O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, não pensa em fazer mudanças na comissão técnica do time colorado. O dirigente frisou, após empate com o Tombense, que confia no trabalho do treinador Higo Magalhães. Com o tropeço no OBA, o Tigre segue sem vencer na Série B após quatro rodadas e chegou a oitava partida sem vitória na temporada.“O Higo continua sim com nossa confiança, passamos juntos por momentos muito mais difíceis do que esse e tenho certeza que vamos passar por esse momento. Temos bons jogadores, precisamos encontrar a melhor forma de jogar. Tivemos algumas situações que considero que faltou um pouco de sorte, mas a sorte é até competência no final da história e não fomos competentes. Quando se perde, empata ou se tem resultado negativo eu sou o responsável por isso”, afirmou Hugo Jorge Bravo.Leia tambémVila Nova empata com Tombense e segue sem vencer na Série BTreinador diz que entende vaias da torcidaNa avaliação do presidente, Higo Magalhães já provou seu valor e o atual momento requer que confiança seja passada para comissão técnica e jogadores.“Vamos trabalhar e passar confiança, vamos passar confiança para a comissão técnica que já provou seu valor. Ninguém faz um 2º turno de Série B igual nós fizemos no ano passado, dentro do G4 igual foi. Muitos (torcedores) que estão pedindo troca de treinador não tem capacidade de mostrar solução, nem falar como pagar. Vamos com os pés no chão que as coisas vão acontecer”, salientou o dirigente.Hugo Jorge Bravo também frisou que não falta cobrança interna no Vila Nova. O time deixou o campo após empate com o Tombense sob vaias. “A pressão internamente é muito maior. Não estamos satisfeitos em questão de resultado, mas estão todos trabalhando, se dedicando. Estamos plantando e vamos colher. A cobrança é pesada, não uso microfone para fazer cobranças. Ninguém, desde o dia que pisamos aqui dentro, vive zona de conforto dentro do Vila Nova”, argumentou.Em outra fala, o dirigente deu um exemplo de como as cobranças são feitas dentro do clube. “A cobrança aqui é muito maior que essa (vaias). Já olho dentro do olho dele e falo ‘meu filho, se não correr como você vai receber? Como vai por dinheiro na sua casa?’. Começa desse jeito. Quer cobrança pior que essa? ‘Bora’. Ninguém tem zona de conforto, aqui não é serviço público e instituição de filantropia”, detalhou Hugo Jorge Bravo.O presidente do Vila Nova também não poupou críticas à arbitragem brasileira. O dirigente frisou que é favorável ao uso do VAR, mas entende que muitas interferências estão sendo feitas. Hugo Jorge Bravo afirmou que a tecnologia no Brasil é como “caça às bruxas".“A arbitragem no futebol brasileiro é uma piada, é ridícula. Eu tenho uma profissão (major da Rotam) onde o erro não me admite recurso. Não pode errar tanto, todo jogo o VAR tem que interferir em decisão de campo. Alguma coisa está errada. O VAR tem que ser exceção da exceção, mas está virando regra. Nossa arbitragem é ridícula, não tem lógica. Ontem teve jogo de um rival nosso e foram três VAR. Hoje aqui (duas intervenções)”, criticou o dirigente.“Sou defensor do VAR por causa da qualidade que é a arbitragem, é ridícula. O trabalho que a gente pode fazer, a gente fica com os pés e mãos atadas. Qual a punição que tem um árbitro? O árbitro foi lá, fez um absurdo igual fez no jogo do Rio (contra o Fluminense) e na semana seguinte estava apitando (jogo do Cruzeiro contra o Tombense). Eu como clube, se tivesse poder, colocaria na geladeira”, completou o presidente do Vila Nova.