O Vila Nova parou na falta de eficiência nas finalizações e voltou a ser derrotado na Série B, a primeira sob comando do técnico Dado Cavalcanti. Com gols de Zé Mateus e Daniel Amorim, contra, o Tigre perdeu por 2 a 0 para o Brusque, pela 11ª rodada da Segundona, na noite de terça-feira (7), no OBA.O resultado, assim como as chances desperdiçadas, resultaram em vaias da torcida para o elenco vilanovense e gritos de “time sem vergonha” durante o 2º tempo, quando os gols do Brusque foram anotados.Para o técnico Dado Cavalcanti, não é possível “defender o indefensável” pela quantidade de pontos que o Vila Nova conquistou sob comando do treinador. Em quatro jogos, 12 disputados, foram três pontos, conquistados por meio de três empates. No período, o Tigre marcou apenas um gol.Leia também+ Vila Nova desperdiça chances e perde para o Brusque no OBA+ Confira a classificação atualizada da Série B“O somatório (de pontos) está abaixo do que esperávamos e do que eu esperava quando pisei aqui (no OBA). Seria até ‘agressão’ ao torcedor, eu comentar sobre as coisas positivas que enxergo até então. O resultado se sobressai sobre todos os contextos”, desabafou o treinador vilanovense, que ainda não venceu pelo Vila Nova.Contra o Brusque, o time colorado dominou boa parte do jogo. Na primeira etapa teve mais posse de bola, aumentou esse domínio no 2º tempo, finalizou mais vezes que a equipe visitante, mas não foi eficiente no OBA com 16 arremates e nenhum na direção do gol.“O jogo tem quatro momentos, estamos equilibrados em três, mas não estamos bem na parte final. Esse é o principal detalhe que faz com que o Vila não tenha bons resultados. Hoje (terça-feira, 7), mais uma vez tivemos uma performance expressiva de finalizações, mas não acertamos o gol. Não é que não estão assimilando a ideia, perdemos um jogo controlado quando éramos melhores que o adversário”, analisou Dado Cavalcanti, que reconheceu que algumas situações precisam ser revistas e não descarta que possa fazer mudanças no estilo de jogo da equipe e nas peças que estão sendo escaladas para a sequência de jogos.O Vila Nova com o revés segue na zona de rebaixamento da Série B. A 11ª rodada ainda será concluída, mas o time colorado já sabe que vai concluir a jornada com 10 pontos, na 19ª colocação. A equipe goiana só fica à frente do Guarani, lanterna da competição nacional, com 9 pontos.Na opinião do técnico Dado Cavalcanti, a qualidade do elenco não deve ser questionada. Ele acredita que situações comportamentais estão atrapalhando o Vila Nova na Série B - após 11 jogos, o Tigre venceu uma vez, soma sete empates e perdeu três duelos.“Seria crueldade chegar na coletiva de imprensa, na minha primeira derrota à frente do clube, e criticar a qualidade dos nossos jogadores. Alguns comportamentos influenciam. A ansiedade de vencer, a escassez de gols e acredito que o comportamental faz a diferença. Preciso dar meus pulos para encontrar soluções. Se eu achar que um jogador precisa sair ou que outro precisa entrar, não vou me omitir”, avisou o técnico Dado Cavalcanti.Confira outros trechos da coletiva de Dado CavalcantiVaias da torcida- Não me faço de vítima, nem tão pouco vou diminuir o sentimento do torcedor. Torcida é paixão, sempre vai ser passional pela nossa equipe. Quando ganha, as coisas acontecem naturalmente. A minha paixão pelo jogo veio antes de me tornar torcedor, o contexto é respeito. Entendo e respeito. São quatro jogos, não dá para esconder com a falta de treinamentos, com a falta de tempo. Sou o comandante da equipe e grande responsável pelo rendimento da equipe nos quatro jogos. Não acho que tudo está ruim, os resultados são horríveis e estamos abaixo do esperado. Nós temos que ser resilientes no momento de dificuldade e trabalhar para encontrar soluções dos problemas.As ausências atrapalham?- Na condição natural, eu prefiro repetir as escalações. Fica mais fácil a assimilação dos jogadores, o fato de mexer pouco valoriza a entrada do jogador que entra. Atrapalha neste sentido, mas longe de mim querer justificar o baixo rendimento pelas ausências. O Vila construiu um elenco e temos jogadores à disposição, que tentam dar seu melhor em busca dos resultados.Gol perdido no começo do jogo- São reflexos naturais, principalmente nos momentos de baixa. Se a bola (chute de Pablo Dyego, aos 14 minutos do 1º tempo) entrasse mudava o contexto do jogo, não sei se o resultado viria, mas seria um jogo diferente. As reflexões acontecem, sou adepto da crença que a equipe que joga melhor está mais próxima de vencer o adversário. Se jogar melhor é baixar as linhas, é outro contexto. Não posso perder as minhas convicções.