Muitos podem não se lembrar de toda a história, mas a cena icônica da bicicleta voadora sob o luar ainda paira na memória de muitos que assistiram a E.T. - O Extraterrestre (1982). Clássico inveterado do audiovisual e da cultura pop, o longa-metragem de Steven Spielberg comemora 40 anos de seu lançamento em 2022. Como homenagem, o filme retorna nesta quinta-feira (17) às salas de todo o País.As comemorações das quatro décadas da obra já começaram no Brasil em outubro, durante o Rio de Janeiro International Film Festival. O longa foi exibido - e aplaudido - em três sessões especiais. Por todo o mundo, homenagens ao extraterrestre têm surgido em parques de diversões, nos serviços de streaming e nas redes sociais. Em Goiânia, o filme será exibido em quatro salas de cinema espalhadas pela capital.O fato é que o blockbuster marcou época, ultrapassou gerações e paira na memória de muitos. De 1982 a 1993, por exemplo, o filme foi responsável pela maior bilheteria da história do cinema, perdendo o posto para Jurassic Park (1993), também de Spielberg. Conquistou o Oscar de melhor Trilha Sonora, Som, Efeitos Especiais e Efeitos Sonoros. O longa também saiu das salas de cinema e foi parar em capas de cadernos, brinquedos, parques de diversões, camisetas e outros artigos de entretenimento.De forma geral, E.T. – O Extraterrestre acompanha a saga de um garoto que faz amizade com um ser de outro planeta, que ficou sozinho na Terra, protegendo-o de todas as formas para evitar que ele seja capturado e transformado em cobaia. Ao longo do filme, os dois criam uma forte amizade, o que faz com que fiquem interligados por uma conexão interespacial.Leia também:- Titãs anunciam turnê com sua formação clássica, de Nando Reis a Paulo Miklos- São Paulo ganha mural em homenagem à black music para celebrar Dia da Consciência NegraAnos antes de apresentar a narrativa sobre um extraterrestre perdido na Terra, Spielberg havia apresentado ao mundo o seu Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977). Meses depois de E.T. entrar em cartaz nos cinemas mundiais, o cineasta assinaria roteiro e produção de Poltergeist - O Fenômeno (1982). Depois do clássico, o diretor ainda assinaria obras como A.I. Inteligência Artificial (2001) e Guerra dos Mundos (2005), todos ilustrados por temáticas futuristas e alienígenas.Desde que estreou, E.T. – O Extraterrestre arrecadou cerca de US$ 792 milhões no mundo inteiro. E não é a primeira vez que o filme retorna às salas de cinema: em 2002, por exemplo, ele foi exibido para o aniversário de 20 anos. Daqui a 10 anos, muito provavelmente ganhará mais uma vez os projetores de cinema para as comemorações dos seus 50 anos - prova de que um clássico nunca sai de moda.NarrativaEfeitos visuais modernos para a época, uma história sobre amizade, a cultura adolescente dos subúrbios norte-americanos, os mistérios do espaço. São muitos os motivos que fazem o longa-metragem ser comparado a outros clássicos infantojuvenis que marcaram diferentes épocas, a exemplo de O Mágico de Oz (1939), Os Goonies (1985) e a franquia Harry Potter – o primeiro, A Pedra Filosofal, foi lançado em 2001.Três imagens frescas e inesquecíveis ficam na memória de quem já assistiu a E.T - O Extraterrestre: a do dedo luminoso, a do coração do extraterrestre que brilha quando recebe um chamado e a da bicicleta sob a lua cheia. Spielberg cria um emaranhado de imagens icônicas que são fisgadas facilmente pelo público, capaz de chorar e, também, dar boas gargalhadas - como na cena em que a pequena Gertie (Drew Barrymore) fantasia o alienígena com peruca, batom e vestido.A narrativa também faz um recorte muito preciso do modo de vida americano na primeira metade dos anos 1980: o jovem Elliot, vivido pelo ator Henry Thomas, vive em um subúrbio de classe média junto com os irmãos Michael (Robert Macnaughton) e Gertie. A mãe divorciada Mary (Dee Wallace), precisa de desdobrar em várias para cuidar das crianças, dando pouca atenção ao filho. Para tanto, o protagonista cria um mundo próprio, capaz de criar aventuras mirabolantes com amigos de outras galáxias.