A Polícia Civil ainda tenta encontrar o suspeito de cometer injúria racial contra o volante Fellipe Bastos, do Goiás. A busca segue, por meio do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), após 20 dias da divulgação da imagem do suspeito.Sem especificar em um número, o delegado Joaquim Adorno, responsável pela investigação, disse que o Geacri recebeu algumas denúncias após a divulgação da imagem do suspeito.“Mas nenhuma das denúncias resultou na identificação do suspeito. Foram algumas denúncias, as pessoas falam que achavam que era uma pessoa, mas, na hora de confirmar, percebiam que era outra. É um crime imprescritível, então vamos aguardar novas denúncias”, explicou Joaquim Adorno.Leia também- Casos de racismo voltam a aumentar no futebol brasileiro, mostra relatórioA denúncia pode ser anônima e feita por meio dos telefones 197 ou 62-98495-2047. A imagem foi divulgada nos stories do perfil da Polícia Civil no Instagram.O Geacri concluiu, após depoimentos, que houve o crime de injúria racial contra Fellipe Bastos, volante do Goiás. O caso ocorreu no dia 8 de maio, em clássico do time esmeraldino contra o Atlético-GO, no Accioly.Entenda o casoO volante Fellipe Bastos disse ter sido chamado de "macaco" duas vezes por um torcedor atleticano na saída do gramado do Antonio Accioly, no dia 8 de maio. O clássico entre Atlético-GO e Goiás foi pelo 1º turno do Campeonato Brasileiro, com torcida única do Dragão, como são os clássicos goianienses normalmente. O jogo foi vencido pelo Goiás por 1 a 0.No dia seguinte, em 9 de maio, Fellipe Bastos registrou ocorrência de injúria racial no Geacri e a investigação começou.Por causa da injúria racial do torcedor, o Atlético-GO foi punido com a perda de um mando de campo e multa de R$ 50 mil em julgamento na 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no dia 26 de julho.O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê que o clube pode ser punido por ato de um torcedor. O clube recorreu e, no dia 29 de julho, conseguiu o efeito suspenso da pena até o julgamento no Pleno do STJD.