A Croácia, próxima adversária do Brasil na busca pelo hexa, é uma seleção que “engana” no modo de jogar, mas é eficiente para vencer jogos e, assim, chegou às quartas de final da Copa do Mundo. As equipes vão duelar, por vaga na semifinal do Mundial do Catar, na próxima sexta-feira (9), a partir das 12 horas (de Brasília), no estádio Cidade da Educação.A Croácia costuma ser mais atacada e, apesar de gostar de ter a posse de bola, não costuma dominar inteiramente as partidas. Também tem dificuldade de matar o jogo quando pode. Seu meio-campo, formado por Modric, Brozovic e Kovacic, é o ponto mais forte e talentoso.“O que acho interessante é dizer o porquê. Me parece que é ponto forte porque os três (Modric, Kovacic e Brozovic) conseguem controlar o jogo, acelerando e reduzindo a velocidade, juntando e esticando as peças da Croácia no campo”, explicou o jornalista Gabriel Dudziak, da rádio CBN.Uma forma de neutralizar o trio, conhecido também pela criatividade, é o que Japão conseguiu fazer quando a bola rolou no duelo entre as equipes nas oitavas de final.O time asiático se colocou em campo no 5-4-1, pressionou os croatas e saiu em velocidade pelos lados, nas costas dos laterais. Na marcação, fechou o espaço por dentro e limitou opções de passes para os construtores Modric e Kovacic.Um ponto que o também Brasil pode explorar no jogo croata, e levar vantagem, é na intensidade. A seleção brasileira chega às quartas de final após descansar parte do elenco no último jogo da fase de grupos, contra Camarões. A Croácia jogou todas as partidas com titulares e avançou para enfrentar o Brasil após prorrogação e cobrança de pênaltis contra o Japão.“A questão da intensidade, no entanto, pode ser um ponto fraco. Não é só a idade desses três (meio-campistas) e do Perisic na ponta esquerda, mas também as características de jogo. São atletas técnicos e não de força. O Brasil gosta de apertar marcação, de perder e recuperar a bola rapidamente e isso é uma característica também física, que nesse momento acho que pode pesar a favor dos brasileiros”, comentou Gabriel Dudziak.A velocidade do jogo brasileiro será parte do caminho que o Brasil vai explorar na tentativa de passar pela Croácia e avançar à semifinal da Copa do Mundo.“O Brasil, como foi no jogo de hoje (segunda, 5, contra a Coreia do Sul), não é time de posse, de controle. Pode existir, se o adversário estiver com linha baixa, aí tem que circular bola para entrar. Contra equipes que dão espaço, o Brasil mostrou que tem um jogo forte e vertical. É da nossa natureza ser letal, veloz. Em comparação com a Croácia, tem a vantagem física, mas os três no meio-campo vão exigir atenção de Casemiro e Paquetá”, complementou o jornalista Paulo Calçade, da ESPN e Fox Sports.O analista vê o papel de Richarlison como outro fator interessante contra os croatas. “Ele (Richarlison) combate o adversário na construção, e isso é fundamental. O Brasil tem boas chances. Preferia pegar a Croácia do que o Japão. O nosso jogo pode encaixar melhor, mas (os croatas) são bons também e vão incomodar”, avisou Paulo Calçade.A Croácia jamais venceu a equipe brasileira na história. O retrospecto entre as equipes é de quatro partidas, duas oficiais em jogos no Mundial. São três vitórias brasileiras e um empate. Em Copas, duas vitórias da equipe brasileira - em 2006 (1 a 0) e 2014 (3 a 1).Leia também sobre a Copa do Catar:+ Jogadores do Brasil elogiam Croácia e projetam jogo das quartas da Copa do Catar+ Rua da Copa, em Goiânia, celebra gols e quer mais festa