A conclusão da Copa do Nordeste de 2022 virou motivo de um impasse e uma disputa nos bastidores envolvendo a CBF, as federações estaduais do Nordeste e os clubes. Tudo por conta da data prevista para a conclusão do torneio neste ano.Sete das nove federações nordestinas e os 16 clubes que estão na "Lampions" enviaram na semana passada um ofício à CBF requisitando que a entidade ajustasse o calendário para que o torneio termine antes de 2 de abril, que é a data na qual os estaduais serão concluídos.A tabela detalhada da Copa do Nordeste aponta que o segundo jogo da final será só em 3 de maio. Além disso, há outras três datas (segunda fase, semifinal e jogo de ida da final) que estão previstas para o período pós-estaduais.Os clubes e as federações alegam que a Liga do Nordeste não está disponibilizando o repasse financeiro referente aos jogos derradeiros porque quatro das 12 datas não estão disponíveis. Em termos de transmissão, pode haver um problema de grade: o SBT transmite a Copa do Nordeste e a Libertadores. Pode haver choque no meio de semana.A resposta da CBF ao ofício foi vista como evasiva. O diretor de competições, Manoel Flores, alegou que o documento não foi recebido pelo presidente Ednaldo Rodrigues porque estava incompleto: havia espaço para assinaturas dos presidentes das federações de Pernambuco e Bahia, mas Evandro Carvalho e Ricardo Lima não assinaram o documento. Pernambucanos e baianos não querem aceitar a antecipação das datas da Copa do Nordeste porque isso causaria problemas aos respectivos estaduais."A gente não tem data. Não tenho como fazer. Com o calendário que tem hoje já é uma encrenca. Como é que vai botar mais jogo no meio disso? Meu estadual tem contrato com a Globo. Se puxar os jogos da Copa do Nordeste, eu não consigo terminar meu estadual", explicou Evandro Carvalho ao UOL.Pelo tom da carta e conversas nos bastidores, a CBF indica a indisposição em fazer as alterações se não houver unanimidade entre as federações - o que atualmente parece inviável. A postura não agrada o bloco, que entende que a vontade da maioria deve prevalecer.Ceará e Fortaleza representam o principal gargalo para o futuro, já que estão em competições continentais. A fase de grupos de Libertadores e Sul-Americana começa em abril, no meio de semana seguinte à data reservada para a final do estadual.Dirigentes envolvidos na situação citam que, na outra ponta, há pressão dos clubes menores de Bahia e Pernambuco para que os estaduais não sejam afetados. Há uma questão econômica envolvida, já que os elencos foram montados tendo 3 de abril como data máxima da maioria dos contratos. Esticar os estaduais demandaria ajustes financeiros e burocráticos.Os 16 clubes da Copa do Nordeste, por sua vez, assinaram cartas se comprometendo a jogar as partidas dos respectivos estaduais em datas livres, sem Copa do Nordeste, a partir do término da sua participação no torneio regional.Na Bahia e em Pernambuco, há quem tente convencer os pequenos a aceitarem o ajuste nos estaduais. O cenário é difícil. Os presidentes de federação pretendem se reunir na quinta-feira (24), após a assembleia geral na CBF que sacramentará mais uma suspensão a Rogério Caboclo, para tratar do encaixe das datas da Copa do Nordeste.Um obstáculo pode ser o fato de que o calendário atual foi fechado há um tempo, e agora veio a ideia de mudança. Dirigentes pontuaram que a LiveMode, empresa responsável pela transmissão do torneio, chegou a dar anuência ao cronograma ainda em vigor, prevendo o desfecho da Copa do Nordeste depois dos estaduais.O conflito envolvendo os nordestinos se dá às vésperas de um iminente período eleitoral na CBF. Ednaldo Rodrigues quer ficar na cadeira de presidente. Gustavo Feijó, outro vice-presidente da entidade, também almeja o posto. O filho dele, Felipe Feijó, presidente da Federação Alagoana, está no bloco de sete filiadas da CBF que pede a mudança da data.

Final da Copa do Nordeste vira impasse entre CBF, federações e clubes

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A CBF estuda a implantação do impedimento semiautomático no futebol brasileiro. A entidade aguarda a finalização do projeto junto às empresas que são possíveis fornecedoras do serviço para bater o martelo.

A tentativa é para checar a viabilidade para 2026, como informou inicialmente o ge.

Na comissão de arbitragem, há otimismo, segundo o UOL apurou.&nbsp;

Na presidência da CBF, a disposição de investir dinheiro na ferramenta. Ano passado, a entidade fechou com R$ 2,4 bilhões em caixa. A CBF ainda não tem um valor exato de quanto custaria. O plano é mandar um grupo para a Europa estudar os modelos aplicados lá.

DESAFIO ESTRUTURAL

O impedimento semiautomático demanda a instalação de pelo menos 12 câmeras nos diferentes estádios do Brasileirão.

Um desafio é adaptar tudo às distintas estruturas e modelos de campo que existem no Brasil. Estádios mais baixos e mais antigos, como São Januário, precisariam de uma obra para o devido posicionamento das câmeras. A tecnologia já foi usada uma vez em solo brasileiro, na final do Paulistão 2025.

A ferramenta é vista como um meio de aumentar a precisão na marcação dos impedimentos. Atualmente, os lances mais ajustados dependem das linhas traçadas no VAR. Nem sempre a resolução das câmeras é a melhor para isso. E vira e mexe aparece alguém questionando se a marcação no corpo do defensor foi no ponto correto.

O semiautomático foi uma inovação aplicada na Copa 2022 e que já foi abraçada pela Uefa, por exemplo, na Liga dos Campeões, e por outras ligas. O Mundial de Clubes da Fifa também conta com a ferramenta.

CBF estuda impedimento semiautomático no Brasil

Futebol Brasileiro

A CBF realizou nesta tarde o sorteio das oitavas de final da Copa do Brasil com direito a Dérbi paulista e outros grandes duelos. Os mandos ainda estão sendo definidos no evento, mas os confrontos já foram divulgados.

Veja os jogos das oitavas da Copa do Brasil

*Com mandos a definir

São Paulo x Athletico-PR 
Atlético-MG x Flamengo 
Retrô-PE x Bahia 
Fluminense x Inter 
CRB x Cruzeiro 
CSA x Vasco 
Corinthians x Palmeiras 
Botafogo x RB Bragantino

Os jogos de ida e de volta estão previstos para os dias 30 de julho e 6 de agosto, respectivamente. Os mandos ainda serão definidos no sorteio.

Não houve restrição de confrontos, já que foi feito em pote único. Desta vez, os times não foram divididos em dois conjuntos, diferentemente das fases anteriores, quando foram agrupados de acordo com o ranking da CBF. 
O sorteio das oitavas ainda ainda não define o chaveamento das próximas fases. Nas quartas, será feito um novo sorteio que, este sim, decretará os caminhos até a final.

Dos clubes que ainda seguem vivos, 12 são da Série A, enquanto os outros se dividem entre B e C, ambos com dois representantes cada um. Athletico-PR e CRB são os integrantes da segunda divisão nacional, e Retrô e CSA, da terceira.

A classificação às quartas rende mais R$ 4,7 milhões aos cofres dos clubes participantes. O prêmio para avançar à semi é de quase R$ 10 milhões, com a vaga na final premiando o vice com R$ 33 milhões. O campeão pode faturar ao todo mais de R$ 100 milhões com o título, dependendo de quando iniciou sua trajetória, sendo R$ 77 milhões só de bônus por vencer a decisão.

Nove dos 12 times que entraram direto na terceira fase continuam na disputa. São eles: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, CRB, Flamengo, Inter, Palmeiras e São Paulo. Já Fortaleza, Paysandu e Santos, que também começaram na última rodada, foram eliminados.

Cinco deles estão também na Libertadores, que teve o sorteio das oitavas realizado mais cedo hoje. São eles: Botafogo, Flamengo, Inter, Palmeiras, São Paulo. Já Atlético-MG, Bahia, Fluminense e Vasco disputam ao mesmo tempo a Sul-Americana.

Copa do Brasil terá Palmeiras x Corinthians e Fla x Atlético-MG; veja jogos

Sorteio

Clubes goianos enxergam com preocupação a possibilidade do Campeonato Goiano ter datas reduzidas para a temporada de 2026. O Goianão é uma das competições estaduais que mais utilizam datas para disputa - em 2025 foram 17. A promessa do novo presidente da CBF, Samir Xaud, é que esses torneios tenham 11 datas disponíveis a partir do ano que vem.

Neste momento, dez clubes estão garantidos no Goianão 2026: Atlético-GO, Goiás, Vila Nova, Abecat, Anápolis, Aparecidense, Crac, Inhumas, Jataiense e Goiatuba. As outras duas equipes vão ser conhecidas após o fim da atual edição da Divisão de Acesso, que começou há uma semana.

O POPULAR procurou os dez clubes garantidos no Estadual do ano que vem, metade conversou com a reportagem e todos mostraram preocupação com o assunto. Goiás, Vila Nova, Goiatuba, Crac e Abecat não retornaram os contatos.

“Eu sou contra a redução. Como serão as datas? Dois jogos por semana? Tivemos um ótimo campeonato neste ano. Se diminuir as datas, os clubes pequenos serão afetados. Como vou contratar um atleta e convencer a ficar no clube para jogar um campeonato que pode nem ter três meses?”, reclamou José Paulo Tinazo, presidente do Anápolis, atual vice-campeão goiano.

O presidente Humberto Macchione, da Jataiense, reforça o discurso do Galo da Comarca. “O Estadual é nossa principal vitrine e fonte de receita. Reduzir tanto o número de jogos pode comprometer a sustentabilidade do futebol fora dos grandes centros”, acrescentou o dirigente alviverde.

Uma das principais justificativas para a redução de datas dos estaduais seria dar mais espaço para outras competições, nacionais e internacionais. Na teoria, pode ajudar na evolução física de jogadores e ter “descanso” maior entre jogos.

Tudo neste momento, no entanto, são suposições. Não há nenhum projeto formalizado sobre o calendário de 2026 e essa conversa deve crescer ao longo dos próximos meses.

“Acredito que quando ele (Samir Xaud) se aprofundar nos Estaduais pelo Brasil verá que não existe a mínima possibilidade de realizar essa alteração para 11 datas. Com certeza, isso foi dito baseado no que ele vive no estado dele, porque a realidade dos outros estados não pode ser comparada a isso”, afirmou o presidente do Inhumas, Paulo Roberto Barbosa.

O Campeonato Goiano é um dos Estaduais que mais utilizam datas para disputa. Normalmente varia entre 16 a 17 datas. O Paranaense também utiliza 17 datas. Apenas o Campeonato Maranhense reserva mais datas: 18. Paulistão e Rondoniense usam 16 datas. O Roraimense, da federação de Samir Xaud, utiliza nove datas, uma a mais que o Amazonense que é o Estadual com menor datas (8).

“Isso é um problema a ser resolvido pelas federações. Elas apoiaram (Samir Xaud) e só têm o Estadual para fazer jus a suas existências. Eu gosto dos Estaduais, porém acho que estão querendo acabar com esse campeonato tão popular”, desabafou o presidente Adson Batista, do Atlético-GO.

“Nós sofremos esse ano com o calendário, chegamos a ter dois jogos em menos de 24 horas, acabamos tendo que fazer uma opção e entramos na disputa da Copa Verde com um time alternativo, com vários jogadores do sub-20. Nesse ponto ajudaria, mas o assunto tem de ser melhor avaliado e alguma solução tem que sair. Não vejo como simplesmente diminuir as datas, pois algumas federações não conseguirão fazer essa alteração para o próximo ano”, acrescentou o presidente Wilson Queiroz Brasil, da Aparecidense.

Ao POPULAR, a Federação Goiana de Futebol (FGF) disse que a tendência é que os Estaduais realmente passem por redução para 2026. O presidente Ronei Freitas esteve com Samir Xaud nos últimos dias, explicou que a discussão vai ser debatida nos próximos meses, mas ainda está em cenário prematuro.

“Nós vamos estudar o formato e datas junto com os clubes. Vamos dialogar para achar soluções. Está caminhando para isso realmente (reduzir), mas entendo que a discussão é prematura, ainda mais pensando no futebol goiano, que normalmente conseguimos encontrar alternativas e temos tempo”, comentou Ronei Freitas.

O Goianão costuma utilizar uma data a mais do previsto pela CBF por reservar jogos em datas destinadas para outras competições, como a Copa do Brasil e a Copa Verde. Isso ocorreu em 2025.

“A redução de datas vai acontecer, sim. É um compromisso do novo presidente. É possível, com dialógico, fazer adequações. No nosso caso, é prematuro discutir, mas sabemos que é possível ajustar e encaixar em outras datas”, salientou Ronei Freitas.

Neste cenário, a FGF pode manter o planejamento de usar datas destinadas para outras competições e aumentar as datas disponíveis do Goianão.

Uma situação, no entanto, é que, caso a CBF confirme a redução dos Estaduais para 11 datas, o formato do Goianão terá de ser alterado. Desde 2023, a competição é disputada com 1ª fase em turno único com 11 rodadas. Na fase final, a partir das quartas, os jogos são de ida e volta. 
Na teoria, a edição de 2026 terá de ser disputada no mesmo formato das últimas três temporadas, já que em 2025 os clubes aceitaram manter o formato de disputa. Com 11 datas disponíveis, isso não será possível.

A manutenção do regulamento do campeonato, por no mínimo dois anos, é uma obrigação das federações ou CBF, de acordo com a Lei Geral do Esporte. “Como essa mudança vai vir de uma entidade superior (CBF) que vai alterar o calendário completo da temporada, nós temos a possibilidade de fazer a adaptação no calendário”, explicou Ronei Freitas - a Lei Geral do Esporte também permite mudanças nos regulamentos caso o calendário anual seja alterado pela CBF.

Clubes goianos se preocupam com redução de datas dos Estaduais após promessa de presidente da CBF

Futuro

Eleito presidente da CBF neste domingo (25), Samir de Araújo Xaud, de 41 anos, prometeu uma readequação do calendário de futebol brasileiro, com os campeonatos estaduais tendo 11 datas, sem que isso comprometa a sustentabilidade financeira dos clubes.O dirigente também afirmou que tem como pilares o aperfeiçoamento da arbitragem e o fair play financeiro, bem como a criação da liga.“Essa será uma gestão marcada por renovação das ideias e agregação de todos aqueles dispostos a contribuir pelo desenvolvimento pleno do Esporte. Não cheguei até aqui sozinho. Faço parte de um grupo que se uniu com um único propósito: construir uma nova CBF, moderna, participativa e comprometida com o desenvolvimento da indústria do futebol”, disse ele.No discurso, Xaud fez elogios ao ex-presidente Ednaldo Rodrigues, deposto do cargo após decisão judicial. Ele disse que as conquistas da gestão são “patrimônio do futebol brasileiro e merecem ser preservadas e respeitadas”.Houve uma discrepância entre o que foi dito pelo agora presidente da CBF e o que foi divulgado em comunicado da entidade no que se refere ao calendário dos Estaduais. Ele mencionou 11, mas o texto se refere a 12.“Nossa prioridade inicial é a adequação do calendário do futebol brasileiro. É compromisso dessa gestão implementar imediatamente mudanças significativas. Assumo o compromisso de promover, entre outras medidas, a reorganização dos Estaduais para um calendário de, no máximo, 11 datas”, explicou.De acordo com ele, a reorganização é necessária, mas não significa desvalorização dos Estaduais, que “movimentam economias locais, mantêm viva a tradição de futebol nos quatro cantos do país e fortalecem o sentimento de pertencimento entre torcedores e seus times do coração”, mencionando que esses torneios são a única oportunidade de visibilidade para centenas de atletas, técnicos e profissionais.Em relação à seleção masculina, Xaud disse que quer que o povo brasileiro volte a se identificar com ela, reiterando que quer identificação com as cores amarelo, azul, verde e branco, que representam o Brasil. Ele desejou bom trabalho ao técnico Carlo Ancelotti.“Para que ele consiga, com nossos atletas e a comissão técnica, o tão sonhado hexacampeonato mundial.”Além dele, foram eleitos oito vices: Ednailson Leite Rozenha, Fernando José Macieira Sarney, Flávio Diz Zveiter, Gustavo Dias Henrique, José Vanildo da Silva, Michelle Ramalho Cardoso, Ricardo Augusto Lobo Gluck Paul e Rubens Renato Angelotti. Foram 103 votos entre 46 eleitores presentes.