-Imagem (Image_1.2431679)A conquista do Goianão coloca o Atlético-GO como segundo maior vencedor do torneio, com 16 títulos, ultrapassando o Vila Nova (15). Mais que isso, consolida o protagonismo rubro-negro em nível regional, com capacidade para rivalizar com o Goiás, que tem 28 conquistas, como na decisão do sábado (2) passado, quando venceu o alviverde por 3 a 1, de virada, com três golaços de Marlon Freitas, Wellington Rato e Shaylon. O Dragão já tinha vencido o primeiro jogo por 1 a 0.O bom desempenho atleticano, nos últimos anos, reforça a marca de uma agremiação que agonizava até meados da primeira década deste século e renasceu a partir de 2006 para festejar, desde então, sete troféus do Goianão (2007, 2010, 2011, 2014, 2019, 2020 e 2022), uma da Série C (2008), uma da Série B (2016), três acessos à elite nacional (2009, 2016 e 2019) e três participações na Sul-Americana (2012, 2021 e, agora, 2022), além de uma semifinal da Copa do Brasil (2010).Com esta folha corrida de resultados, os dirigentes atleticanos acreditam que o clube não é só o representante do Bairro de Campinas ou um clube goianiense, como registrado no nome da agremiação. O Atlético-GO, para eles, é um clube que se encontra em crescimento em todos os municípios goianos.“Uma vitória como a de ontem (sábado) vai trazer mais torcedores jovens. Creio que é um crescimento natural, pois o Atlético-GO representa a boa prática esportiva, respeita as regras do jogo e do fair play”, avaliou o presidente do Conselho de Administração, Jovair Arantes.Segundo ele, isso atrai a simpatia de torcedores de outros estados, mesmo que não seja em grande número. Ao mesmo tempo, crianças, jovens e outras pessoas que vivem em Goiás, às vezes sem time para torcer, acabam se interessando pelo Atlético-GO. O dirigente define o Dragão como “clube da família”.O Dragão tem chegado a outros territórios na visão do presidente do clube, Adson Batista. “Não só do futebol goiano, mas do Brasil. Hoje, nós somos reconhecidos, temos marca própria e tudo que planejamos tem caminhado bem e dado certo”, destacou o dirigente. Ele e Jovair ressaltam a necessidade de, em 2022, o clube se firmar na Série A, garantindo permanência de novo na elite nacional. “Pés no chão. Não podemos achar que o Atlético-GO é o Barcelona, o Palmeiras”, disse Jovair, ressaltando o papel de clube emergente do Dragão. Outro detalhe que ambos ressaltaram foi a mudança de rumo, no comando e após as rodadas iniciais do Goianão. Após duas derrotas para o Vila Nova (3 a 2 e 2 a 0) na 1ª fase, o clube trouxe Umberto Louzer, terceiro treinador do Dragão antes de completar o terceiro mês neste ano.O técnico chegou ao clube no dia 22 de fevereiro, estreou dois dias depois e estabeleceu nova marca no clube - a de técnico campeão invicto no Atlético-GO nesta nova fase. No total, são oito partidas no Estadual (cinco vitórias e três empates), além de estar invicto na Copa do Brasil (duas vitórias). O treinador conseguiu sintonia com o elenco, encontrou espaço para escalar jogadores habilidosos e decisivos e restabeleceu a competitividade interna.Sob comando de Umberto Louzer, o Dragão venceu os dois clássicos da final sobre o Goiás (1 a 0, 3 a 1), foi superior ao Vila Nova na semifinal (3 a 2, 1 a 1), passou com autoridade pelo Morrinhos nas quartas de final (1 a 0, 3 a 0) e fez conseguiu duas classificações na Copa do Brasil, ao ganhar do União, de Rondonópolis-MT (3 a 0) e do Nova Venécia-ES (2 a 1).O próximo desafio de Louzer será dirigir o Atlético-GO na terceira participação na Sul-Americana - a estreia será nesta terça-feira (5) diante da LDU, de Quito (Equador), no Antonio Accioly, às 21h30.