O técnico Jorginho sabe que vai para o clássico deste sábado (27), diante do Goiás, sob a pressão da diretoria e da torcida do Atlético-GO. O Dragão ficou numa situação difícil na Série A por causa do início instável, ainda sob comando de Umberto Louzer. Reagiu com Jorginho, mas, no fim do 1º turno, perdeu seis vezes seguidas.Então, entrou no Z4 e não teve um returno de vitórias, como se imaginava. Jorginho diz que tem convicção no trabalho que faz no clube, alega que, em parte das competições (Sul-Americana, Copa do Brasil, Série A), não tinha um elenco com opções suficientes para ter o mesmo rendimento. Diz que não perdeu o comando do elenco, confia na reação do time e agradece a confiança do presidente do Atlético-GO, Adson Batista."Em relação à essa situação da minha permanência, creio que o Adson (Batista, presidente) está enxergando o trabalho que estamos fazendo. Tínhamos três competições e, até a abertura da janela, não tínhamos elenco que me dava possibilidades de disputá-las. Com os reforços, melhoramos bastante e conseguimos inclusive fazer revezamento, que não é fácil, simples", comentou o técnico atleticano.As cobranças sobre o trabalho dele se acentuaram após a goleada e a eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil, para o Corinthians. Agora, restam o Brasileirão e a semifinal da Sul-Americana, diante do São Paulo.Leia também:+ Distância entre Goiás e Atlético-GO na tabela alimenta rivalidade nos pontos corridos+ Árbitro do Ceará apita último clássico goiano do ano"O trabalho está bem feito. Não conseguimos encaixar aquilo que seria melhor para o Brasileiro. O Adson (Batista) entendeu isso e eu agradeço esse voto de confiança do trabalho realizado, mesmo porque temos de dividir as responsabilidades. É muito simples colocar no treinador uma culpa", ressaltou Jorginho.Na Série A, a campanha está aquém do planejado pelo clube. Por isso, é necessário reagir e isso passa pelo clássico diante do Goiás. Jorginho elogia o trabalho de Jair Ventura e explica que o adversário tem boas variações táticas dentro dos jogos. Também procurou ajustar o time atleticano com aquilo que tem à disposição para o clássico."Sei que muitas vezes chega no momento em que das formas de (clube) se trocar um treinador é quando perde o respeito do grupo, quando não tem mais o jogador em suas mãos. Nas minhas áreas técnica, tática, disciplinar e emocional, procurei me capacitar. Posso não ser o melhor, mas sou bom naquilo que faço. Creio que é o respeito ao que tem sido feito. Estamos muito perto de sair dessa zona (Z4) incômoda. Esse grupo vai dar uma resposta", prevê o treinador, que ganhou muitos pontos, internamente, após a goleada de 3 a 0 sobre o Goiás, na Serrinha.Repetir aquela façanha é ganhar sobrevida no cargo, afinal, voltar a vencer o principal adversário do Dragão no clássico tem sabor de título. Diz-se que um clássico não se joga, mas se ganha. É o propósito do Atlético-GO neste sábado (27)."Não tem favoritismo porque é um clássico. Por mais que seja na casa do adversário, eles (Goiás) já demonstraram isso jogando na nossa casa, debaixo do meu comando aqui. Foi um jogo difícil, um empate (0 a 0) em que tudo poderia ter acontecido. Fomos na casa deles e conseguimos três gols (3 a 0)", lembrou Jorginho.O técnico teve a semana cheia para trabalhar o elenco. "Vimos o quanto foi difícil ganhar dessa equipe lá, como estão organizados. O Jair (Ventura) chegou propondo uma forma específica de jogar, mais preocupados com o Brasileiro, enquanto tínhamos três competições. São histórias completamente diferentes, não podemos nos apegar aos números. Sabemos que o clássico tem o lado especial de dar para um dos lados o momento decisivo e importante."