Em Goiânia para a final da Série D do Campeonato Brasileiro, o presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse que a arbitragem "estava levando transtorno aos torcedores, prejuízo aos clubes" e que "não se encontrou no seu ponto melhor" para explicar a demissão de Leonardo Gaciba, que comandou a arbitragem brasileira nos últimos dois anos.Gaciba foi demitido nesta sexta-feira (12) após muita reclamação dos clubes sobre arbitragem nas competições nacionais. No dia anterior, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, fez duas críticas à atuação dos árbitros na goleada sofrida pelo tricolor para o Flamengo."No que pesem os altos investiemntos que a CBF tem feito ao longo dos útimos oito anos, infelizmente a arbitragem não se encontrou no seu ponto melhor. Isso é fato", disse Ednaldo Rodrigues. "Verificamos que estava levando transtorno aos torcedores, prejuízo aos clubes e esperávamos que pudesse ter um desfecho mais satisfatório por conta de tudo que a CBF colocou à disposição para treinamento, que a tecnologia fosse o ponto alto. Queremos virar a essa página reconhecendo que o Gaciba fez seu trabalho dentro do que pôde fazer, com liberdade", falou o presidente da CBF.O vice-presidente da comissão de arbitragem, Alício Pena Júnior, assumiu interinamente a chefia e fica no posto até o fim das competições nacionais."Não precisamos aguardar mais erros para tomar uma decisão. Já iniciamos. O vice da comissão interinamente conduzirá a comissão até o fim das competições de 2021", disse Ednaldo Rodrigues.Para o início de 2022, o mandatário da CBF promete reformular a arbitragem nacional. O dirigente disse que pretende ouvir quem tem expertise na área para definir os rumos."A partir de janeiro, uma reestruturação da comissão de arbitragem e de toda a parte de arbitragem para dar consolidação melhor ao futebol brasileiro. Vai ter de ouvir os árbitros principais, os árbitros Fifa, os que integram competições de Série A e B, ouvir ex-árbitros que possam dar opiniões, sugestões, ouvir todos os segmentos da parte de arbitragem, presdientes das comissões estaduais de uma forma equilibrada, bastante responsável, para que possamos preparar todo um trabalho para quem é que venha a ser. Não temos um nome. O presidente é democrático. Ouvindo todos, vai se chegar ao nome. Vou ouvir quem tem expertise na arbitragem e aí termos quem será o condutor", contou Ednaldo Rodrigues.Presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta aprovou a mudança no comando da comissão de arbitragem. "Infelizmente, os erros acontecem, estão acontecendo erros graves. Lá atrás, quando fiz a cobrança firme em cima em relação à comissão da arbitragem, a tendência era que acontecesse essa situação que aconteceu agora com o Leonardo Gaciba. Já vinha insustentável. A CBF tentou ver se terminava o campeonato para pensar no novo projeto para o ano que vem, mas a coisa estava se agravando muito, principalmente nesta reta final. A CBF tomou uma atitude acertada", falou o dirigente.A reta final das quatro séries do Campeonato Brasileiro está nos holofotes e Pitta falou sobre o que espera da arbitragem "Esperamos que os árbitros tenham uma tranquilidade, sucesso nesses jogos agora, para trazer um pouco de paz e que possa ser elaborado novo projeto da arbitragem brasileira para o ano que vem."Em Goiânia, Ednaldo Rodrigues participou de um almoço com dirigentes do futebol goiano e paraibano, como os presidentes de Aparecidense (Elvis Mendes), Atlético-GO (Adson Batista) e Vila Nova (Hugo Jorge Bravo) e o vice de futebol do Goiás (Harlei), da Federação Goiana de Futebol (André Pitta), da Federação Paraibana de Futebol (Michelle Ramalho), do Campinense (Phelipe Cordeiro). Também estão em Goiânia o vice da CBF Gustavo Feijó e o diretor de competições da entidade, Manoel Flores."A Série D vem se valorizando a cda ano, novo formato, com transmissões. É importante ter os nossos clubes mais próximos da CBF. A CBF está disposta a ouvir mais o que os clubes precisam, não só levando por nós, mas eles estando presentes. É importante essa vinda deles nesse momento de reta importante, Aparecidense decidindo o título, Goiás numa luta difícil, Vila e Atlético-GO precisando de pontos no campeonato", falou o presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), André Pitta.