Quem olha de perto nem imagina que os grandes vasos espelhados feitos pela artesã Rosária Dias Pereira são confeccionados com papelão. Com um trabalho feito com materiais reciclados encontrados no lixo ou em descarte de fábricas, a goiana de Porangatu, a 437 km de Goiânia, cria vasos para decoração, espelhos em formatos únicos, como sereias, além de prendedores de cabelo, caixinhas de papelão e frutas de isopor para cozinha. “Já desenvolvo o trabalho com espelho há mais de cinco anos. É muito manual e precisa ser feito por etapas, sem pular nenhuma. Ao longo do tempo, fui aprimorando a forma de confecção”, revela Rosária. Com um ateliê criado na própria casa, a artesã corta os espelhos e, depois, vai colando um a um para que a peça se torne única. “Nenhum vaso ou espelho é igual ao outro porque é feito com singularidade e amor, com as minhas próprias mãos”, adianta. É também com um trabalho minucioso que a artesã Janete Maria de Melo já confecciona há 15 anos tapetes para decoração da casa. Em diferentes formatos, cores e materiais, a goiana aprendeu tudo com a irmã, após um período conturbado de depressão. “Eu sempre digo que é um trabalho extremamente goiano: desde a busca pelo tecido, nas ruas de Campinas, até a hora de costurar, com as mãos de mulheres de Goiás”, diz Janete. CenárioEm busca de oportunidade e transformação, o artesão Bruno Mendes procurou na internet modos de esculpir na madeira e passou a criar diferentes móveis e objetos especiais para decoração. Morador do Jardim Novo Mundo, o goiano desenha carrancas, caveiras, rostos de mulheres, além de móveis, como camas e cadeiras. “Vejo o artesanato como uma forma de oportunidade de sobrevivência. Já são dez anos de escultura em madeira. Aprendi tudo vendo vídeos no YouTube de gringos, principalmente, que ensinam várias técnicas. O resultado é gratificante”, destaca o artesão. -Imagem (Image_1.2422313)-Imagem (Image_1.2422315)