A jornalista da Globo News Lilian Ribeiro, de 37 anos, que enfrenta um tratamento contra um câncer de mama, fez uma live na noite da última quarta-feira (16) com a apresentadora Ana Furtado, que também já teve a mesma doença e está curada.O objetivo da transmissão foi alertar possíveis casos de câncer de mama e apoiar mulheres que estão nesta batalha. Lilian falou sobre a queda dos cabelos, que foi um marco no tratamento, especialmente pelo fato de ela ser uma pessoa pública.“Não vou ficar aqui segurando cabelo e raspei careca. Eu trabalho com imagem, então não tinha como chegar na TV e não contar para as pessoas o que estava acontecendo. Até me preparei, quando decidi levar pra direção da Globo News a possibilidade de usar lenço, me preparei, porque eu queria continuar vivendo enquanto me tratava”, revelou.Durante o bate-papo, a jornalista explicou que se sentiu fragilizada quando recebeu o diagnóstico de câncer, tendo medo do que iria acontecer dali em diante, mas que um dos piores momentos foi o momento que perdeu o cabelo. “Na hora que você fica careca, você externa pra todo mundo. Claro que tem outras doenças que causam, mas boa parte das pessoas que te olham pensam: ‘ela está com câncer'”, explica Lilian.Ana Furtado analisou a situação e disse que quando estava com a doença se sentia impotente, pois não tinha controle do que iria acontecer. “É muito duro, uma sensação de impotência, uma sensação de que você não tem controle sobre isso. Vão te associar com falta de saúde, com fragilidade, e sempre fui forte, sempre tive que ser muito forte, fazer tudo que fiz e de repente esse sinal, a queda de cabelo, é um sinal flagrante, de fragilidade que eu não pertenço e não gostaria de pertencer”, falou. Além disso, Lilian destacou que quando revelou publicamente a doença ao vivo no “Em Pauta”, em novembro do ano passado, recebeu uma enxurrada de mensagens de apoio e fortalecimento e ainda revelou que no começo sentiu medo das pessoas acharem que ela estaria se vitimizando com a situação. “Tudo isso passou pela minha cabeça e o que veio foi uma avalanche de amor e de apoio!”, disse ela.Victoria Lacerda é estagiária de jornalismo do convênio GJC/PUC-GO.