O ano era 2020. Mais precisamente, julho daquele ano. Jurado do MasterChef e chef de cozinha, Erick Jacquin, 56, reabria um de seus restaurantes em São Paulo, o Président, após meses com as portas fechadas. Mas, mesmo assim, dizia não esperar ter muito público no retorno.Àquela altura, a pandemia do novo coronavírus vitimava diariamente milhares de brasileiros em todo o país --"guerra mundial que não terminou ainda", diz o chef.Mas as coisas começaram a melhorar. De lá para cá, 50% da população foi vacinada com as duas doses contra a Covid, as mortes estão em queda e os estabelecimentos comerciais e gastronômicos voltaram a atender o público, com os devidos protocolos. Otimista, Jacquin diz que pretende inaugurar mais três restaurantes na capital paulista até o final de 2021."Precisamos trabalhar, ter carisma, ser presentes e ter coragem", afirma o chef ao F5. "Restaurante é como uma Ferrari, não é qualquer um que vai saber pilotar", compara.Novo empreendimento do chef localizado na região da Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, o Buteco do Jacquin já está funcionando. Em novembro, ele deve inaugurar o italiano Lvtetia (se pronuncia Lutétia), na Consolação, e até o final de dezembro vai abrir as portas de uma steakhouse que fica na avenida Rebouças.Jacquin já tem o Président, também na Consolação, o francês Ça-Va, na Bela Vista, e a marca exclusiva de delivery Jojo Gastro. "Neste momento, meus restaurantes estão lotados. O Buteco foi uma oportunidade de parceria, um convite. O italiano é perto do Président, ponto bonito. Sempre quis diversificar", revela.E se houver chance de expandir mais em 2022, o chef diz que estará pronto. Ele conta que a pandemia prejudicou os negócios, mas que agora a tendência é melhorar. "É igual Bolsa de Valores, ela desce, mas depois sobe. Vejo que a sociedade mudou com isso tudo, e nosso trabalho também. Agora não posso mais reclamar."As equipes de cada empreendimento estão sendo formadas com chefs de cozinha e gerente-geral. E a ideia do empresário e chef é crescer cada vez mais. "Meu carisma ajuda a lotar os locais, com certeza", avalia.Jacquin pode ser visto na TV como jurado do MasterChef, no ar às terças na Band. Ele também já comandou os programas Pesadelo na Cozinha e Minha Receita. Para ele, estar em canal aberto é um privilégio e o ajuda consolidação de seus projetos."A exposição é extraordinária. O MasterChef é o número 1 da culinária da TV, o que dá mais retorno e que as pessoas gostam mais. Sou um dos poucos chefs que têm três programas em canal aberto. Por isso que me ajuda muito, mudou minha vida", aponta.Até mesmo a experiência de ter tido um restaurante fechando as portas após contas no vermelho em 2013 o faz tirar novas conclusões sobre o mundo dos negócios. Ele conta que, na ocasião, tinha o La Brasserie em sociedade e relembra tudo o que aprendeu."Eu já paguei os funcionários, os bancos. Não fali, era uma sociedade. Pode ser que tenha desagradado algum tipo de pessoa, mas eu voltei e paguei tudo. Vejo isso como uma faculdade muito boa que eu aprendi. Hoje sei fazer as coisas."

Jacquin diz que planeja abrir três restaurantes até fim do ano

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No início de outubro 2022, Josy Oliveira, de 65 anos, uma chef de cozinha de Anápolis que vive na Inglaterra há mais de 18 anos, sofreu um acidente que mudou para sempre sua vida. Enquanto cozinhava em uma casa de idosos, Josy deixou cair sobre si uma panela com água fervente que queimou todo o corpo do colo para baixo. Como se não bastasse, na tentativa de se desviar da água, a chef acabou caindo quando tentou correr e quebrou todos os dentes frontais, vivenciado uma dor excruciante. A família, agora, tentar levantar os recursos suficientes para trazê-la de volta ao Brasil.

Ao POPULAR, o sobrinho de Josy, Cesar Augustus, relata que a tia sempre manteve sua independência com muito trabalho duro. A mulher trabalhava como professora da rede municipal em Anápolis quando decidiu largar tudo e se mudar para a Inglaterra, onde começou a trabalhar para uma agência como chef de cozinha.

Há sete meses, no dia 2 de outubro, Josy foi enviada pela agência para uma casa de idosos para cozinhar ao longo do dia. A mulher, que vive em Abridge, no condado inglês de Essex, tinha a missão de preparar o café da manhã, almoço e jantar para os 80 residentes. A primeira refeição foi feita sem imprevistos. Porém, a segunda terminou em desastre.

A chef relata que começou a preparar o almoço entre 10h e 11h, quando colocou uma panela de 10 litros de água para ferver com batatas. Quando as batatas já estavam fervendo, Josy conta que pôs outra panela ao lado, no fogão, para cozinhar mais vegetais. Porém, a mulher encostou o braço direito na panela quente, que estava cambaleante em cima do fogão, e com o susto, acabou derrubando o recipiente sobre si.

“Como a panela não estava bem estável no fogão, bati e água foi e voltou. Quando voltou, já voltou derramando em cima de mim, Fui tentar correr, e não consegui. Caí, quebrei meus dentes. Todos os da frente, superior e inferior”, relembra ela.

"Abria a boca e não saía voz"

Josy ainda tentou gritar por ajuda, mas sem sucesso, uma vez que, segundo ela, sua ajudante não estava na cozinha no momento e tinha problemas de audição. Momentos depois, com a água ainda caindo em cima dela, a chef diz que perdeu a voz por causa da dor e acabou desmaiando.

“A água começou a cair tudo e eu não vi mais nada. Eu abria a boca e não saía voz”, detalha. O momento de horror durou até um enfermeiro responsável pelos idosos entrar na cozinha e encontrá-la caída no chão. Nesse momento, Josy relata ter pedido para ser colocada embaixo de água fria, o que piorou seu estado.

<img attr-cid="policy:1.3024021" attr-version="policy:1.3024021:1682950207" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3024021/WhatsApp Image 2023-05-01 at 11.03.51.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Josy teve pelo menos 70% do corpo queimado (Reprodução/Arquivo da família)

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Por causa do choque térmico do contato da água fria, bolhas imediatamente se formaram e estouraram no corpo de Josy, deixando a mulher com feridas em carne viva. “Minha barriga inchou, parecia que eu estava grávida de nove meses. Fiquei transpassada de dor”.

Tratamento e pedido de ajuda

Após o acidente que deixou mais de 70% de seu corpo queimado, Josy ficou pelo menos três meses internada no hospital e passando por diversos procedimentos cirúrgicos. “Ela fez enxerto, mas [o corpo] rejeitou. Fez cirurgia, e dava complicação. Passou pro cirurgia na barriga, braços”, conta o sobrinho Cesar Augustus, acrescentando que a tia também precisou colocar uma prótese temporária devido à perda dos dentes.

Hoje, já faz sete meses que Josy está sem trabalhar por causa do acidente. Ela segue em um abrigo inglês que conta com acompanhamento de profissionais de saúde. No entanto, o sobrinho pontua que isso tem consumido seus recursos.

“Literalmente, as economias que ela juntou foram gastas de outubro pra cá [...]. Os custos de se manter permaneceram os mesmos de quando ela trabalhava”, destacou Cesar, que acrescentou que, além de tudo, a tia é diabética.

A família de Josy agora luta para arrecadar o valor necessário para trazê-la de volta ao Brasil para ficar na casa de seu filho, em Anápolis. Somente a passagem de avião – que exige uma acomodação especial, uma vez que a chef ainda não consegue viajar sentada normalmente – fica em aproximadamente R$ 10 mil, conforme consultada pela família.

Até o momento, Cesar conta que a família conseguiu levantar quase metade (aproximadamente R$ 5 mil) com uma vaquinha. Eles agora tentam conseguir o restante para trazer Josy para junto de seus familiares o quanto antes. “Nós estamos trazendo ela de volta para que meu primo e a esposa dele possam cuidar dele aqui, porque pelo menos não vai ter o custo”, ressaltou.

O PIX para contribuição é o seguinte CNPJ (que pertence a um portal de notícias do sobrinho de Josy): 43100665000180.

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Chef de cozinha luta para voltar ao Brasil após ter todo o corpo queimado em acidente com panela na Inglaterra

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A partir desta terça-feira Goiânia se transforma na capital da dança. A capital recebe a 10ª edição do Festival Internacional de Dança Goiás, reconhecido como um dos maiores e mais importantes eventos do gênero no Brasil. O encontro deve reunir cerca de dois mil bailarinos de 57 cidades, com apresentações gratuitas que vão do balé clássico ao hip hop, além de disputas por uma premiação histórica totalizando R$ 75 mil. Com entrada gratuita, evento segue até domingo (6) no Centro Cultural Oscar Niemeyer. O festival também contará com a participação de 17 dançarinos de destaque como professores e jurados, sendo oito deles internacionais vindos de locais como Bruxelas, Carolina do Norte, Washington, Nova York, Paris e Los Angeles. Realizado pelo Studio Dançarte, com o apoio do Conselho Brasileiro da Dança e do Governo do Estado de Goiás, por meio da Lei Goyazes, o evento se destaca por proporcionar um rico intercâmbio entre bailarinos e profissionais das principais escolas de dança do mundo.A Mostra Competitiva, que é um dos pontos altos do festival, oferece ao público a oportunidade de assistir, gratuitamente, coreografias de alto nível em diversas modalidades, como Clássico de Repertório, Clássico Livre, Dança Contemporânea, Jazz, Estilo Livre, Danças Urbanas, Sapateado e Danças Populares/Folclóricas. Serão 13 sessões, divididas entre os períodos da tarde e da noite. Um júri qualificado, composto por 17 profissionais renomados da dança, oito deles internacionais, será responsável por avaliar os competidores e eleger os melhores. Os três primeiros colocados de cada categoria/modalidade serão revelados na mesma noite, após as apresentações.Pelo segundo ano consecutivo, o Festival inclui a modalidade master, dedicada a conjuntos com participantes entre 30 e 50 anos em estilos como Estilo Livre, Dança Contemporânea, Jazz, Sapateado, Danças Urbanas e Danças Folclóricas. As apresentações nessa categoria serão na sexta-feira (4), na sessão das 19 horas. Uma novidade desta edição são as apresentações especiais de companhias goianas convidadas, que antecederão as sessões competitivas das 19 horas, entre 1º e 4 de julho. Na terça-feira (1º), a Cia Jovem Basileu França abre a programação com o Grand Pas de Deux: Diana e Actéon. Na quarta-feira (2), a Giro 8 Cia de Dança apresenta Oásis, um trecho do espetáculo Começaria Tudo Outra Vez. Já na quinta-feira (3), o público poderá conferir a coreografia Até o Último Suspiro, um fragmento do espetáculo Véu, da Nalini Cia. de Dança.Também integram os seis dias de programação workshops e masterclasses ministrados por profissionais do Brasil e do exterior. As formações, que ocorrerão entre 8h e 15h30, contemplam diversas modalidades, como Ballet Clássico, Jazz, Contemporâneo, Sapateado e Danças Urbanas. Há oportunidades para todos os níveis, do infanto/juvenil ao avançado. As inscrições pelo site estão encerradas, mas será possível se inscrever presencialmente no evento para turmas com vagas, com taxas a partir de R$ 80.

Com mais de 500 apresentações, Festival Internacional de Dança começa nesta terça-feira (1º)

Festa e movimento

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Adriel Batista Gomes morreu em acidente de moto (Reprodução/Instagram/Adriel Batista)

Um motociclista de 21 anos morreu após sofrer acidente em Palmas. Ele foi identificado como Adriel Batista Gomes Júnior, conforme a Secretaria da Segurança Pública.

Adriel era morador do município de Lagoa da Confusão, no sul do estado. A prefeitura publicou nota de pesar lamentando a morte precoce do jovem.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/suspeita-de-envolvimento-na-morte-de-casal-de-pastores-em-pium-e-presa-em-santa-catarina-1.3282061" target="_blank">Suspeita de envolvimento na morte de casal de pastores em Pium é presa em Santa Catarina</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/filho-encontrou-casal-de-pastores-assassinado-dentro-de-casa-e-tentou-prestar-socorro-diz-pm-1.3278430" target="_blank">Filho encontrou casal de pastores assassinado dentro de casa e tentou prestar socorro, diz PM</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/tiros-e-corpos-encontrados-pelo-filho-o-que-se-sabe-sobre-assassinato-de-casal-de-pastores-em-assentamento-1.3278887" target="_blank">Tiros e corpos encontrados pelo filho: o que se sabe sobre assassinato de casal de pastores em assentamento</a></div>

O acidente aconteceu na noite de sexta-feira (27) e será investigado pela Delegacia de Repressão a Crimes de Trânsito (DRCT - Palmas).

O corpo de Adriel foi levado pelo Instituto Médico Legal de Palmas (IML), passou por exames necroscópicos e foi liberado aos familiares.

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Prefeitura de Lagia da Confusão lamentou morte (Reprodução/Instagram/Prefeitura de Lagoa da Confusão)

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Jovem de 21 anos morre após sofrer acidente de moto em Palmas

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Acidente

Jorge Amado, em seus romances, volta e meia trazia algum personagem árabe ou descendente, sempre com bastante afeto e graça. Retratava essas pessoas de coração bom, adaptáveis e gratas ao Brasil, país que escolheram para viver. O árabe se entrosou tanto ao restante dos brasileiros que sua gastronomia, seus costumes, seus comércios são indistinguíveis dos nossos - seus filhos e filhas se casam com os brasileiros de outras origens, sua comida passa a ser parte da nossa.Os exemplos de personagens árabes nos livros de Jorge Amado são muitos, desde os mais conhecidos, como o Nacib de Gabriela Cravo e Canela, até Jamil Bichara, Raduan Murad e muitos outros, em diferentes romances de sua autoria.A presença árabe em Portugal e aqui no Brasil é tema muito vasto, e não sei quantos volumes seriam necessários para dar conta do entrelaçamento dessas duas culturas, a portuguesa e a árabe. Basta dizer que desde a dominação dos mouros na Península Ibérica até os dias de hoje, esses dois povos continuam a unir seu sangue e seu suor: as influências sociais e econômicas dos árabes em nosso país não caberiam neste espaço.Meu tio Afonso (Felix de Sousa) morou em Beirute durante três anos, como adido comercial junto à embaixada brasileira, com a missão de promover as nossas exportações. Durante o tempo em que viveu lá, não deixou de viajar pra todo lado no Oriente Médio, e de escrever poemas, cada um mais lindo do que o outro, sobre o que via e sentia. Difícil escolher apenas um ou dois para transcrever. São muitos. Há várias cartas em forma de poemas, uma em especial dedicada à minha tia Aída (Felix de Sousa) em que ele lembra seu convívio na infância com árabes: “E assim, bem vê, é como se eu estivesse em casa... A terra é boa, pois se na Bíblia é chamada de terra do leite e do mel... E peço a todos que não se preocupem com guerras e terrorismo por esses lados que aqui a paz me cerca por todos os lados. O árabe que se fala é o mesmo que jorrava das janelas de minha infância, em Catalão, em Pires do Rio...”Ao mercador de tapetes em Teerã, que “só por minha cara, concedeu-me o crédito de 875 dólares”, ele agradece com um poema, quando lhe envia o cheque da quantia que ficara faltando: “Mal entrei em casa e fui desenrolando/ o tapete na sala e foi como se a meus olhos/ se abrisse um jardim, desses de fadas...E se emaranha /um fio em outro/ e em outras cores/a cor avança/ e para e deixa/ o esboço ou o ovo/de uma figura/ que de si mesma/ nasce e enrodilha-se/ e volta em busca/do seu reflexo/ou sombra ou forma/ definitiva”...Quando visitou a cidade natal de Gibran Khalil Gibran, escreveu um lindo poema, do qual transcrevo: “Voz poderosa a tua, e ergueu-se dos silêncios de teu/ coração, e espalha-se pelos espaços da terra/ A tua voz, do coração da terra tem ela a força magnética/ e tem do céu o eco de imemorial chamado...”Chamou de Inscrições Andarilhas vários poemas curtos, de um só verso, que escrevia à medida que visitava diferentes lugares no Oriente Médio:“Na estrada de DamascoNum raio desçasE abras ao verbo dos verbosNossas cabeças.No Cume da Montanha de BaruqSobre a montanhaOnde os rebanhos conversam com o frioÀ maneira de DeusOnde o sol tem a sua fonteExistem granjas cheias de doçurasPara o homem que segue em sua paz”.Para Afonso Felix de Sousa, que seguiu em sua paz, trabalhando e escrevendo, hoje a vida de nossos irmãos árabes em guerra traria muita tristeza. Talvez então dissesse, como em Vale dos Reis:“Pisemos com cuidadoQue o chão está plantadode mortos”.Saravá.

Os árabes. Dois escritores brasileiros

Crônicas e Outras Histórias

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