O técnico Bruno Pivetti, de 38 anos, disse, nesta quinta-feira (24), em relação ao trabalho que inicia no clube, que "o que é questionamento hoje vai se transformar em elogio amanhã". O treinador vai estrear no comando do Goiás na terça-feira (1º) na estreia do clube na Copa do Brasil, contra o Sousa-PB, fora de casa, em jogo eliminatório da 1ª fase.Na resposta, o treinador referia-se à desconfiança sobre a contratação dele para assumir o clube na temporada e falou sobre ser jovem. "Preciso é do que fiz durante minha carreira inteira: trabalho, dedicação, estudo. Os resultados virão naturalmente. O que é questionamento hoje vai se transformar em elogio amanhã", falou.Bruno é uma indicação do coordenador técnico do Goiás, Paulo Autuori. Os dois foram apresentados em uma entrevista virtual, falaram sobre os planos para o trabalho e vão assistir ao jogo contra o Anápolis, na noite desta quinta-feira (24), no Jonas Duarte, em Anápolis - o alviverde será comandado pelo auxiliar Glauber Ramos, que comanda o time desde a reta final da Série B de 2021.Bruno disse que a desconfiança ocorre por causa da "idade cronológica" dele e procurou ressaltar que trabalha com futebol há 20 anos e tem conhecimento abrangente de áreas diferentes de um clube."Tenho ouvido os questionamentos, principalmente em relação à minha idade cronológica. Estou iniciando minha carreira como treinador principal. Tenho certeza que o Paulo (Autuori), quando regressou de Portugal para dirigir o Botafogo, recebeu os mesmos tipos de questionamentos", comentou, ao lado do coordenador técnico, com quem já trabalhou outras duas vezes - no Athletico-PR e no Ludogorets, da Bulgária."Temos que encarar isso. Me preparei muito para metas audaciosas para este ano e a longo prazo. Tenho certeza de aonde vou chegar. Me dedico a minha vida inteira para entender, estudar e praticar da melhor maneira possível esse fenômeno complexo que é o futebol", disse. "Estou há quase 20 anos nisso, exerci diversas funções antes de migrar para a área técnica, tenho conhecimento de abrangência. Sou um profissional importante para trabalhar nesse aspecto interdisciplinar. Só que sempre digo que treinadores são peças fundamentais, mas são só uma peça dentro da engrenagem."Bruno disse ser avesso a rótulos para equipes, como ofensiva, reativa, propositiva, e que pretende ter um time equilibrado. "Equipes competitivas devem estar equilibradas em todos os momentos que o jogo pressupõe", falou."Não acredito em equipe pura e simplesmente de contra-ataque. Tem que ter a opção. Temos jogadores velozes (no elenco do Goiás) para realizar manobras nas transições ofensivas, mas temos que ter capacidade de retirar a bola da zona de pressão e construir um ataque de maneira mais apoiada, sustentada. Bolas paradas são questão fundamental. Sou avesso a rótulos e desejo que minhas equipes sejam mais bem equilibradas", descreveu.O treinador falou sobre ter responsabilidade nas decisões que toma no comando do time, mas também compartilhar as decisões com outros profissionais para minimizar erros. Bruno descreveu os trabalhos que teve no Tombense (semifinalista do Mineiro), CSA (campeão alagoano, com o técnico chegando na fase final) e no Villa Nova de Nova Lima, seu último clube."Dentro da aleatoriedade do futebol brasileiro, um clube pode ganhar e passar muito tempo sem ganhar outra vez. O que a gente quer é consistência em rendimento para que possamos ganhar o mais frequente possível. Somos competidores e estamos aqqui para vencer e dar alegrias à torcida", concluiu.