O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, acredita que a fórmula sugerida pelas equipes que iniciaram o processo para a criação da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) não é interessante para os times emergentes. Uma reunião, com os 40 clubes das séries A e B do Campeonato Brasileira está marcada para a próxima segunda-feira (16), no Rio de Janeiro.O Vila Nova tem participado ativamente das reuniões e vai enviar um representante da equipe no próximo encontro. “A questão é bem clara, igual a música. O rico cada vez fica mais rico, o pobre cada vez fica mais pobre. É a fórmula da Libra, como estão querendo impor. Além da divisão ser desproporcional, vai criar situações entre o time que menos recebe e mais recebe de (diferença de) sete a dez vezes”, comentou o dirigente colorado.Leia também+ Goianos e outros clubes divulgam nota de repúdio a termos da Libra+ Clubes apresentam nova proposta para criação da ligaNa avaliação de Hugo Jorge Bravo, os números apresentados não são viáveis. A sugestão inicial é de que a divisão seja de 40% dos recursos divididos igualmente, 30% referentes a desempenho esportivo e 30% atrelados à audiência.“Isso não é viável, não é aplicado em nenhuma liga do mundo. Lógico que essa é uma discussão, nós da Série B, de tentar aumentar o percentual e no caso de resgatar os interesses dos clubes emergentes”, complementou o presidente vilanovense.Nos últimos dias, Vila Nova, Atlético-GO, Goiás e outras equipes do futebol brasileiro apresentaram uma nota de repúdio contra os termos estabelecidos para a criação da Libra e apresentaram nova proposta.A sugestão é de que a divisão seja de: 50% (igualitários), 25% (pelo critério chamado de performance técnica ou colocação na tabela) e 25% (audiência).Hugo Jorge Bravo entende que a criação da Libra vai ocorrer, desde que os principais clubes do futebol brasileiro, Flamengo, Corinthians, Palmeiras, por exemplo, olhem também as situações dos outros times que são a favor da liga.“Acho que vai chegar o consenso, todos sabem que não tem outro caminho. Como dizem, é só os top 6, top 8 deixarem de pensar um pouco no umbigo deles e a coisa caminha”, opinou o presidente do Vila Nova.