parceira que passou pro cirurgiaLaura Pigossi acompanha quase diariamente a luta da parceira Luisa Stefani, com quem conquistou a medalha de bronze em Tóquio. Luisa, de 24 anos, é a 9ª colocada no ranking WTA de duplas e vivia a melhor fase da carreira quando sofreu lesão no joelho e precisou ser submetida a cirurgia. Pigossi disse que a força de superação da amiga tem sido fonte de inspiração.“Acompanho ela, falo com ela direto e estou orgulhosa pela forma como ela está enfrentando esse momento difícil na vida dela. Me inspiro nessa postura de vencedora. No melhor momento da carreira dela, foi uma desgraça o que aconteceu. Mas ela está melhorando dia a dia, andando, subindo escada e fazendo bicicleta”, contou.Confiante na recuperação plena de Luisa, Pigossi acredita que a parceira voltará ainda mais forte e confidenciou que sonha com uma medalha de cor diferente em Paris. “Confio 100% nela e tenho certeza absoluta que ela vai voltar e muito mais forte e que vamos conseguir ir em busca desse ouro”, ressaltou.