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O Goiás se despediu da temporada com uma vitória por 1 a 0 sobre o Novorizontino, na Serrinha, pela 38ª rodada da Série B. O acesso alviverde não veio, mas o técnico Vagner Mancini, que não será o comandante esmeraldino no ano que vem, elogiou a evolução do time na reta final e analisou alguns dos erros cometidos pelo clube em 2024, como a troca de treinadores e a divisão de funções na diretoria.

Entre técnicos, o time esmeraldino começou o ano com Zé Ricardo, passou por Márcio Zanardi e terminou a temporada com Vagner Mancini, que não fica no clube em 2025 por decisão do treinador.

“A troca de treinadores arrebenta qualquer time. Estou aqui advogando em causa própria, mas quando você tem um tempo de trabalho, as coisas se tornam bem mais fáceis, você tem uma máquina rodando melhor. Para que você possa ter êxito na temporada, em primeiro lugar tem que deixar as pessoas que entendem de futebol tratarem do futebol. Quem entende de negócios, tem que cuidar de negócios. Quem entende de administração, tem que cuidar de administração”, complementou.

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A passagem de Vagner Mancini como treinador do Goiás começou no dia 6 de agosto e chegou ao fim no último domingo (24). Foram 21 jogos, entre Série B e Copa do Brasil, com aproveitamento de 61,9% de 11 vitórias, seis empates e quatro derrotas.

Sob comando do treinador, o esmeraldino teve um início irregular, mas terminou a Série B com uma sequência inédita na história do clube - sete vitórias consecutivas, sem sofrer gols em nenhuma delas.

“A gente não pode falar que foi uma reação tardia (no campeonato), porque foram apenas 90 dias de trabalho. Você chegar em um clube e em um mês já virar uma chave, sendo que nós tínhamos aqui uma metodologia diferente, até adaptar o jogador a uma nova forma de treinamento, um estilo de jogo diferente, tudo isso leva um certo tempo”, comentou Mancini.

O Goiás entrou em campo contra o Novorizontino apenas para cumprir tabela, pois chegou à última rodada sem chances de acesso. O confronto contra os paulistas foi bem aberto e contou com oportunidades claras de ambos os lados, mas apenas uma terminou em bola na rede: um gol de Paulo Baya, aos 37 minutos do 2º tempo, após cobrança de lateral de Dieguinho. O resultado fez com que o Novorizontino não subisse à Série A de 2025.

“Um jogo muito difícil, o Novorizontino tem uma bela equipe. Um jogo de muita competição, muito duelo. A gente teve até que mudar um pouco a forma de jogar dentro da partida. Os atletas entenderam a equipe e foram capazes de alterar o jogo técnico que vínhamos fazendo”, analisou Mancini.

Apesar de não ter conquistado o objetivo do acesso, Vagner Mancini valorizou o trabalho feito e comentou que o Goiás tem uma base pronta para fazer uma boa temporada em 2025, apesar do trabalho não ter encaixado logo no começo.

“Desde que eu cheguei aqui no Goiás, eu detectei aquilo que estava acontecendo, mas eu não poderia tomar atitudes injustas dentro do quadro que estava se desenhando. Tive que esperar um tempo para que as coisas ficassem claras para todo mundo para que eu pudesse fazer as intervenções”, disse o técnico.

Para o ano que vem, Vagner Mancini não será o técnico do Goiás. Ele já havia adiantado esse fato na semana passada, e sua passagem chegou ao fim com o desfecho da Série B. O profissional rechaçou que essa decisão tenha sido tomada por ele estar acertado com outro clube.

“Embora tenha muita gente da imprensa falando que eu já acertei, eu estou aqui de cara limpa para falar que não tem nada acertado não. A opção de não ficar já está explicada, já falei sobre isso. É uma opção minha, eu cuido da minha saúde mental. Acho que é importante quando você toma decisões na vida, eu sou um cara que não fujo delas, e para este momento a opção de não renovar com o Goiás é minha”.

O Goiás finaliza a Série B em 6º lugar, com 63 pontos, apenas um a menos do que o Ceará, que fechou o G4 e ficou com a última vaga para a Série A de 2025. Os demais foram Santos, Mirassol e Sport. Vagner Mancini lamentou alguns resultados, principalmente o empate em 2 a 2 com o América-MG, logo antes da sequência de sete vitórias seguidas, mas afirmou que esse tipo de frustração faz parte do esporte.

“É futebol, a gente tem que entender isso. Embora muitas vezes a gente não aceite, temos que entender. Não é sempre que se vai ganhar, mas é sempre que nós vamos lutar em busca de tentar fazer o melhor no clube onde estivermos. Agradeço a todos do Goiás que me receberam de braços abertos”, concluiu.

Vagner Mancini vê erros do Goiás com troca de técnicos e alfineta diretoria

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Pós-jogo

O Vila Nova encerrou a temporada de 2024 com discurso de melhorar para 2025 e buscar títulos na próxima temporada. Neste domingo (24), em seu último jogo no ano, o Tigre perdeu de virada para o Paysandu, por 2 a 1, no estádio Mangueirão, pela 38ª rodada da Série B - Du Fernandes fez para a equipe colorada, enquanto Eslí Garcia e Lucas Maia marcaram para o Papão.

Na temporada de 2024, além de não conquistar o acesso à Série A, o Vila Nova foi vice-campeão goiano e da Copa Verde.

“Dentro do que a gente esperava, de chegar às finais, de certa maneira conseguimos. Queríamos o título, mas pecamos na Copa Verde e Goiano. Na Série B, fomos até onde conseguimos. Oscilamos no final e isso nos tirou da disputa, mas não podemos achar que todo trabalho feito foi ruim. Espero que possamos entrar mais firmes em 2025 para conquistar títulos, algo que a torcida tanto espera”, analisou o vice-presidente do Vila Nova, Leandro Bittar.

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O jogo contra o Paysandu encerrou a Série B do Vila Nova. O time colorado concluiu a competição com 16 vitórias, sete empates e 15 derrotas, na 9ª colocação com 55 pontos.

Na opinião de Leandro Bittar, o Vila Nova perdeu força na reta final da Série B. “A gente oscilou um pouco. Sofremos com ausência e lesões, perdemos atletas importantes e isso pesou bastante. O caminho é duro, é longo e a gente tinha limitações. Fizemos tudo que poderíamos, principalmente na janela. A gente tem uma base boa (para 2025) e espero que possa nos ajudar”, completou o dirigente.

Leandro Bittar evitou comentar sobre o possível acerto com o técnico Rafael Lacerda, que estava no Amazonas. O jogo contra o Paysandu marcou a despedida de Thiago Carvalho. Ele não terá contrato renovado e deve acertar com o Figueirense para 2025.

“Sobre essa questão do planejamento, estamos trabalhando com o diretor de futebol Alarcon Pacheco. Algumas situações estão encaminhadas. No decorrer da semana vamos trazer novidades, mas pode ter certeza que o trabalho está sendo feito para fazer um 2025 mais forte para tentar cumprir as expectativas do clube e conquistar títulos. Vamos assim desde o início, queremos ser campeão goiano e buscar o acesso à Série A, que será nosso grande objetivo”, salientou o vice-presidente do Vila Nova.

O elenco do Vila Nova, que sofrerá uma reformulação para a temporada de 2025, entra de férias na próxima semana. O time colorado voltará a jogar em janeiro do ano que vem para a disputa do Campeonato Goiano. O Estadual terá início a partir do dia 15, mas a tabela ainda será divulgada pela Federação Goiana de Futebol.

Vila Nova planeja próxima temporada "com títulos" após decepções em 2024

Fim de Série B

Rebaixado à Série B, o Atlético-GO tem mais três compromissos pela Série A até o final da temporada. Além de definir quais atletas serão aproveitados no ano que vem, o Dragão tenta superar a pior campanha da história do clube no Brasileirão, marca registrada em 2012.

Após a derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, no Antônio Accioly, no último sábado (23), o Atlético-GO teve a sua queda confirmada no Brasileirão. Internamente, o clube já trabalhava há várias rodadas com a certeza de que não conseguiria permanecer na elite, mas agora o descenso está decretado.

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Faltam três jogos para o desfecho da Série A. O Atlético-GO vai visitar o Vasco no próximo sábado (20), às 21h30, em São Januário. Em seguida, receberá o Fortaleza e terminará a sua campanha no Brasileirão em um duelo contra o Bahia, fora de casa.

Conforme o próprio treinador Anderson Gomes adiantou na entrevista coletiva do último final de semana, a missão do Atlético-GO é somar pontos nas três rodadas derradeiras. O objetivo é superar a campanha do time em 2012, que até hoje é a pior de uma equipe goiana na era dos pontos corridos da Série A.

Naquela edição, o Atlético-GO foi rebaixado em 19º lugar, com 30 pontos. Na Série A de 2024, o Dragão está em 20º lugar, com 26 pontos conquistados até o momento. Para terminar com uma campanha melhor do que a de 2012, o rubro-negro terá de somar pelo menos mais cinco pontos.

Para alcançar essa marca, o Atlético-GO terá de vencer um dos três últimos adversários. Se vencer pelo menos dois deles, superará a marca de 2012. Se ganhar uma partida e empatar as outras duas, também cumprirá o objetivo.

Caso some apenas quatro pontos nas rodadas finais - ou seja, uma vitória, um empate e uma derrota -, o Dragão ficará com os mesmos 30 pontos, 7 vitórias, 9 empates e 22 derrotas de 2012.

Nesse cenário, o time teria de superar aquela campanha no critério de saldo de gols e, em caso de nova igualdade, na quantidade de gols marcados. Atualmente, o Atlético-GO tem 29 gols negativos (24 gols marcados e 53 sofridos). Em 2012, o clube terminou com 30 gols negativos (37 gols marcados e 67 sofridos).

Rebaixado, Atlético-GO tem três jogos para superar pior campanha do clube

Série A

Após a morte de três pessoas que estavam na fila de espera por leito de unidade de terapia intensiva (UTI) em Goiânia, o prefeito eleito Sandro Mabel (UB) se reuniu com o secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis Santos, em busca de uma solução para a ampliação da rede de atendimento na capital em 20 leitos. Uma nova reunião ocorrerá nesta segunda-feira (25), na Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), para fechar o acordo entre as partes, que envolve a rede particular de saúde. A ideia é verificar quais hospitais contratados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) podem fornecer mais leitos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e dar a eles a garantia de que essas faturas, que vencem já em 2025, serão pagas pela nova gestão.

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Na parte do Estado, diz Rasível, o governo entra com a garantia de que haverá os repasses constitucionais para a gestão municipal, o que afirma já acontecer atualmente, mas agora com o compromisso de Mabel de promover os repasses aos fornecedores. A estimativa é que a contratação de mais 20 lugares intensivos é o suficiente para o atendimento na capital até o final deste ano, mas não está descartado um maior número de leitos de UTI, para que haja uma reserva. Hospitais particulares, como o Ruy Azeredo, e a Santa Casa da Misericórdia foram contatados e a resposta, segundo Mabel e Rasível, é de que há a possibilidade de ampliação.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-convoca-reuni-o-de-emergencia-sobre-falta-de-utis-em-goiania-n-o-podemos-deixar-gente-morrer-assim-1.3202862" target="_blank">Mabel convoca reunião de emergência sobre falta de UTIs em Goiânia: 'Não podemos deixar gente morrer assim'</a> 
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Não haverá, no momento, uma negociação sobre o passivo da SMS com os hospitais, ou seja, sobre as faturas anteriores. O que Mabel quer garantir é que os leitos novos sejam contratados desde já, visto que, a partir deste final de novembro e dezembro, as faturas já venceriam em 2025 e, logo, estão sob responsabilidade da nova gestão. A dívida anterior deverá ser negociada só a partir de janeiro. Na reunião desta segunda (25), haverá a presença do secretário da SMS, Wilson Pollara. O pedido é que ele leve informações sobre os contratos com os hospitais, como a quantidade de leitos contratados e o tempo do acordo. Com base nisso, haverá a avaliação de como é possível chegar aos 20 lugares intensivos.

24 horas

Nesta primeira etapa, não há discussão sobre a contratação de leitos de outros hospitais, que não possuem acordo com a SMS atualmente, mas não é uma opção descartada, caso não seja possível ampliar a rede no índice desejado. Outra medida, a pedido da SES-GO, será a formação de uma junta médica para a análise dos casos que estão na fila de espera por leito de UTI em Goiânia. A ideia é fazer com que os pacientes tenham o melhor atendimento, para não aumentar a gravidade a ponto de necessitar de um tempo ainda maior no tratamento intensivo. Além disso, há a intenção de que nenhum paciente fique mais de 24 horas esperando por um leito na capital – uma junta médica faria essa avaliação caso a caso.

Segundo o secretário da SES-GO, o pedido é que essa junta seja formada pelos diretores das unidades municipais (Cais e UPAs) e os médicos da central de regulação estadual. “A gente não quer que ninguém fique mais tempo que o necessário na UTI, nem menos. Pela minha experiência de coordenação de rede intensiva, uma boa gestão dos leitos aumenta a produtividade em até 30%”, alerta Rasível. O secretário afirma ainda que há uma preocupação extra para o final deste ano em relação à dengue, já que é estação de período chuvoso e a população e a Prefeitura devem agir para manter a cidade e as residências limpas para não proliferar a doença.

Além disso, há um baixo índice de imunização de influenza na capital, de 45%, sendo que a meta é de 90% da população alvo. Isso pode gerar um maior número de pacientes internados com risco de evolução para tratamento intensivo. Nesse caso, o secretário da SES-GO reforça que é preciso que a Prefeitura faça seu trabalho na retomada de atendimento integral nas salas de imunização – cerca de 20 delas estão fechadas. No final do ano, há também um aumento de pacientes traumatizados, em razão das viagens em dezembro, o que gera como consequência uma maior ocupação de leitos e, por isso, haverá a tentativa de contratação de lugares acima das 20 UTIs desejadas no momento.

Reunião

Rasível conta que a reunião ocorreu após um pedido do governador Ronaldo Caiado (UB) na noite de sábado (23). “O governador, até por ser médico, é muito sensível a essa questão da saúde e ficou muito preocupado com a situação. Não pode gente morrer por falta de leito de UTI. Ele me pediu que buscasse uma solução para o assunto”, diz. O prefeito eleito, Sandro Mabel, foi contatado e decidiu se reunir no domingo (24), às 9 horas. Além de Mabel e Rasível, participaram os médicos Luiz Gaspar Pellizzer e Alessandro Magalhães, o economista Valdivino de Oliveira, já anunciado como secretário de Finanças da capital, além do advogado Wandir Allan, todos membros da comissão de transição.

O presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD) e os vereadores Ronilson Reis e Léo José, ambos do Solidariedade (SD), também estiveram na reunião. O secretário da SMS foi contatado durante o encontro sobre a possibilidade de um acerto para a situação e, por isso, foi combinada nova reunião nesta segunda-feira (25). “Saúde é prioridade. Vamos conversar com os prestadores para que os atendimentos sejam retomados. Meu compromisso desde a campanha foi cuidar da saúde e vou cumprir”, afirmou Mabel. A expectativa é de que as primeiras ações para a ampliação da rede intensiva sejam anunciadas após esse novo encontro, mas a contratação efetiva e a disponibilidade dos leitos para o SUS em Goiânia ainda devem demorar alguns dias.

Em outubro, às vésperas do segundo turno das eleições municipais, Caiado chegou a anunciar que a SES-GO estava analisando a realização de um plano emergencial para socorrer a rede municipal de Goiânia. Na época, ele não descartou uma intervenção estadual na área, com acompanhamento do Poder Judiciário, no caso de ocorrer mortes por falta de leitos, equipamentos ou medicamentos. Ele citou que a rede privada estava deixando de atender a rede municipal por falta de pagamento da Prefeitura, ao se referir à suspensão relacionada a 30 leitos do Hospital Jacob Facuri. Naquele mesmo dia, no entanto, o Paço anunciou um acordo com a unidade para continuar o serviço. A SMS também negou, então, viver uma crise.

Mortes

Na edição de sábado (23), O POPULAR publicou que, em três dias, duas mulheres haviam morrido em Goiânia sem ter tido o atendimento necessário em leito intensivo. Na quinta-feira (21), Katiane de Araújo Silva, de 36 anos, perdeu a vida no Cais Cândida de Moraes, após um drama iniciado no dia 15 deste mês, ao tentar atendimento no Cais Campinas com dores no corpo e cefaleia. Lá, havia sido medicada e liberada. Na terça-feira (19), chegou à unidade do Setor Cândida de Moraes ainda passando mal, ficou internada e, no dia seguinte, não conseguia andar, tamanha era a dor. A equipe médica da unidade solicitou a UTI, mas ela não resistiu até que a vaga saísse.

Antes disso, na terça-feira (19), Janaina de Jesus, de 29 anos, faleceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, onde chegou para buscar atendimento no domingo (17) para tratar de falta de ar, vômitos, dor no peito e cefaleia. Era necessária uma UTI, mas a vaga não apareceu a tempo. Já no sábado (23), Severino Ramos Vasconcelos Santos, de 63 anos, faleceu esperando pela vaga de tratamento intensivo também na UPA Itaipu, onde ficou desde o dia 18, após uma queda em casa com trauma no fêmur. A Justiça chegou a exigir uma vaga ao paciente na sexta-feira, mas isso não foi suficiente.