Após 17 dias consecutivos com jogos da Copa do Mundo, o Catar viveu nesta quarta-feira (7) o primeiro dia sem jogos durante o Mundial. Em Doha, os milhares de torcedores que estão na cidade para acompanhar o torneio colocaram em prática o modo turista, aproveitando a folga dos estádios. Entre os quadrifinalistas, os marroquinos se sobressaíram, com presença marcante nas ruas cataris, após eliminar a Espanha, nos pênaltis (3 a 0), após o empate sem gols no tempo normal e prorrogação, nesta terça-feira (6).Os portugueses, que foram os últimos a garantir vaga nas quartas de final, viram o técnico Fernando Santos colocar o astro Cristiano Ronaldo no banco e sua equipe golear a Suíça por 6 a 1, também na terça-feira (6). Empolgados, os lusitanos até curtiram a folga, mas não queriam falar sobre outro assunto que não fosse Copa do Mundo.“Já esperávamos isso desde o primeiro jogo. Há uma certa teimosia do Fernando Santos. Felizmente, ontem ele colocou os melhores para jogar e é isso que ele tem de fazer. Tem de continuar a colocar os melhores jogadores”, comentou Eduardo Paulo, que mora em Algarve, Portugal.O português destacou a atitude do treinador de sua seleção. “Respeitamos muito o que nos deu Cristiano Ronaldo. Ele continua a ser uma referência, um grande jogador, mas tem de entender que tem praticamente 40 anos e não tem a mesma agilidade de quando tinha 20 ou 30. Não é problema ele ficar no banco. Ele deve estar na seleção, mas tem de dar espaço aos outros jogadores”, complementou Eduardo.Para Eduardo, a final será entre Portugal e Argentina. “É o que estou sentindo”, resumiu. A opinião não foi compartilhada por seu amigo, Carlos Bruno, que acompanha Eduardo durante o Mundial.“Gostaria que fosse uma final Portugal e Brasil, da língua portuguesa. Tenho muito respeito aos meus amigos do Brasil, mas claro que quero que meu país ganhe. O Brasil já ganhou cinco copas, pode deixar a gente ganhar uma”, ressaltou Carlos.Sobre o dia sem futebol durante a Copa, Eduardo gostou de ter um espaço diferente na agenda após a 1ª rodada da fase eliminatória. “Estamos respirando um pouco, aproveitamos para conhecer melhor a cidade e estamos tentando nos divertir. É bom dar uma pausa no estresse dos jogos”, completou o português.Um grupo de brasileiros estava bem mais relaxado na região do Souq Waqif, um antigo mercado de Doha, para onde beduínos traziam suas mercadorias e que foi revitalizado e ganhou vários restaurantes e lojas.“Estamos achando interessante. Conhecemos muitas coisas. Andamos de camelo, viemos aqui no mercado, fomos ao museu e em outros lugares que estão muito ligados ao Mundial. A galera aqui está vivendo muito a Copa. Na Copa, fomos nos jogos do Brasil e Inglaterra”, relatou o carioca Sthefano Santos.A argentina Lorena Gaúna, no entanto, vive expectativa inversa. Ela chegou na madrugada desta quarta-feira (7) a Doha e vive a ansiedade de assistir de perto ao duelo entre Argentina e Holanda pelas quartas de final, nesta sexta-feira (9). Enquanto isso, a torcedora tirava suas primeiras impressões do Catar. “Tenho a sensação de que o ambiente é muito bom. Às vezes, temos um preconceito por vir a um país diferente, mas a verdade é que todos estão sendo muito amigáveis e o ambiente é de alegria.”Lorena está confiante no futebol argentino, mas espera que o duelo contra os holandeses não tenha o mesmo desfecho da semifinal da Copa do Mundo de 2014, quando a Argentina passou pela Holanda nos pênaltis, ao vencer por 4 a 2, após o 0 a 0 no tempo normal e prorrogação. Naquela Copa do Brasil, a Argentina, na decisão, acabou derrotada pela Alemanha. Na disputa de 3º lugar, a Holanda superou o Brasil.“Espero que a Argentina ganhe, mas que não precise dos pênaltis, como em 2014. Que seja nos 90 minutos. Ficaria muito feliz se Argentina e Brasil avançassem. Óbvio que a partir daí, torcerei para que a Argentina prossiga, mas quem passar vai merecer”, finalizou a moradora de Buenos Aires.-Imagem (Image_1.2574692)-Imagem (Image_1.2574690)-Imagem (Image_1.2574691)