Na chegada ao Atlético-GO, o técnico Umberto Louzer disse, nesta terça-feira (22), que o trabalho que pretende fazer no clube "é um grande desafio, mas é impensa oportunidade também". O treinador, que teve seu último trabalho no Sport em 2021, tem sua segunda experiência no futebol goiano, depois de comandar o Vila Nova em 2019 em apenas oito jogos.Na descrição de seu perfil, Louzer procurou explicar que gosta de times equilibrados, competitivos, intensos e que sabem o que fazer com a bola. "Tenho perfil de organizar as equipes, sempre parto desse princípio de organização, equipe competitiva, intensa. O futebol hoje pede intensidade. Quem acompanhar nosso trabalho vai ver intensidade, dinamismo e cobrança diária", contou o treinador de 41 anos, que faz aniversário na quinta-feira (24), dia em que estreia no comando do Atlético-GO diante do Iporá."Organizo equipes que buscam o início do jogo desde o seu goleiro, mas nos momentos de difculdades, que tenha mecanismo de sair com a bola mais longa. Quando perde a bola, de imediato busca a retomada. Quando essa pessoa é vazada, que os atletas saibam se reorganizar", afirmou o técnico ao descrever o que prefere para suas equipes.O treinador falou mais de uma vez que nunca vai "terceirizar as responsabilidades", que suas equipes têm de "saber jogador propondo, saber jogar reativo, em blocos alto, médio, baixo" e que "a cobrança vem e nossa busca diária é por performar bem e conseguir os resultados".Louzer ainda elogiou o presidente Adson Batista, que o definiu como treinador "novo, emergente" e disse que "o sucesso dele é o nosso sucesso"."O Atlético-GO vem fazendo bons anos, tem elenco competitivo. Acredito muito no trabalho, avaliamos muito pra trazê-lo (Louzer). Conversamos muito pra entender o trabalho,&nbsp;é treinador de muito conteúdo, mostrou muita vontade e disposição para vir. Isso pra mim é muito importante", contou Adson Batista.Louzer retribuiu ao dizer que gosta da proximidade do presidente ao trabalho. "Fico feliz quando encontro na figura do presidente esse conhecimento, essa participação ativa. Isso é imporante para nós, treinadores, que têm esse conteúdo, que têm algo a entregar. Me sinto tranquilo nesse aspecto, tenho certeza que irei contribuir e atender tudo o que espera de mim."&nbsp;&nbsp;&nbsp;

Louzer no Atlético-GO: 'grande desafio, mas imensa oportunidade'

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Matéria - Esporte

O Atlético-GO é, dos três goianos na Série B, o clube com a pior campanha. Antes cotado como um dos favoritos ao acesso à elite nacional, o Dragão soma 18 pontos, convive com a instabilidade e, neste mês de julho, quer encaminhar um retorno à briga por vaga na Série A.

Até o fim do 1º turno, o rubro-negro enfrenta adversários que se encontram próximos dele, acima ou abaixo, na pontuação. O primeiro desafio será o CRB-AL, nesta quinta-feira (3), no Estádio Antônio Accioly. A derrota para o Vila Nova, no clássico do último sábado (28), jogou desconfiança sobre o Dragão.

A projeção é chegar, pelo menos, próximo aos 30 pontos. Para conquistar pelo menos 12 pontos até o fim do 1º turno, o rendimento tem que ser de, no mínimo, 80% nas próximas cinco rodadas. Isso encaminharia para o Dragão um 2º turno com chances de acesso.

Caso contrário, se o rendimento não melhorar, o Dragão continuará do meio para a segunda página na tabela. “Queremos somar o máximo de pontos para, depois, fazer um 2º turno de recuperação”, previu o gerente geral do Atlético-GO, Júnior Murtosa. Ele se lembra, por exemplo, da campanha de recuperação do clube no returno de 2023, quando o Dragão somou 37 pontos.

Por isso, cada triunfo nos próximos jogos significa subir na tabela no 1º turno, ultrapassar os concorrentes acima – CRB-AL (21 pontos) e Chapecoense (19 pontos) – e se distanciar daqueles que estão abaixo: Paysandu (13 pontos), Criciúma (16) e Operário-PR (17 pontos).

Em 2023, ano do último acesso do Atlético-GO à Série A, o clube virou o turno com 27 pontos e fez 37 no returno, algo que é difícil de se repetir na Série B, com arrancadas de duas sequências invictas: uma de seis partidas e outra de cinco rodadas sem perder.

O jogo com o CRB-AL é decisivo. O time alagoano faz campanha melhor e é comandado pelo técnico Eduardo Barroca, ex-Atlético-GO. O Dragão precisa da vitória para se igualar ao adversário e, depois, se preocupar com as rodadas seguintes. Nos cálculos, uma referência é acompanhar a pontuação do 4º colocado – atualmente, o Avaí fecha o G4 (23 pontos).

Na Série B, o Atlético-GO convive com a irregularidade nos resultados, pois ainda não conseguiu emplacar uma sequência de duas vitórias seguidas ou mais – antes de perder de 1 a 0 do Vila Nova, o Dragão vinha de três partidas sem derrota, mas com empate (0 a 0) com o Coritiba entre duas vitórias. No clássico, o Dragão foi superior no primeiro tempo, mas não fez gols. Pagou caro por isso. Depois do jogo, o técnico Fábio Matias foi criticado pelo presidente do clube, Adson Batista. A sequência do treinador passa pelo resultado positivo contra o CRB-AL.

A diretoria também trabalha para reforçar o elenco, que, se depender apenas de regularização, poderá utilizar os contratados a partir da 16ª rodada. Já chegaram o volante sírio-agentino Ezequiel Ham, o atacante Kelvin e, depois do dia 10, chega o lateral direito Valdir Júnior, de 25 anos e que foi emprestado pelo Confiança-SE. Porém, ele fica no time sergipano para disputar os dois próximos jogos da Série C.

O Atlético-GO planeja trazer mais dois atacantes e um volante.

Próximos cinco jogos 
15ª rodada: Atlético-GO x CRB - 3/7 (quinta-feira) - Accioly 
16ª rodada: Paysandu x Atlético-GO - 12/7 (sábado) - Curuzu 
17ª rodada: Atlético-GO x Criciúma - 18/7 (sexta-feira) - Accioly 
18ª rodada: Operário-PR x Atlético-GO - 22/7 (terça-feira) - Germano Kruger 
19ª rodada: Atlético-GO x Chapecoense - 27/7 (domingo) - Accioly

Desempenho em casa: 57,14% 
12 pontos em 7 jogos 
3v, 3e, 1d, 10 gols marcados, 6 gols sofridos

Desempenho fora de casa: 28,57% 
6 pontos em 7 jogos 
1v, 3e, 3d, 4 gols marcados, 7 gols sofridos

Reta final do 1º turno da Série B: Atlético-GO planeja pontuação perto da máxima

Segundona

Após 14 rodadas disputadas na Série B de 2025, o Goiás tem pontuação superior à do Santos de 2024, que foi campeão da edição do ano passado, mas números inferiores a todos os líderes da competição desde 2021 nesta altura do campeonato.

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Atualmente, o Goiás tem 29 pontos conquistados. Depois da 14ª rodada da Série B de 2024, o Santos tinha 25, a menor pontuação da década neste recorte. A segunda menor é a do Cuiabá de 2020, que tinha os mesmos 29 pontos do Goiás de 2025, mas uma vitória a menos (nove contra oito).

Leia também

+ <a href="https://opopular.com.br/esporte/em-todas-as-divis-es-do-brasileiro-goias-e-o-time-da-virada-1.3282999">Em todas as divisões do Brasileiro, Goiás é o time da virada</a>

Apesar da vantagem de dois pontos para o vice-líder Coritiba e de seis pontos para o 5º colocado Remo, o Goiás de 2025 tem pontuação inferior na comparação com os líderes após a 14ª rodada dos outros anos da década.

Em 2023, o Vila Nova tinha 30 pontos. Em 2022, o Cruzeiro tinha 32. Em 2021, o Náutico também tinha 30. Desses três, no entanto, apenas o Cruzeiro subiu - e ainda foi campeão.

De qualquer forma, o Goiás continua com a missão de terminar o 1º turno na ponta da tabela de classificação da Segundona. A equipe esmeraldina volta a entrar em campo apenas na outra terça-feira (8), às 19h30, diante do Criciúma, na Serrinha, pela 15ª rodada.

Após 14 rodadas, Goiás tem pontuação superior ao campeão da Série B de 2024

Recorte

O Atlético-GO acertou a contratação do lateral direito Valdir Júnior, de 25 anos, que estava atuando pelo Confiança-SE, equipe pela qual conquistou o título do Campeonato Sergipano e disputava a Série C do Brasileiro.

Valdir Júnior marcou dois gols na Série C, em que o clube não faz boa campanha. O jogador chega ao Dragão por empréstimo até o fim do ano, com opção de compra para clube rubro-negro.

Na atual temporada, Valdir Júnior atuou 29 vezes e fez três gols. Ele se destacou no time nordestino depois de passar três temporadas no futebol português,&nbsp; atuando pelos Leixões e UD Leiria. O jogador é natural de Benevides-SE.

No Dragão, Valdir Junior será opção na disputa por vaga com Ruan Teixeira,&nbsp; pois Raí Ramos deixará o clube na janela de transferência da CBF.

A partir do dia 10 de julho, Valdir Júnior, o volante sirio-argentino Ezequiel Ham e o atacante Kelvin (volta ao clube repatriado junto ao futebol sul-coreano) poderão ser regularizados pelo Atlético-GO para jogar a Série B.

Atlético-GO acerta contratação de lateral direito do Confiança-SE

Mercado

O próximo adversário do Vila Nova na temporada é a Ferroviária, em confronto marcado para domingo (6), às 16 horas, na Arena Fonte Luminosa. Os clubes vão se enfrentar pela primeira vez na Série B, mas ambos têm uma relação interessante no quesito de contratações, sobretudo para o lado colorado.

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Ao longo da história, Vila Nova e Ferroviária já se enfrentaram quatro vezes - o alvirrubro jamais venceu no retrospecto. A primeira partida foi pelo Torneio Baltazar de Castro, em 1967. No Olímpico, a Locomotiva ganhou por 5 a 2. Pelo Troféu Torcida do Tigre de 1969, a equipe paulista voltou a bater os goianos no Olímpico, desta vez por 3 a 2.

Pela Série C de 1994, os clubes mediram forças duas vezes entre si. Na Fonte Luminosa, a Ferroviária venceu por 2 a 0. No Serra Dourada, os times empataram sem gols. Agora, mais de três décadas depois, Tigre e Locomotiva vão se encarar de maneira inédita pela Série B, mas o histórico entre ambos atravessa as quatro linhas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/vila-nova-perde-lateral-esquerdo-para-proxima-partida-na-serie-b-1.3282843" target="_self">Vila Nova perde lateral esquerdo para próxima partida na Série B</a></div>

No último sábado (28), no OBA, pela 14ª rodada da Série B, o Vila Nova venceu o rival Atlético-GO por 1 a 0. O gol da vitória foi anotado pelo meia-atacante Bruno Xavier, que foi contratado recentemente e teve uma passagem pela Ferroviária em 2022. Ele está longe de ser o único com atuações pelos dois clubes.

O Vila Nova buscou na Ferroviária alguns nomes que fizeram sucesso no clube, como o técnico Vail Mota, tricampeão do Goianão em 1980, 1982 e 1984 e que faleceu em 2009.

Além de ter feito história no Vila Nova, Vail Mota também é o treinador que mais comandou a Ferroviária na história, com 398 jogos à frente da Locomotiva. Ele é o técnico que mais venceu, com 153 vitórias, 121 empates e 124 derrotas, e também possui a marca de ser aquele com o trabalho ininterrupto mais duradouro no clube, com 137 jogos consecutivos.

O meia-atacante Alan Mineiro também chegou ao Tigre, pela primeira vez, após passagem pela Ferroviária em 2017. Antes disso, em 2015, foi campeão do Paulistão A2 - terminou como artilheiro, com oito gols, e foi eleito o melhor da competição - e liderou o time rumo à elite de São Paulo pela primeira vez em 19 anos.

No Vila Nova, Alan Mineiro teve uma história marcante e ganhou o apelido de “Rei dos Clássicos” devido ao seu desempenho diante dos principais rivais, Goiás e Atlético-GO.

Além de Vail Mota e Alan Mineiro, outros nomes menos badalados defenderam o Vila Nova depois de passagens pela Ferroviária. Em 2020, por exemplo, o Tigre foi buscar na Locomotiva os atacantes Maurinho e Henan, que foram campeões da Série C com o clube goiano.

Em 2021, o Vila Nova contratou o zagueiro Xandão, que estava na Ferroviária, para suprir a saída de Walisson Maia, que voltou neste ano e atualmente faz parte do elenco.

Antes disso, o Vila Nova também teve jogadores como o volante Claudinei, em 2017, o polivalente Moacir, em 2018, e o zagueiro Patrick Marcelino, em 2019, que passaram pela Ferroviária anteriormente.

O contrário também acontece. O goleiro Dênis Júnior, que passou as últimas duas temporadas no Vila Nova, vem sendo destaque positivo da Ferroviária nesta Série B. O lateral esquerdo Eric, que passou pelo Tigre no ano passado, é titular na Locomotiva.

Outros jogadores, como o zagueiro Alisson Cassiano e o atacante Bruno Mezenga, também vestiram a camisa da Ferroviária depois de defender o Vila Nova.