Sem o Brasil, que parou nas quartas de final, as semifinais da Copa do Mundo do Catar, com quatro seleções de três continentes, serão disputadas nestas terça (13) e quarta-feira (14). As quatro contam com a presença de craques que decidem jogos em suas equipes, mas mostraram no Mundial que a força coletiva é a peça fundamental e levou Argentina, Croácia, França e Marrocos à atual fase.Messi, Modric, Mbappé e Ziyech são jogadores que criam jogadas com um passe, um movimento de corpo, uma jogada de velocidade, dribles, leitura da partida. São talentos que ajudaram Argentina, Croácia, França e Marrocos a avançarem para a semi no Catar.A primeira semifinal será entre Argentina e Croácia, que vão disputar o terceiro jogo entre eles em Copas, o primeiro em uma fase eliminatória. Um aspecto em comum nas duas seleções é que no Catar, Messi e Modric devem se despedir de Mundiais e fazem seus últimos atos na primeira Copa no Oriente Médio.Messi se tornou, no Catar, o maior artilheiro em Copas pela Argentina. Com 10 gols, igualou Batistuta. No Mundial de 2022, o craque argentino não se esconde em meio à responsabilidade de liderar a Argentina e faz mais de oito anos após disputar uma final que acabou traumática para o craque e sua seleção - a derrota em 2014 para a Alemanha, com gol sofrido na prorrogação. Durante os jogos no Catar, o camisa 10 finaliza, dribla, sofre faltas, cria chances para companheiros e conduz os hermanos na busca do seu primeiro título de Copa.Mais discreto em campo, Modric tem papel semelhante na Croácia. O jogador de 37 anos é o dono do time croata. É a prova que jogadores não precisam de gols ou assistências para se tornarem craques. A apresentação dele diante do Brasil é um ótimo exemplo que mostra que a Argentina não terá vida fácil para avançar à final.Modric prova no Catar que o controle do meio-campo é fundamental para as seleções conquistarem seus objetivos. A Croácia não é uma equipe que vence jogos, mas não é facilmente superada. A campanha de um triunfo e quatro empates já trouxe os croatas, pela segunda edição seguida, à semifinal.Neste contexto, Modric é o jogador que distribuiu o jogo croata, estabelece o ritmo que seus companheiros vão ter e, se tiver brecha, ao menos uma vez, pode decidir o jogo com um belo passe que vai encontrar algum companheiro que dará sequência no lance que pode resultar em gol. Foi assim contra o Brasil.França e Marrocos não fogem do mesmo cenário. Um craque em cada time, mas com força coletiva que supera adversários a cada fase da Copa do Mundo.Leia também:+ Copa do Catar: os recordes que ainda podem ser atingidos+ Todos os clubes do Goianão 2023 têm técnicos definidos; veja quem é quemTalvez a mais bela história da Copa esteja sendo construída por Marrocos. Os africanos não eram cotados sequer para se classificarem à fase eliminatória, já que caíram no grupo formado por Bélgica, Croácia e Canadá. Os belgas e canadenses ficaram pelo caminho, os africanos avançaram e já fizeram história. Ainda superaram, nas oitavas e nas quartas, Espanha (nos pênaltis) e Portugal.Marrocos é a primeira seleção africana que chega à semifinal de uma edição da Copa do Mundo. No máximo, as seleções africanas (outras três antes de Marrocos) tinham avançado até às quartas de final.Ziyech é a referência do time. Ponta que cria chances para seus companheiros, dribla, finaliza e incomoda defesas adversárias. Com laterais que apoiam, volantes que desarmam e anulam destaques rivais, zagueiros altos e atacantes que precisam de uma chance para marcar, Marrocos fez história e não tem intenção de parar.O problema para os marroquinos é que, para avançarem à final, terão de superar os atuais campeões que sonham com o tri da Copa. Liderada por Mbappé, candidato a craque do Mundial, a França quer espantar a zebra que Bélgica, Canadá, Espanha e Portugal não conseguiram.A França, mais uma vez, se superou. Com desfalques por lesões antes e durante a disputa da Copa do Mundo, os franceses mostraram que têm talentos individuais que decidem jogos, mas uma força coletiva que explica por que são candidatos ao título.Na base da velocidade, dribles e finalizações, Mbappé rompe linhas, passa por defesas adversárias, mas não necessariamente será o cara do gol. Giroud, pelo alto, se tornou o maior artilheiro da França durante a Copa do Catar. Com meias e volantes que avançam, os franceses são letais com chutes de fora da área. Muitas dessas jogadas passam pelos pés do jovem craque francês de 23 anos.A defesa é o ponto fraco dos atuais campeões. A França sofreu gols em todos os jogos do Mundial no Catar, mas conta com um ataque poderoso para equilibrar a balança e chegar, novamente, a uma decisão de Copa.-Imagem (1.2576492)