-Imagem (1.2391872)Sereno, bem-humorado, direto, objetivo e centrado são traços do técnico Eduardo Souza, que comandará o Atlético-GO no segundo clássico desta temporada contra o Vila Nova, na tarde deste sábado (19), às 16h30, no Estádio Antonio Accioly. O interino, que é auxiliar da comissão permanente, é citado no clube, por pessoas mais próximas, como um profissional observador e que consegue se comunicar bem com os atletas.Leia mais: clássico repete tensão do 1º turno; vejas as escalaçõesAssim que o cargo de treinador fica vago no Atlético-GO, Eduardo Souza recebe do presidente, Adson Batista, a missão de dirigir o time, como ocorre agora - assumiu após a saída de Marcelo Cabo, no dia 7 de fevereiro.Eduardo Souza não dirigiu o Dragão em partidas diante do Vila Nova, nas quais só chegou a trabalhar como auxiliar. No Estadual, contando as passagens anteriores pelo clube como treinador, esteve à frente do time nove vezes - oito vitórias e uma derrota, para o Crac (5 a 3), em janeiro de 2021 (válido pelo Goianão de 2020). Em clássicos pelo Atlético-GO, já obteve o triunfo sobre o Goiânia por 1 a 0, em 2020. Agora, chega ao primeiro clássico com o Vila Nova no comando à beira do gramado.A obstinação pelo trabalho é como se fosse a diversão de Eduardo Souza. Ele fez 41 anos no dia 4 deste mês, uma sexta-feira, às vésperas do clássico em que o Atlético-GO foi batido pelo Vila Nova por 3 a 2. Os colegas cantaram o tradicional parabéns, mas nada de festa. Como auxiliar, Eduardo estava ajudando na preparação do time para aquela partida. Na segunda-feira (7), comandou treinamento, desta vez já como técnico.“Ele (Eduardo Souza) é um cara muito verdadeiro e que aceita o contraponto. Também é muito dedicado. Busca o máximo ao fazer o trabalho”, enumera Rafael Cotta, coordenador técnico do Atlético-GO. Ambos são amigos e se conhecem há 15 anos, desde 2007, quando trabalharam no Guaratinguetá-SP, campeão do Interior da Série A-1 naquela temporada. O título foi na gestão do técnico Márcio Araújo.Natural de Guaratinguetá (SP), o então preparador físico Rafael Cotta pôde conviver com o então auxiliar de Roberto Fonseca, um dos treinadores com que Eduardo Souza, nascido em Votuporanga (SP), trabalhou. Além de Roberto Fonseca, o atleticano esteve ao lado de Doriva, recentemente auxiliar do demitido Sylvinho no Corinthians. Também foi auxiliar de Zezito, uma das referências dele na função.Desde os 14 anos, Eduardo Souza vive e respira futebol. Tentou a carreira de jogador em alguns clubes paulistas e paranaenses antes de se tornar preparador físico e, mais tarde, auxiliar e treinador. São 27 anos no meio e passagens em várias agremiações do País. No Atlético-GO, chegou em 2017, quando o Dragão estava na Série A e trouxe Doriva por alguns meses. O retorno ao clube se deu em 2019, na Série B. Veio para trabalho na comissão técnica permanente do Dragão.Nas incursões pelo mundo do futebol, Eduardo só não dirigiu ou foi auxiliar em equipes do norte do País. Assim, vai conhecendo as particularidades dos clubes, dos torcedores e da atmosfera local onde desempenha a função.“Ele é bem-humorado, conversa e se dá bem com as pessoas”, acrescenta Rafael Cotta. Ambos vivem a maior parte do tempo no clube. O treinador interino costuma assistir, diariamente, a dois ou três jogos, já que uma das funções é o trabalho de observação e captação de jogadores, nos mercados nacional e sul-americano. Como é detalhista, procura estudar cada adversário e não será diferente no clássico diante do Vila.Eduardo Souza gosta de Goiânia, curte música sertaneja, mas o tempo livre na capital é mais dedicado ao descanso, que às vezes pode ser com a presença da família, apesar da distância. Caciane, mulher dele, é professora de Educação Física no Centro Universitário de Votuporanga (SP) - Unifev, enquanto a filha Jûlia é acadêmica de Medicina em Araçatuba (SP) e a caçula Maria Eduarda cursa o ensino médio em Votuporanga, onde também moram os pais dele, José Carlos e Clemência.