Adversários frequentes desde a fase de grupos da Série C de 2020, Vila Nova e Remo se enfrentam nesta quarta-feira (8) pelo jogo de ida da final da Copa Verde em momentos distintos na temporada e com elencos diferentes da decisão que as equipes protagonizaram no início deste ano, com título da Série C para o clube goiano.Do lado colorado, apenas o zagueiro Rafael Donato e o volante Pedro Bambu foram campeões pelo Vila Nova na Série C e devem estar em campo nesta quarta-feira. Dudu, outro campeão em janeiro, é desfalque por lesão. O Leão, por sua vez, possui seis atletas no atual grupo que integraram o elenco do time paraense no vice-campeonato da 3ª Divisão.Para o volante Moacir, que retornou ao Vila Nova nesta temporada, o passado não fará diferença na decisão da Copa Verde e, sim, quem estiver em campo. O experiente jogador busca o 1º título com a camisa colorada e não teme que uma possível falta de entrosamento no elenco se torne problema após saídas de atletas considerados titulares.“É o momento de concentrar para errar menos. Final se resolve em detalhes, e quem errar menos vai se sobressair. Espero que possa ser a gente. Estamos focados e trabalhando para minimizar os erros, principalmente dentro de casa, onde precisamos fazer o mando de campo”, argumentou o jogador do Tigre.Vila Nova e Remo terminaram a Série B em momentos diferentes. O time colorado conquistou a 3ª melhor campanha do 2º turno e concluiu a competição nacional na 9ª colocação, com 51 pontos. O clube paraense, por sua vez, teve uma queda de desempenho no returno e, na última rodada, quando dependia apenas de si, foi rebaixado à Série C.O Leão, porém, chega embalado à decisão por ter eliminado o maior rival, o Paysandu, na semifinal da Copa Verde. O clube perdeu cinco jogadores após o fim da Série B - os zagueiros Anderson Uchoa, Romércio e Rafael Jensen, além dos meias Marcos Júnior e Matheus Oliveira -, mas bateu o Papão para avançar à sua 4ª final do torneio regional.“O Vila Nova tem um certo favoritismo por ter um elenco mais qualificado, mas a margem está diminuída de diferença técnica porque o Vila também passa por um processo de reformulação e o Remo chega em um momento emocional positivo”, opinou o jornalista Pedro Luz, do Jornal O Liberal.O analista acrescenta que o fator emocional é algo que o técnico Eduardo Baptista buscava solucionar no elenco azulino, após o rebaixamento à Série C.“O Remo chegou na final vencendo clássico contra o Paysandu, em jogos com estádios cheios, carga emocional grande. Querendo ou não, o clássico dá moral para o time, que era algo pendente. O Eduardo Baptista chegou no clube na reta final para manter o clube na Série B. Não conseguiu, mas agora já está com mais conhecimento do elenco e encaixado no seu estilo de jogo”, salientou o jornalista.