O Goiás caminha para confirmar o que chama de “ano da afirmação”. É assim que o clube esmeraldino trabalha nesta temporada de retorno à elite nacional após passar uma temporada na Série B do Campeonato Brasileiro. Com essa mesma mentalidade, o clube conseguiu êxito nas outras duas vezes em que viveu um retorno à Série A na era dos pontos corridos.Desde o início do ano, a diretoria esmeraldina colocou como principal meta a permanência na elite nacional para a consolidação da equipe com um crescimento gradual dentro do cenário do futebol brasileiro. O principal motivo de colocar um objetivo modesto é a questão financeira, pois a equipe esmeraldina voltou de uma Série B em que as receitas eram muito menores comparadas às da 1ª Divisão.Com o atual formato de divisão das cotas de televisionamento da Série A, os clubes que sobem da Série B precisam trabalhar com um orçamento mais enxuto. “É o maior desafio. Você pega o Atlético-GO, por exemplo, tem o orçamento três vezes maior do que o Goiás”, comentou o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Edmo Mendonça Pinheiro, sobre o adversário local, que está em sua terceira Série A seguida desde o acesso em 2019.Leia também:+ Sávio é absolvido e pode enfrentar RB Bragantino+ Série de cinco jogos consolida momento do GoiásPara o dirigente, o Goiás já teria dificuldades naturais para enfrentar os clubes mais ricos do futebol brasileiro, mas sofre também com as equipes de um patamar inferior, mas que permaneceram por mais tempo na elite nas últimas temporadas e conseguiram um estofo financeiro melhor.Entre as quatro equipes que subiram da Série B para a Série A deste ano, o Goiás é o clube que possui a melhor campanha. Com a 9ª colocação, o time esmeraldino supera os desempenhos de Botafogo (12º), Coritiba (16º) e Avaí (18º).Nas outras temporadas de retorno, o Goiás seguiu a mesma cartilha: tentar fazer um campeonato forte e seguro para não voltar para a Série B e se tornar um clube “ioiô”.Em 2013, a equipe esmeraldina vivia uma condição financeira diferente porque o pagamento de verbas mais altas na Série B ainda era mantido para os clubes que já tinha contrato assinado com a detentora dos direitos de transmissão.Além disso, o Goiás vivia um trabalho sólido sob o comando do técnico Enderson Moreira. O treinador estava na liderança da comissão técnica desde 2011 e vinha de títulos como o Goianão de 2012 e a Série B do mesmo ano. No retorno à Série A, o Goiás terminou na 6ª colocação, com chances reais de classificação para a Copa Libertadores da América até a última rodada da competição nacional.Em 2018, o Goiás conseguiu acesso à elite após uma reação liderada por Ney Franco. O time esmeraldino voltou para a 1ª Divisão e fez uma campanha segura, com destaques individuais como o goleiro Tadeu e os atacantes Michael e Rafael Moura. Michael foi eleito a revelação do Brasileirão e se tornou a venda mais cara da história do Goiás ao se transferir para o Flamengo por R$ 34,5 milhões.Edmo Mendonça Pinheiro acredita que não se trata de uma coincidência, mas uma filosofia que o clube tem adotado nesses períodos de transição de uma divisão para outra. “Sempre se busca essa afirmação, como estamos buscando também neste ano. Isso porque o Campeonato Brasileiro é muito difícil, pois 20% dos clubes acabam rebaixados e os de primeira linha não caem. É muito difícil entrar em uma competição em que um quinto dos clubes é rebaixado”, disse o dirigente esmeraldino.O ano seguinteNos anos após os acessos do Goiás, como foram os clubes que subiram no ano anteriorSérie A 20133º Athletico-PR - 64 pontos5º Vitória - 59 pontos6º Goiás - 59 pontos14º Criciúma - 46 pontosSérie A 20199º Fortaleza - 53 pontos10º Goiás - 52 pontos18º CSA - 32 pontos20º Avaí - 20 pontosSérie A 2022 - em andamento9º Goiás - 36 pontos12º Botafogo - 31 pontos16º Coritiba - 28 pontos18º Avaí - 25 pontos