O Goiás brigou para ter o atacante Nicolas em seu elenco na temporada passada e, agora, é Nicolas quem luta contra o tempo para chegar nas melhores condições possíveis na partida que pode garantir o primeiro título e a primeira artilharia do “Cavani do Cerrado” com a camisa esmeraldina.Autor de sete gols neste Campeonato Goiano, Nicolas ficou impedido de estar em campo no jogo da ida da final contra o Atlético-GO, no Estádio Antonio Accioly, por causa de uma lesão muscular na coxa sofrida no jogo de volta da semifinal contra o Iporá. Na partida de volta, retorna ao ataque esmeraldino. A equipe do técnico Glauber Ramos sentiu muita falta do atacante no último sábado, sobretudo pela atuação aguerrida que ele apresenta nos jogos.Leia também:+ Por segurança, federação muda cerimônia de premiação+ Com Nicolas, Goiás faz último treino aberto+ Técnico do Atlético-GO ressalta importância do título estadualAos 32 anos, Nicolas vive o melhor momento da carreira no clube esmeraldino. O jogador deixou saudades na torcida do Paysandu, clube em que atuou por duas temporadas e meia, mas não demorou para se identificar com as novas cores e também se aproximar dos torcedores esmeraldinos.“Ele foi muito bem no Paysandu e continua muito bem no Goiás, marcou gol de acesso à Série A, gols de classificações na Copa do Brasil. Falo com ele quase que diariamente e brinco que ele não vive uma onda boa na vida nele, mas um tsunami”, comentou Felipe Albuquerque, executivo de futebol que elogiou bastante o atacante.Felipe Albuquerque lembrou que Nicolas ficou perto de assinar com o Sertãozinho-SP, antes de fechar com o Paysandu e seguir projeção na carreira ao acertar com o Goiás. Para o executivo, Nicolas possui características que fazem dele um jogador diferenciado. “É um ser humano fora da curva, trabalhador, um jogador com capacidade cognitiva acima da média. É muito lúcido e consciente dentro e fora de campo”, completou.Ex-colega de equipe no Paysandu, o volante Wellington Reis elogiou a postura de Nicolas fora de campo definindo o esmeraldino como um jogador que contribui muito para a harmonia do grupo e ressaltou que o atacante demonstra isso também na prática dentro da arena de jogo.“É um cara que todo mundo de meio-campo e defesa gosta de ter no time. É voluntarioso, faz de tudo pelo grupo. Eu o vejo assim também no Goiás. É uma marca dele. Apesar de fazer muitos gols, se dedica muito em marcar e ajudar toda a equipe”, comentou Wellington Reis, que elogiou o faro de gol do atacante esmeraldino. “Cruzou na área, é caixa!”, enfatizou.O técnico Luiz Carlos Winck, atualmente no Anápolis, trabalhou com Nicolas quando comandou o Caxias-RS em 2018. Para o treinador, o atacante possui muitos predicados, e a força de vontade que ele sempre demonstrou em evoluir descreve bem a personalidade do jogador esmeraldino.“Jogou tanto na extrema como por dentro, como número 9. Como pessoa, é nota dez, mas, se fosse escala de zero a mil, seria nota mil. É um profissional trabalhador, que busca intensamente e, por isso, cresceu muito nos últimos anos, uma busca incessante dentro da carreira. É um jogador muito aguerrido e que evoluiu”, lembrou o treinador.Com sete gols marcados, Nicolas divide a artilharia do Campeonato Goiano com o meia Matheuzinho, do Vila Nova, e com o companheiro de equipe Pedro Raul. Acostumado a fazer gols decisivos pelo Goiás, o atacante deve ser o reforço que aumentará a esperança da torcida de festejar o título na Serrinha neste sábado (2).Antes da partida contra o Atlético-GO, no Estádio Antônio Accioly, Nicolas chegou a declarar que se colocava à disposição do técnico Glauber Ramos para atuar contra o Dragão. No entanto, o Goiás optou por preservar o jogador e dar a ele mais uma semana de recuperação da melhor forma física para que estivesse inteiro no decisivo jogo da volta.