Nascido em Manaus, Claudio Franco de Sá Santoro, ou simplesmente Claudio Santoro, foi compositor, regente, violinista e professor. Sua trajetória começou ainda pequeno, aos 11 anos, quando passou a se dedicar ao violino. Em 1933, com uma bolsa de estudos do governo amazonense, o jovem ingressou no Conservatório de Música do Distrito Federal, ainda no Rio de Janeiro, capital federal. O talento chamou a atenção rapidamente e ele logo entrou para a fundação da Orquestra Sinfônica Brasileira como primeiro violista. Em 1946, recebeu uma bolsa de estudos da Fundação Guggenheim de Nova York. Contudo, por ser filiado ao PCB, teve seu visto negado e não pôde estudar fora.Em 1947, uma nova oportunidade apareceu para o músico por meio de uma bolsa do governo francês. Foram dois anos no Conservatório de Paris. Santoro retornou ao Brasil dois anos depois e passou a compor também para o rádio e o cinema. Em 1962, Cláudio tornou-se coordenador do Departamento de Música da Universidade de Brasília. Ali ficou por três anos, demitindo-se em oposição à decisão dos militares de mandar embora diversos professores da instituição que não concordavam com o regime. Exilou-se na Alemanha, entre 1970 e 1978, onde obteve renome internacional. De volta ao País, ele retornou à Universidade de Brasília como coordenador do Departamento de Artes. Dois anos depois, fundou a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. Ele morreu de um enfarte fulminante no palco durante um ensaio em 1989.