“Stop! A vida parou ou foi o automóvel?” Em poucas palavras, o poeta Carlos Drummond de Andrade expressou em seu poema Cota Zero a ansiedade das pessoas entre a correria cotidiana. Os prazos do dia a dia, a instantaneidade das redes sociais, a pressão pelo inédito: em Pressa, novo espetáculo do Grupo Bacae Dança, a pergunta que se faz é: quanto custa viver atendendo às solicitações tão imediatas?A peça estreia nesta terça-feira (29), em duas sessões, às 19 horas e às 20h30, no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG), localizado no Setor Universitário. Os ingressos são gratuitos. Com apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o espetáculo reafirma discussões sobre as doenças do século 21, como ansiedade e a Síndrome de Burnout.Com 11 bailarinos no palco e participação especial de caratecas do Dojô Padma, Pressa discorre por meio da dança contemporânea sobre o acelerado cotidiano em tempos modernos. A pressa revista pela diretora artística e coreógrafa Ingrid Costa pode ser avistada no trânsito, no trabalho, entre os amigos, na internet, dentro de casa, nas relações sociais e profissionais.“A pressa, a pressão de clientes e das redes sociais, prazos de entrega para ontem. Com isso, há uma banalização da urgência. Nas entrelinhas, fazemos o questionamento: realmente precisamos fazer e ter tudo tão rápido?”, indaga Ingrid. Os impactos e consequências do imediatismo podem ser revistos no corpo e movimento dos bailarinos, que dividem palco entre canções que experimentam a insurgência temporal.A proposta do novo trabalho do Grupo Bacae Dança é inspirar alternativas para a saída do ciclo vicioso da pressa. Também aponta os benefícios da desaceleração das rotinas, a partir das potenciais possibilidades de pequenas ações diárias e intimistas. O projeto será apresentado para estudantes de escolas públicas, com o cunho de provocar impacto social, formação de público e plateia e reflexão.“Muitas vezes, o preço para atender as solicitações tão imediatas é o da própria vida”, argumenta Ingrid. E a diretora está certa: um levantamento da International Stress Management Association (Isma) mostra que o Brasil é o segundo País com mais casos de Burnout. O número já supera países como Estados Unidos e Alemanha. O Brasil está atrás apenas do Japão, que tem 70% da população atingida pela doença.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/magazine/acontece/ana-ca%C3%B1as-apresenta-no-teatro-goi%C3%A2nia-turn%C3%AA-em-homenagem-a-belchior-1.2569982" target="_blank">-&nbsp;Ana Cañas apresenta no Teatro Goiânia turnê em homenagem a Belchior</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/magazine/acontece/ceasa-goi%C3%A1s-realiza-2%C2%AA-edi%C3%A7%C3%A3o-da-festa-do-pequi-1.2569989" target="_blank">-&nbsp;Ceasa Goiás realiza 2ª edição da Festa do Pequi</a>Nos últimos anos, a síndrome tem ganhado destaque nas discussões sobre saúde mental e trabalho. Em janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o Burnout como fenômeno ocupacional na CID-11 — ou seja, oficialmente um “fenômeno ligado ao trabalho”. “As coreografias do espetáculo são uma interpretação da vida corrida que levamos ultimamente”, diz.  BailarinosPressa é o terceiro espetáculo do Grupo Bacae Dança. Com o projeto, o grupo vai realizar quatro apresentações presenciais em Goiânia e uma exibição virtual, por meio do Canal YouTube do Instituto Bacae (@bacae). O bailarino João Paulo Amorim assina a direção de ensaios e assistente de coreografias, e Bruna Nunis é a produtora cultural das ações. Sobem ao palco do CCUFG os bailarinos intérpretes Anilson Júnior, Bárbara Lopes, Bruna Nunis, Emily Naitê, Ingrid Costa, Joel Machado, Mônica Neiva, Nívia Barbosa, Raycem Martins, Robson Leles e Thamyres Estevam.Oficinas e vivências em pautaAlém das apresentações de Pressa, o projeto do Grupo Bacae Dança ainda oferece a contrapartida social por meio de ações culturais gratuitas em formato presencial e online, como oficinas de dança contemporânea. Em 2023, por exemplo, a companhia vai oferecer oficinas de dança e karatê com Ingrid Costa, diretora e coreógrafa do Grupo Bacae Dança, e Anna Carolina Prestes, fundadora e mestre do Dojô Padma. Há ainda a ideia de realizar uma vivência híbrida de meditação com Nívia Carla Barbosa e uma palestra e bate-papo online com o título Burnout e a Importância das Pausas nas Rotinas, com a psicóloga Lunice Dufrayer.&nbsp;SERVIÇOGrupo Bacae Dança estreia espetáculo Pressa Data: nesta terça-feira (29), às 19h e 20h30 Local: &nbsp;Centro Cultural UFG, Av. Universitária, 1533, St. Universitário Entrada gratuita Informações: @bacae<div attr-cid="policy:1.2569980" attr-version="policy:1.2569980" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2569980" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2569980', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2569980">Imagem (1.2569980)</a></div>

Grupo Bacae Dança traz espetáculo 'Pressa' a Goiânia

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Uma coreografia baseada nas diferentes etapas de uma viagem de avião, incluindo os avisos da decolagem, as paisagens, turbulências e os sonhos por entre as nuvens. A trilha sonora completa a experiência sensorial, sempre em uma jornada imersiva. É assim em Modo Avião, espetáculo criado pelos bailarinos e coreógrafos Gleysson Moreira e Isabel Mamede, que fica em cartaz entre os dias 26 e 29, às 20 horas, no Teatro do Instituto Federal de Goiás (IFG), no Centro.

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Inspirado no livro homônimo dos escritores Coutinho, Santtana e Cuenca, de 2017, a obra se dirige a uma realidade com sonhos dentro de sonhos. Trata de questões contemporâneas da inquietude humana, solidão, escolhas, relações sociais, conectividade e, é claro, ansiedade. “É um espetáculo que não apenas comunica, mas que também se conecta profundamente com o público”, destaca Gleysson.

A obra tem caráter integrativo porque envolve dança contemporânea e língua brasileira de sinais. A ideia surgiu dentro de um ônibus, quando Gleysson assistia duas pessoas conversando em libras. “Os movimentos delas pareciam estar em perfeita sincronia com o ritmo da canção Só o Som. Aquilo me tocou profundamente. Era como se o som, o silêncio e a expressão visual estivesse se alinhando”, destaca o profissional, que colabora em companhias como Ateliê do Gesto e Quasar Cia. de Dança.

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Após passar uma temporada em São Paulo, experimentando diferentes processos criativos, o artista retornou para Goiás e convidou Isabel Mamede para desenvolver o espetáculo juntos. O projeto foi contemplado pelo Programa Funarte Retomada Cultural 2023 - Dança. “Juntos, após anos de colaboração em outras ações, desenvolvemos o projeto que transcende a criação artística convencional. Ele busca ampliar as formas de expressão artística”, comenta o coreógrafo.

<h2>Aprendizado</h2>

A pesquisa conduzida por Gleysson, que é de Goiás, e Isabel, de Brasília (DF), envolveu visitas e apresentações experimentais em instituições de ensino de Libras, na Associação de Surdos de Goiânia, Associação das Mulheres Surdas de Goiás, Centro Educacional Bilíngue de Surdos de Goiânia, Núcleo de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez e diálogos com usuários da língua de sinais.

Os artistas tiveram, ainda, o acompanhamento constante da professora Sarah Melgaço, que conduziu as aulas de Libras. “Essa interação permitiu uma compreensão mais profunda das necessidades e expressões da comunidade surda, refletidas na coreografia do espetáculo”, comenta Isabel, que divide os palcos, a concepção, a coreografia e direção geral e artística com Gleysson. O profissional Daniel Calvet também assina a coreografia.

Uma das ideias do projeto é acessibilizar e incluir com totalidade e integração a dança contemporânea com a língua de sinais. Além da pesquisa de campo e diálogo com as pessoas com deficiência, Gleysson e Isabel também receberam aulas práticas e teóricas da Língua Brasileira e Universal de Sinais para que pudessem elaborar esse trabalho em parceria de Sarah e colaboração da sua empresa Melgaço Acessibilidade.

Espetáculo 'Modo Avião' leva viagem dançante ao Teatro do IFG Goiânia

Dança

O espetáculo Habitat, o novo trabalho do Grupo Bacae Dança, criado pelo diretor e coreógrafo João Paulo Amorim, será apresentado de terça (7) a sexta-feira (10), sempre às 20 horas, no Teatro IFG, no Centro. Em uma estética pop, colorida e imaginária da dramaturgia da cena, a montagem promete levar o espectador ao vislumbre do que pode ser um ambiente ideal livre de preconceitos. O trabalho é uma remontagem de um espetáculo de dança contemporânea.Habitat é o terceiro espetáculo do Grupo Bacae Dança, que já completa nove anos de estrada. Em cena estarão os bailarinos João Paulo Amorim, Danrley Rodrigues e Ingrid Costa. O trabalho apresenta, em formato de performance, com dança contemporânea e alguns elementos da cultura K-Pop, como seria a construção e o alcance de um lugar na sociedade por pessoas LGBTQIA+. A trilha sonora é composta por Duda Beat, AKMU, Jaloo, Mc Tha, XG, AVUÁ e Aespa.“O primeiro direito que é negado a pessoas gays, lésbicas, bissexuais, travestis, não-binários, Queers e transexuais é o de legitimidade. Legitimidade a ter moradia, de poder realizar escolhas e ter o conforto do lar. A exclusão familiar e a problematização sobre onde pertencer deixa todas essas pessoas vulneráveis e incapacitadas de ter seu habitat”, explica Amorim sobre o direito ao pertencimento de um espaço. O projeto foi contemplado pelo Edital de Fomento à Dança do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás 2023.ServiçoEspetáculo: HabitatData: Terça-feira (7) a Sexta-feira (10)Horário: 20 horasLocal: Teatro IFG / Rua 75, 2-186, CentroEntrada gratuita: retirar ingressos via Sympla e doar roupas masculinas Informações: Instagram: @bacae

Grupo Bacae Dança apresenta o espetáculo 'Habitat' no Teatro IFG

Magia no palco

A Giro8 Cia. de Dança apresenta Sr. Will nesta terça-feira, às 20 horas, no palco do Teatro Sesi. A montagem tem coreografia e direção assinada por Joisy Amorim, dramaturgia do espanhol Antonio Gomez Cásas e música de Cleyber Ribeiro. O espetáculo discute o surgimento das relações humanas ao longo do tempo, como elas se modificam e como se intensificam a partir da interação e de experiências vividas no cotidiano, principalmente com as novas tecnologias.O espetáculo estreou em junho do ano passado na capital e depois saiu em turnê por quatro cidades da Espanha, entre elas, Barcelona e Madri. A ponte aérea faz parte da relação da Giro8 com o teatrólogo Antonio Gomez, que ficou três meses em terras goianas para a concepção e criação da peça junto ao trabalho da coreógrafa Joisy, que já mantinha contato com o espanhol desde 2016, quando a trupe goiana se apresentou no continente europeu.Participam do espetáculo os bailarinos Jader Chaves, Isabel Mamede, Mariana Lovi, Rodrigo Rodrigues, Gleysson Moreira e Murilo Heindrich. Sr. Will é o quarto trabalho da carreira da Giro8, que foi fundada em 2011, com o objetivo de contribuir com a profissionalização da dança em Goiás e de gerar oportunidade aos jovens talentos da cidade. Na carreira, o grupo acumula passagens por Minas Gerais, Tocantins, Paraná, além de apresentações em Portugal.ServiçoEspetáculo: Sr. WillData:Terça-feira, às 20 horasLocal:Teatro Sesi (Av. João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva)Ingressos:Doação de dois quilos de alimentos ou um livro literário. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do teatroClassificação etária:12 anosInformações:3269-0800

Giro8 Cia. apresenta "Sr. Will"

O grupo Corpo Composto, formado por uma turma de 21 estudantes do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Aparecida de Goiânia, apresenta o espetáculo de dança contemporânea AdoleSendo no Teatro do Ponto de Cultura Cidade Livre, às 19h30.O projeto Corpo Composto foi criado com o intuito de oferecer espaço de protagonismo para jovens de 14 a 20 anos por meio das artes cênicas, em especial, da dança.No palco, o espetáculo dialoga com o público adolescente como uma forma de identificação, com elementos comuns do cotidiano. A peça traduz a ideia de compartilhar pesquisas de dança feitas na e sobre a escola apontando-a como um espaço de representatividade.A entrada é gratuita. A coordenação é das professoras s professoras Giovana Consorte e Rousejanny Ferreira. A apresentação conta com o apoio do curso de Licenciatura em Dança do IFG Aparecida de Goiânia e da Giro 8 Cia. De Dança. Avenida Progresso, qd. 21, lt. 4, Casa 1, Jardim Monte Cristo, Aparecida de Goiânia.