O árbitro Wilton Pereira Sampaio disse que não mudaria as decisões tomadas por ele no clássico entre França e Inglaterra, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Os franceses venceram por 2 a 1, avançaram de fase, mas os dois lados do duelo criticaram a atuação do profissional goiano na partida.Os ingleses deram tom mais pesado às críticas. A principal alegação é que Wilton Pereira Sampaio errou em decisões durante o jogo, não manteve nível de concentração que a partida exigia e não anotou uma possível falta no início da jogada do primeiro gol da França na vitória de 2 a 1. Outra crítica foi em relação a dois lances de pênaltis para a Inglaterra, um não marcado e outro em que deixou o lance seguir e sinalizou penalidade após orientação do VAR.O goiano disse, em entrevista ao POPULAR, que não mudaria as decisões, por terem sido feitas em um trabalho em conjunto com os demais profissionais da arbitragem da partida.“Primeiramente, eu mantenho o que fizemos juntos. Foi uma equipe. A crítica é normal, temos que aceitar principalmente quando for uma crítica construtiva. O que vale para nós é a avaliação da comissão de arbitragem da Fifa”, disse Wilton Pereira Sampaio, de 40 anos.Leia também:+ Festa do tri da Argentina começa em ônibus, termina em helicóptero e frustra fãs+ Post de Messi supera imagem de ovo e é recordista no InstagramNesta partida, o profissional goiano foi auxiliado pelo conterrâneo Bruno Pires e pelo paranaense Bruno Boschilia. O quarto árbitro foi Mohammed Mohammed, dos Emirados Árabes. O VAR teve o comando do colombiano Nicolás Gallo, com os espanhóis Alejandro Hernández e Juan Martínez, além da brasileira Neuza Back.Na opinião do goiano, a resposta da Fifa em manter na Copa os profissionais brasileiros envolvidos na partida entre França e Inglaterra é o que importa.“Nós ficamos até o final da Copa, é sinal de que a Fifa teve avaliação positiva da nossa participação na partida. Se não tivéssemos feito um bom trabalho, teríamos sido liberados. A Fifa manteve os árbitros que poderiam seguir trabalhando. Essa avaliação é a que mais importa, nos deram oportunidade para seguir no torneio”, completou o árbitro goiano.Wilton Pereira Sampaio trabalhou em quatro jogos na Copa do Catar. A mais “pesada” foi o duelo entre ingleses e franceses pelas quartas de final.“Quando saiu a escala, vi que seria o clássico. Houve uma conversa entre a equipe para não nos cobrarmos muito. Sabíamos onde estávamos, a importância do jogo, mas o mais importante seria cumprir o que a Fifa nos pede e fazer o melhor no jogo. Estudamos tudo que envolve o jogo: esquemas táticos, comportamentos de jogadores, o histórico dos países, os confrontos entre as equipes, tudo. Nos preparamos bem”, contou Wilton Pereira Sampaio.Esse jogo foi o último do goiano na Copa. O assistente Bruno Pires, por sua vez, trabalhou como assistente do VAR na decisão do 3º lugar entre Croácia e Marrocos. Segundo Wilton Pereira Sampaio, não houve nenhum tipo de “geladeira” dele no Mundial após o duelo entre França e Inglaterra.“Quando terminamos as quartas de final, houve uma seleção do grupo de árbitros que iam seguir. Nós seguimos. São critérios, entendemos a análise que a Fifa faz. Trabalhamos em quatro jogos e tratamos todos como finais”, avaliou Wilton Pereira Sampaio sobre não ter sido mais utilizado nas fases seguintes da Copa do Catar.