Ao falar sobre a contratação do técnico Cristóvão Borges pelo clube, o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, se deteve a comentar, nesta segunda-feira (20), a chegada do auxiliar do treinador, o português José Quadros, de 40 anos, e alfinetou a presença de técnicos de Portugal no futebol brasileiro."O Cristóvão buscou conhecimentos fora do País. O auxiliar dele é português, vem com uma escola diferente. Evidente que tenho minha forma de enxergar isso. Português não inventou a bola. Agora, virou essa onda aí. Respeito os treinadores brasileiros, todo mundo tem conceitos a apresentar", afirmou Adson BatistaO dirigente falou que optou por Cristóvão Borges por causa da experiência do treinador na elite nacional, que o Atlético volta a disputar, disse que a chance do Dragão é apostar em times competitivos e intensos, por causa da falta de estrelas, e avaliou a possibilidade de vender mandos de campo na Série A do Brasileiro, opinando que "o torcedor goiano não é muito fanático".Anunciado neste domingo (19), Cristóvão Borges veio a Goiânia no fim de semana, voltou ao Rio e volta para assumir o Atlético definitivamente na quinta-feira (23), data da estreia do Dragão no Goianão, contra o Grêmio Anápolis. No entanto, só vai assistir ao confronto e comandará o clube a partir da 2ª rodada, no clássico contra o Goiânia, domingo (26).Veja os principais trechos da entrevista de Adson Batista:Quando Cristóvão chega e os motivos da escolha do treinadorVai assumir no segundo jogo. Chega quinta (23) de manhã. O que pesou é que ele veio conhecer o clube, nossa estrutura. É um profisisonal que me impressionou muito o conhecimento, a experiência. Vamos enfrentar campeonatos difíceis. Ele tem muita experiência. Parou por opção para estudar, crescer. Vi nele algumas coisas importantes. Gostei muito da conversa. Tem conceitos que encaixam no perfil e se encaixa na nossa realidade financeira. Vamos conhecê-lo no dia a dia, dar tranquilidade pra fazer um trabalho de alto nível.Ele vai indicar contratações?O nosso time está praticamente montado pra esse primeiro momento, com Goiano e Copa do Brasil. Com uma base, temos total tranquilidade de que vai dar a resposta que a gente espera. Vamos discutir de agora pra frente. Buscar peças pontuais e esperar uma boa oportunidade no mercado, porque nosso elenco é curto.Como você viu a repercussão pela contratação do Cristóvão?Não trabalho muito por repercussão. Vocês vivem em função de rede social. Eu não preocupo com isso. Tenho que ter convicção no que estou fazendo. Buscamos ter contato bem profundo com o nosso treinador pra entender a filosofia de jogo. Não tinha desespero pra buscar a comissão técnica, mas é necessário ter a comissão, o atleta tem que ter referência, porque sabe que está rabalhando com auxiliares. O Cristóvão trabalhou só em grandes clubes, acredita no projeto e na estrutura do Atlético. É um nome muitio interessante e encaixou no que a gente queria. Tem experiência de Série A, não é um iniciante, um marinheiro de primeira viagem. O Atlético vai disputar sua quinta série a em dez anos, é um número importante para o orçamento que o clube tem. É um treinador que teve decepções, demitido com pouco tempo de trabalho, se não me engano no Corinthians. Ele procurou entender isso. Buscou conhecimentos fora do País. O auxiliar dele é português, vem com uma escola diferente. É eviedente que tenho minha forma de enxergar isso. Português não inventou a bola. Agora, virou essa onda aí. Respeito os treinadores brasileiros, todo mundo tem conceitos a apresentar. Os resutlados, o dia a dia, vão falar quem está certo ou errado. Não tenho compromisso com o erro. Preciso dos resultados, preicos que o Atlético seja um time chato, com intensidade forte. A única sobrevivência para o Atlético é ter conjunto forte, um time competitivo. Não temos estrelas. Achei um cara muito correto, foi um grande jogador. Trabalhou com Ricardo Gomes. É um cara que conhece o cheiro da grama, o dia a dia, como funciona, tem muita experiência.Você pode vender mandos de campo do Atlético na Série A?Um jogo ou outro, pontualmente falando. Se não for interessante jogar aqui, se o Atlético precisar de receita. Temos um co-irmão (Goiás) que vai disputar os mesmos jogos aqui. Espero que a CBF tenha sensiblidade de marcar com mando invertido (se o Goiás jogar contra o Flamengo, por exemplo, no 1º turno em Goiânia, o Atlético gostaria de jogar no 2º turno). São situações importantes para os clubes, que é receita. Gosto desse desafio, do orçamento menor. Vender mando pode ser uma alternativa, mas é difícil falar isso agora. Tem que esperar a tabela. O torcedor goiano não é muito fanático. Ele é um torcedor que ama o time, mas deixa de amar daqui pra ali. Aqui é muito diferente do Nordeste, de outros lugares em que o torcedor, no momento ruim ou bom, está lá junto. O goiano é muito exigente. Acima de tudo, está o objetivo de ficar na Série A, disputar as compeitções de maneira competitiva.