Importante fonte de receita para o Goiás nos últimos anos, a venda de jogadores formados pelo clube ou que se valorizaram na Serrinha será escassa ao fim de 2021. Essa realidade É um contraste com a temporada anterior, em que o clube esmeraldino conseguiu o melhor resultado com esse tipo de recurso.Mesmo com a boa campanha na Série B do Campeonato Brasileiro, em que ficou com o vice-campeonato, o Goiás deverá fechar a temporada apenas com a transação do lateral esquerdo Jefferson, que trocou o Goiás pelo Atlético-GO. Os valores não foram divulgados, mas não representam um incremento muito significativo nas receitas do clube em 2021.Na campanha esmeraldina que rendeu acesso à Série A, o clube usou poucos jogadores oriundos das categorias de base e apostou em jogadores que chegaram para reforçar o clube. Jogadores com potencial de venda, como o zagueiro David Duarte, o volante Breno e o atacante Vinícius Lopes, estavam no último ano de seus contratos, não tiveram os vínculos renovados e saíram de graça.Em 2020, o Goiás faturou mais de R$ 44 milhões em vendas de jogadores. A maior fatia foi pela negociação do atacante Michael com o Flamengo, por aproximadamente R$ 34 milhões - não recebeu tudo naquele ano pois o valor foi parcelado. Outra negociação no início daquele ano foi a do meia Léo Sena, que deixou o Goiás para jogar pelo Atlético-MG e logo após se transferiu para o futebol italiano.Na próxima temporada, a diretoria do Goiás deseja voltar a conseguir boas negociações e obter este tipo de receita. No entanto, entende que uma série de fatores implicam para que uma transação de atleta seja concretizada. A principal delas é uma boa campanha na Série A, competição considerada como ótima vitrine.Vice-presidente de futebol do Goiás, Harlei Menezes não esconde que é um desejo garimpar bons valores e revendê-los de forma lucrativa para o clube. O dirigente foi o responsável por contratar o atacante Bruno Henrique junto ao Itumbiara em 2015. O jogador foi vendido por cerca de R$ 20 milhões após uma temporada na Serrinha.O ex-goleiro também participou da contratação do atacante Michael junto ao Goianésia, mesmo estando fora do departamento de futebol no momento daquela negociação.Para Harlei Menezes, o pouco tempo que tem para isso dificulta que novos jogadores sejam garimpados. Mas o dirigente disse que vai se esforçar para tentar novos negócios deste modelo. “É uma vontade. Como fiquei muito tempo afastado do futebol, não tive tempo de ir atrás de revelações devido a tudo o que aconteceu, mas quero retomar neste ano”, salientou o vice-presidente.Harlei Menezes ressaltou a necessidade de fazer esse tipo de “garimpo” de potenciais talentos. “Tem de andar por aí e descobrir, assistir jogos, pesquisar. Tenho bons olhos para isso, mas preciso andar um pouco. Se tiver tempo, vou tentar”, disse o dirigente esmeraldino.Além deste tipo de ação no mercado, o Goiás também tem revelado jogadores e conseguido boas negociações nas últimas temporadas. Foi assim com o lateral direito Douglas (2011) e o zagueiro Rafael Toloi (2012), o volante Thiago Mendes (2015), os atacantes Erik (2015) e Carlos Eduardo (2018), entre outros nomes.Na campanha da Série B, o Goiás utilizou alguns pratas da casa como o zagueiro Iago Mendonça e os meias Daniel de Pauli e Miguel Figueira. O zagueiro e lateral esquerdo Heron está emprestado ao Vejle, da Dinamarca, e pode render uma venda ao fim do tempo de empréstimo, mas isso acontecerá apenas em 2022.O potencial de revenda pode ser observado também na montagem do elenco para a próxima temporada. O clube esmeraldino ainda não anunciou os primeiros reforços para 2022. Isso deve ser feito apenas na segunda quinzena de dezembro, ou seja, mais próximo do início da pré-temporada, previsto para 4 de janeiro.-Imagem (1.2371085)