O futebol goiano entra em ação na Copa do Brasil, nesta semana, com seus quatro representantes: Atlético-GO, Goiás, Grêmio Anápolis e Vila Nova. Com histórias e momentos distintos, os quatro clubes buscam classificação à 2ª fase para seguir na rentável competição nacional.Nos últimos anos, a CBF adotou premiação milionária para a Copa do Brasil e a participação na competição tem se tornado uma fonte de receita interessante para os clubes. Por isso, é impossível que o propósito financeiro não seja abordado com relevância dentro das equipes, mas a participação na Copa do Brasil vai além das cifras.O Goiás é o primeiro clube goiano a estrear e tem o histórico mais robusto na competição entre os times do estado, inclusive já tendo disputado a final da competição em 1990 (foi vice-campeão). No entanto, o clube esmeraldino deixou uma péssima imagem na última temporada quando foi eliminado pelo Boavista-RJ, com derrota, por 3 a 1, fora de casa, na 1ª fase. O Goiás jogava pelo empate para avançar e deu adeus à disputa logo na estreia.Com isso, o discurso dentro da Serrinha é de importância máxima ao jogo diante do Sousa-PB nesta terça-feira (1º de março). Essa preocupação com a partida tem sido declarada, nas últimas semanas, ao longo dos nove jogos que o clube fez no Campeonato Goiano, com o intuito de chegar bem preparado ao confronto pela competição nacional.“Temos que virar o chip porque é uma competição diferente e é um jogo, principalmente nessa fase inicial. Temos uma longa viagem e vamos enfrentar um adversário difícil, que tem conquistado bons resultados na Copa do Nordeste e no campeonato local”, ponderou o atacante Pedro Raul, que reforçou que o caráter da partida diante de Sousa-PB é de “uma final”.Na quarta-feira (2), jogam Vila Nova e Grêmio Anápolis. Do quarteto goiano, o Tigre é o clube que terá viagem mais longa a ser feita, pois enfrenta o Rio Branco, da capital do Acre. No entanto, a logística colorada será mais fácil que aquelas enfrentadas por Goiás e Atlético-GO.O Tigre vai para sua sexta participação consecutiva na Copa do Brasil, desde que voltou a disputar a competição em 2017. O clube colorado havia vivido um hiato de dez edições sem conquistar uma vaga no torneio. Desde que regressou ao cenário da Copa do Brasil, tem conseguido passar com certa tranquilidade da 1ª fase da competição.Embora esteja no Grupo 3 na distribuição de cotas de premiação pelo avanço na competição nacional, que repassa menores valores em comparação aos grupos 1 e 2, o time colorado sabe que passar de fase representa um grande aporte financeiro para o clube e isso pode ser decisivo para a sequência da temporada.“Quarta-feira é o jogo do ano para o clube, até agora. É o jogo mais importante. A Copa do Brasil é uma competição muito atraente e que traz muitos recursos financeiros. Temos que estar atentos quanto a isso e fazer o jogo com o que temos de melhor”, comentou o técnico Higo Magalhães.O representante goiano que estreia na Copa do Brasil é o Grêmio Anápolis, único do quarteto que disputará a 1ª fase como mandante. Campeão goiano de 2021, o Grêmio Anápolis recebe a Juazeirense no Estádio Jonas Duarte. Como faz a partida em seus domínios, a Raposa terá de vencer para avançar na competição.Será uma prova de fogo para o Grêmio Anápolis. A equipe começou a temporada com uma série de empates - oito em nove jogos. Uma igualdade será insuficiente para a conquista de vaga na 2ª fase da Copa do Brasil, o que representaria R$ 720 mil a mais nos cofres do clube e, mais que isso, uma maior visibilidade em âmbito nacional.Caso o Grêmio Anápolis consiga avançar diante da equipe baiana, terá pela frente o vencedor do confronto entre Ferroviária, de São Paulo, e Vasco. Dentro do clube, existe o objetivo de se classificar à 2ª fase e torcer para ter a oportunidade de receber um adversário do porte do Vasco, pois o Grêmio Anápolis já sabe que disputará a 2ª fase como mandante em caso de sucesso.Último a estrearNo lado rubro-negro, o Atlético-GO, que estreia na quinta-feira (3), tem como objetivo superar a boa campanha realizada na temporada passada, quando o clube avançou até as oitavas de final. Essa tem sido a barreira para o Dragão nas últimas edições, uma vez que parou neste estágio diante do Athletico-PR, em 2021, e do Internacional, na edição de 2020.O sorteio da 1ª fase da Copa do Brasil reservou ao Atlético-GO um novo encontro com o União de Rondonópolis, no interior do Mato Grosso. Em 2020, esse foi o adversário atleticano na estreia da competição, e o Dragão venceu por 1 a 0.O reencontro dá ao clube goiano a vantagem de ter uma memória recente da logística para o interior do Mato Grosso e sobre as condições que vai encontrar no Estádio Luthero Lopes.“É uma preparação diferente, é só um jogo, é mata-mata. Então, a preparação tem de ser mais intensa, tem de fazer um jogo de poucos erros e tenho certeza de que vamos conseguir (classificação), nos adaptando ao jogo e, assim, as coisas vão fluir”, comentou Airton, atacante do Atlético-GO.

Goianos na Copa do Brasil: ao campo e aos cofres

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O técnico do Atlético-GO, Fábio Matias, testou nova formação no treino desta quarta-feira (16). O Dragão enfrenta o Criciúma na próxima sexta-feira (18), às 19 horas, no Estádio Antônio Accioly, pela 17ª rodada da Série B.

As novidades foram o lateral direito Ruan Teixeira, o meia Robert (ambos recuperados de virose que impediu que atuassem em Belém, no empate por 2 a 2 com o Paysandu), o meia Shaylon e os atacantes Sandro Lima e Kelvin (opção técnica) e o zagueiro Wallace, recuperado de lesão muscular que o tirou de campo no segundo tempo, no clássico com o Vila Nova.

Nas quatro vezes em que Wallace atuou, o time não sofreu gol.

A formação titular do Atlético-GO teve: Paulo Vítor; Ruan Teixeira, Alix Vinicius, Wallace e Guilherme Romão; Willian Maranhão, Ezequiel Ham e Robert; Shaylon, Sandro Lima e Kevin.

Atlético-GO testa time com cinco novidades para enfrentar o Criciúma

Série B

O atacante Anselmo Ramon tem mostrado cada vez mais poder de decisão pelo Goiás nesta Série B. Nos primeiros 15 jogos pelo clube goiano, o centroavante marcou cinco gols e registra uma das melhores marcas da carreira dele quando atua no início por uma nova equipe. Curiosamente, o time esmeraldino venceu todas as vezes que ele balançou as redes adversárias.

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Todos os 15 jogos de Anselmo Ramon foram pela Série B. O atacante de 37 anos marcou gols diante de Botafogo-SP, Ferroviária, Atlético-GO, Chapecoense e, mais recente, Athletico-PR.

Entre as cinco partidas, Anselmo Ramon fez o gol que confirmou a vitória do Goiás nos jogos contra Botafogo-SP (1 a 0), Chapecoense (2 a 1) e Athletico-PR (1 a 0).

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No duelo contra a Ferroviária, o centroavante abriu o placar para o triunfo de 2 a 0. No clássico contra o Atlético-GO, ele empatou a partida, que teve gol da virada por 2 a 1 marcado pelo goleiro Tadeu.

Uma curiosidade sobre os gols marcados por Anselmo Ramon pelo Goiás é o fato de que quatro deles foram com a equipe esmeraldina atuando como visitante. Com exceção do jogo contra a Ferroviária, que foi disputado na Serrinha, em todas as outras partidas com gol do atacante o time esmeraldino atuou fora de casa.

O clube goiano é o melhor visitante da Série B com 16 pontos (cinco vitórias, um empate e duas derrotas), e Anselmo Ramon contribuiu diretamente para a boa campanha esmeraldina na competição.

Na carreira, Anselmo Ramon defendeu 13 equipes desde que subiu para o profissional, incluindo o Goiás. Considerando os primeiros 15 jogos que disputou por cada equipe, a atual marca pelo time goiano só fica atrás do que ele registrou no Oeste (sete gols em 2011), no Hangzhou Daikin, da China (oito gols em 2014), e no CRB (sete gols em 2022).

O centroavante ficou conhecido no cenário da bola por ser artilheiro nato. Anselmo Ramon não é um jogador que precisa ser participativo nas jogadas. Pelo contrário, o camisa 9 tem o estilo de goleador que precisa de poucos toques para marcar.

Na Série B, em 15 jogos, Anselmo Ramon finalizou 27 vezes, segundo dados do Sofascore. Na direção do gol, foram dez finalizações, com eficiência em gols de 50%.

No Goiás, Anselmo Ramon tem mostrado a versatilidade no modo como marca gols. Já balançou as redes com chutes de perna esquerda e de perna direita e de cabeça. Depois de lances de bola parada, cruzamentos, dentro da área e na pequena área. O camisa 9 confirma, até aqui, que é um jogador de presença de área e goleador.

O centroavante também já se consolidou como titular absoluto na equipe esmeraldina. Dos 15 jogos que disputou pelo Goiás na Série B, 13 foram consecutivos como titular. Entre os atletas esmeraldinos, só fica atrás do goleiro Tadeu, que iniciou todas as 16 partidas da equipe.

Anselmo Ramon foi contratado pelo Goiás para se tornar o homem-gol da equipe e resolver a ausência de um goleador no clube desde a saída de Pedro Raul, que deixou o time goiano em 2022 após 26 gols em 50 jogos. Até aqui, o centroavante esmeraldino, que tem contrato até o fim de 2026, tem mostrado poder de decisão e potencial para solucionar esse problema na equipe alviverde.

Além de poder de decisão, camisa 9 do Goiás exibe repertório

Após um início de temporada sólido no setor defensivo, o Vila Nova passou por oscilações e indefinições, que se intensificaram após a saída do zagueiro Bernardo Schappo e as lesões e suspensões de jogadores da posição. Com a Série B a pleno vapor, o time colorado tenta encontrar sua melhor configuração defensiva para o restante da temporada.

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Neste momento, após a conclusão da 17ª rodada, o Vila Nova tem a 5ª melhor defesa da Série B, empatado com o CRB, ambos com apenas 15 gols sofridos - média de 0,93 por jogo. Os únicos times com números melhores são Coritiba (6 gols sofridos), Novorizontino (11 gols sofridos), Goiás (12 gols sofridos), Volta Redonda e Remo (14 gols sofridos cada).

No ano passado, por exemplo, o Tigre amargou a 3ª pior defesa ao final do campeonato, com 54 gols sofridos - média de 1,42 por jogo. Os únicos clubes piores do que os goianos foram Ponte Preta (55 gols sofridos) e Ituano (63 gols sofridos), sendo que ambos terminaram rebaixados para a Série C.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/atacante-tem-edema-diagnosticado-e-aumenta-lista-de-problemas-no-vila-nova-1.3288908" target="_self">Atacante tem edema diagnosticado e aumenta lista de problemas no Vila Nova</a></div>

Em 2025, o aspecto defensivo foi o grande destaque do Vila Nova nos primeiros meses do ano, sobretudo no esquema do técnico Rafael Lacerda na conquista do título estadual. Desde o início da Série B, porém, o Vila Nova sofreu gols em 10 dos 16 jogos.

Um fator importante para a solidez defensiva do Tigre tinha a ver com a dupla titular de zaga. Tiago Pagnussat e Schappo começaram juntos em 20 das 50 partidas da equipe na temporada (40% do total).

As demais duplas titulares foram Tiago Pagnussat e Walisson Maia (8 jogos, 16%), Walisson Maia e Bernardo Schappo (6 jogos, 12%), Tiago Pagnussat e Weverton (2 jogos, 4%), Felipe Garcia e Léo Gama (2 jogos, 4%), e Tiago Pagnussat e Léo Gama (1 jogo, 2%).

“Teoricamente, é sempre ruim ficar mexendo muito na zaga, porque defesa, seja dupla de zaga ou trio de zaga, depende muito de entrosamento, dos jogadores se entenderem, entenderem também quando é o momento de um sair para o bote e o outro ficar na cobertura, ou de ocupar espaço, quem fica no jogador tal, quem fica no outro jogador do ataque do adversário”, analisou o comentarista Ubiratan Leal, da ESPN, ao POPULAR.

No entanto, apesar da saída de Bernardo Schappo ter sido sentida pelo fato do Vila Nova perder uma opção importante no elenco, a equipe ainda não perdeu desde então. A última vez que ele atuou foi na derrota para o Amazonas (2 a 1). Desde então, o Tigre venceu Atlético-GO (1 a 0) e Ferroviária (3 a 1), e empatou com o Operário-PR (0 a 0).

Ainda que o Vila Nova tenha voltado a demonstrar sinais da mesma solidez defensiva do começo do ano, mesmo com a saída de Bernardo Schappo, há uma preocupação constante para o técnico Luizinho Lopes: lesões e suspensões.

O treinador ainda não teve a oportunidade de definir quem será o titular ao lado do capitão Tiago Pagnussat. Isso porque, contra Atlético-GO e Ferroviária, Walisson Maia estava lesionado e Weverton era o único zagueiro de origem disponível. Contra o Operário-PR, Walisson Maia se recuperou, mas Weverton precisou cumprir suspensão.

No próximo jogo contra o Avaí, no final de semana, Walisson Maia não estará entre os relacionados porque levou o terceiro cartão amarelo. Isso significa que, se tudo der certo, Luizinho Lopes só terá Walisson Maia e Weverton disponíveis ao mesmo tempo no confronto seguinte, diante do CRB.

Atualmente, além dos três citados, o zagueiro Pedro Romano surge como quarta opção no plantel. Ele foi contratado na janela de transferências de julho, após passagem pelo Capital-DF, e ainda não estreou com a camisa colorada. Marcondes, o outro zagueiro do elenco, está lesionado há quase um ano.

“Agora, é importante também o Pagnussat, que é mais experiente, mais rodado, ter um cara que é a referência dessa defesa. Mesmo que esteja mudando um pouquinho o companheiro dele, tem uma referência que ajuda a dar um pouco mais de solidez e a defesa do Vila Nova tem ido bem. Não acho que seja o fim do mundo, um grande problema. Só mostra um foco de atenção, e a contratação do Pedro Romano, se ele chegar bem, se mostrar um jogador útil, mesmo para ter como opção no banco, já ajuda. Pelo menos o Vila Nova não fica tão vulnerável por ter só três zagueiros no elenco”, concluiu Ubiratan Leal.

Vila Nova busca solidez defensiva após saída e baixas

O Atlético-GO no mercado e deve ter novidades no ataque, com saída de um titular e a chegada de outros atacantes. Caio Dantas, de 32 anos e sete gols nesta temporada, tem proposta do Novorizontino-SP, adversário do Dragão na Série B.

Caio Dantas deve ser negociado e ficou fora da formação titular no treino nesta quarta-feira (16), sob alegação de estar com um desconforto muscular.

No lugar dele, o clube tenta repatriar o atacante Lelê, de 27 anos e atualmente no Nagoya Grampus (Japão). O jogador foi cedido pelo Ceará, mas não está atuando. Lelê passou pelo Volta Redonda-RJ, foi contratado pelo Fluminense e se transferiu para o Ceará.

Outro atacante, praticamente confirmado, é o uruguaio Luciano Cosentino, de 24 anos, que está no Montevideo Wanderes (Uruguai) e deve chegar até o final da semana para o Dragão.

Cosentino atuou sete vezes no Campeonato Uruguaio - Torneio Apertura. O time dele está no Grupo A, com 12 pontos em sete rodadas.

Ano passado, Luciano foi jogador do Cerro Largo, com 33 atuações e seis gols.

Caso confirme a transferência, o Dragão terá o quarto jogador uruguaio nesta temporada - estão no elenco o versátil Alejo Cruz, o atacante Federico Martínez e o volante Francisco Barrios.