Próximo ao Coreto e à Torre do Relógio, o monumento A Todos Nós, de Siron Franco, localizado na Praça Cívica, também é alvo frequente de pichações. Em protesto, o próprio artista cobriu a obra com lona preta na última semana. A Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia) recuperou a obra na tarde de ontem (27), com uma limpeza profunda em toda a obra e seu entorno.“Nós conseguimos fazer a manutenção do monumento, como a limpeza das pichações. Mais do que isso, também vamos nos reunir com o Siron para realizarmos um restauro de algumas ações relativas ao tempo, como os amassados”, explica o secretário municipal de Cultura, Zander Fábio. A obra, que foi instalada em 2015 durante a recuperação e revitalização da Praça Cívica, custou R$ 500 mil e possui 15 metros de comprimento e 3 metros de altura.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/magazine/monumento-%C3%A0-paz-mundial-de-siron-franco-%C3%A9-alvo-de-vandalismo-1.2530766" target="_blank">-&nbsp;Monumento à Paz Mundial de Siron Franco é alvo de vandalismo</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/obra-do-artista-siron-franco-%C3%A9-vandalizada-em-goi%C3%A2nia-1.2544205" target="_blank">-&nbsp;Obra do artista Siron Franco é vandalizada em Goiânia</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/magazine/monumentos-reformados-j%C3%A1-est%C3%A3o-danificados-no-centro-de-goi%C3%A2nia-1.2549335" target="_blank">-&nbsp;Monumentos reformados já estão danificados no Centro de Goiânia</a>A limpeza também foi feita em outra obra de Siron, no Bosque dos Buritis. O Monumento da União dos Povos é alvo constante de vandalismos. Além das manutenções do bens públicos, Zander Fábio explica que já entrou em contato com a Guarda Municipal e a Polícia Militar de Goiás para reforçar a segurança nos locais. “Fizemos a solicitação. Além de fazer de forma legal em ofício, eu falei diretamente com os responsáveis da guarda e da PM. Tivemos uma intermediação muito positiva, como rondas periódicas nas intermediações. Trata-se também de uma questão de reeducação com a cidade”, diz.<div attr-cid="policy:Image_1.2549355" attr-version="policy:Image_1.2549355" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2549355" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2549355', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2549355">Imagem (Image_1.2549355)</a></div>

Obras vandalizadas de Siron Franco são restauradas em Goiânia

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Disposto a deixar um "legado artístico" sobre a cidade de Goiás em sua gestão, o governador Ronaldo Caiado (UB) contratou, por meio da Secretaria Estadual de Administração (Sead), o artista goiano Siron Franco para produzir uma obra de celebração de 300 anos da antiga capital, a serem completados em 2027.

A intenção é utilizar mais de 16,3 mil pedras preciosas do patrimônio da extinta estatal Metago (Metais de Goiás) para a produção da peça, com previsão de conclusão em dezembro deste ano. O artista começou a trabalhar na obra na semana passada, quando foi assinado o contrato, no valor de R$ 750 mil.

Nas duas últimas solenidades da transferência da capital para a cidade de Goiás, que ocorrem anualmente no mês de julho, Caiado lamentou em discursos que não será governador na celebração dos três séculos. "Podiam ter me dado a chance de governar Goiás quando a cidade completasse 300 anos. Mas se Deus quiser, quando chegar essa data, Goiás estará sendo governada por Daniel Vilela", afirmou na edição deste ano.

A obra ficará no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador, e, segundo Siron, deve haver uma exposição no fim do ano. O painel será uma espécie de mosaico, horizontal, de 1,6 metro por 2,2 metros, em base feita também pelo artista, "em compensado naval e com moldura folheada a ouro", segundo o contrato. "As gemas (pedras) serão dispostas sobre tecido, linho tensionado, e coberto com mistura de areia branca da cidade de Goiás e pó de mármore", completa o documento.

A referência conceitual é um mapa - o plano de ordenação territorial desenvolvido em 1782, a mando do então governador da província Luís da Cunha Menezes (foto).&nbsp;

"Ao elaborar seu trabalho partindo de uma referência histórica, o artista pretende resgatar a memória material da antiga capital e sua importância para a história brasileira, influenciando a cultura urbana, arquitetônica, artística e política. Além disso, ao criar a obra usando as gemas cedidas pelo Estado, o artista faz referência ao potencial mineral da região, motivo que conduz as entradas bandeirantistas ao território no início do século XVIII e a posterior instalação da cidade de Goiás, bem como a riqueza produzida pela mineração no Estado de Goiás", diz a proposta da obra de arte.

A Sead informou que as pedras da extinta Metago eram utilizadas em escola de lapidação e tiveram uma parte vendida em leilões, em 60 lotes, mas restaram 43. No acervo, há esmeraldas, ametistas e turmalinas, avaliadas ao todo em 153 mil dólares (cerca de R$ 840 mil).&nbsp;

No processo de contratação, a Sead alega que "a utilização de pedras preciosas em obra de arte, em vez de aliená-las, pode ser justificada por diversos motivos que ressaltam tanto o valor estético quanto o significado cultural e econômico dessas pedras dentro do contexto artístico".

Siron, que nasceu na cidade de Goiás, disse ao blog que recebeu ligação de Caiado ainda no ano passado, contando que estava "encantado" com as pedras que encontrou no acervo da antiga Metago e que queria utilizá-las em uma obra em homenagem à cidade.&nbsp;

"Um tempo depois, nos encontramos, fui ver (o acervo) e também fiquei encantando com as pedras. Por coincidência, há uns 15 anos, eu havia comprado uma réplica deste mapa feito em 1782. O original está em Paris. Quando vi as pedras, tive o insight de fazer a planta baixa da cidade de Goiás. Na época só havia 55 casas, se não me engano", contou o artista, que antecipa ainda que cogita usar o título de "O Solo Goiano" na obra. 
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Caiado antecipa celebração de 300 anos da cidade de Goiás com obra de Siron com pedras preciosas

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Legislação ambiental, mudanças climáticas, resíduos sólidos, áreas de preservação permanente (APP) e nascentes. Assuntos aparentemente complexos, mas de grande importância para o nosso dia a dia, apresentados de uma forma crítica e didática, para que todas as pessoas possam ler, compreender e agir. É com essa meta que Emiliano Lobo de Godoi, professor da Universidade Federal de Goiás, lança nesta quarta-feira (4/6), o livro Eu No Meio do Ambiente. O lançamento será aberto ao público, às 9 horas, no Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Goiás (IHGG).

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O livro, publicado pelo Centro Editorial e Gráfico (Cegraf) da UFG. traz uma coletânea de artigos publicados nos últimos três anos em diversos jornais do País, entre eles o POPULAR. São análises que abordam a temática ambiental para difundir o debate. “A sociedade precisa se apoderar desse tema, cobrar e fazer cada um a sua parte, individualmente. Ser responsável, e não apenas esperar dos governantes”, diz o autor.

Apesar da questão ambiental ter ficado enfraquecida nos últimos anos no Brasil, o livro chega em um contexto importante, onde o País vive uma sequência de eventos climáticos extremos como a seca histórica na Amazônia e as enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul. “A natureza está dando recados intensos para que a sociedade entenda que o modelo de desenvolvimento que estamos adotando não é o mais adequado, a gente tem de rever a relação entre ser humano e meio ambiente”, explica.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/jesuita-barbosa-vive-um-ney-matogrosso-libertario-no-filme-homem-com-h-1.3141935">Jesuíta Barbosa vive um Ney Matogrosso libertário no filme 'Homem com H'</a> 
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Para sensibilizar o público, Godoi busca apoio nas manifestações artísticas. O evento no IHGG contará com apresentações de música e poesia. “Só se muda a pessoa se tocar o coração”, diz, parafraseando a poetisa Cora Coralina. E completa: “A arte abre o coração para novos olhares e para a sensibilização que a questão tanto precisa.”

Nesse sentido, o livro conta com uma parceria de peso. A imagem que ilustra a capa da obra foi elaborada pelo artista plástico Siron Franco. “O Siron sempre trouxe na arte dele a questão ambiental, ele traduz essa preocupação no seu trabalho. É uma voz goiana com repercussão internacional e, para mim, a colaboração dele foi um presente maravilhoso.”

O artista utilizou madeira velha para formar a palavra EU, um chamada para a responsabilidade de cada um. “O título do livro, Eu No Meio Ambiente, é que me levou a fazer essa simulação”, explica Siron.

No livro, a apresentação de Godoi é feita pelo pesquisador e escritor, Altair Sales Barbosa, uma das maiores autoridades científicas quando o assunto é Cerrado. Doutor em Arqueologia Pré-Histórica e fundador de diversos institutos goianos, Sales compara o trabalho trilhado há décadas pelo autor, na condição de professor universitário, à busca do Arapari, figura mitológica dos índios do Alto Solimões que significa Cruzeiro do Sul, “aquele que aponto o caminho”. “Sempre procurou compartilhar parte de seu conhecimento em diversos veículos de comunicação. E, agora, nos presenteia com este livro notável, recheado de experiências e conhecimento adquiridos na teoria e na prática do dia a dia”, diz Altair Sales.

O prefácio é assinado pelo jornalista e ambientalista Fernando Gabeira, que, além de fazer uma contextualização histórica do tema, destaca a atuação do professor: “Seus textos não se destinam a doutrinar convertidos, mas visam o homem comum que, por meio do conhecimento, pode alterar sua própria relação com o meio ambiente, contribuindo de forma quase molecular com a gigantesca tarefa de mudanças”.

Emiliano Lobo de Godoi lança coletânea de artigos sobre meio ambiente

Acontece

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Siron Franco (1947) - A arte de Siron Franco é múltipla, seja em estilos, seja em suportes. Considerado um dos principais artistas plásticos brasileiros da atualidade, ele gosta de ousar, às vezes pintando telas de grandes proporções, às vezes buscando expressar-se por meio de monumentos públicos. Ganhador do Prêmio da Bienal de Arte de São Paulo de 1975, Siron, nas últimas décadas, se esmerou em unir seu criativo sentido estético com outras preocupações, como as questões indígenas, a violência, o meio ambiente e os problemas sociais. Ele também lança um olhar muito singular sobre as pessoas e seus sentimentos, fazendo-as pulsar em telas coloridas ou escuras ou convidando o público a participar de suas instalações. (Divulgação)

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Antônio Poteiro (1925-2010) - Português de nascimento e artista por vocação e até instinto, já que foi um autodidata que começou a fazer seus trabalhos como artesão, Antônio Poteiro, com simplicidade e beleza em suas obras, marcou seu nome como o maior expoente do que se denomina de arte naïf (ou inocente). Seus quadros são coloridos e festivos, registrando festas populares, ritos religiosos, a cultura do interior, fazendo isso com algumas marcas, como as bandeirolas, as pombas e as pessoas desenhadas sem a preocupação do rigor figurativo. Seu talento foi descoberto quando expunha os potes que fabricava na antiga Feira Hippie, nos anos 1970 e 1980. Passou a pintar essas peças e isso revelou o artista fantástico que era. (Acervo do MAC)

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Ana Maria Pacheco (1943) - O talento de Ana Maria Pacheco ganhou o mundo em 1973, quando conquistou uma bolsa do British Council, na Inglaterra. Começava uma carreira internacional robusta, a partir de uma formação sólida na área aqui em Goiás, como aluna da Escola Goiana de Belas Artes e depois professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica. Com dezenas de exposições em vários países, Ana Maria imprime em suas peças – sobretudo esculturas – uma humanidade impressionante, até mesmo perturbadora. Ela também é pintora, gravadora e desenhista e integra o acervo de instituições e espaços nobres, como a Tate Gallery e o Victoria and Albert Museum, ambos de Londres.&nbsp;

 
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Bicicleta Sem Freio / Douglas de Castro e Renato Pereira (1984) - O duo Bicicleta sem Freio, formado pelos artistas plásticos goianos Douglas de Castro e Renato Pereira, foi fundado em 2005, fazendo arte urbana e se inspirando nos desenhos do universo do rock. Seus murais são coloridos, cheios de personalidade, usando figuras humanas e de animais, trazendo para o público uma leitura peculiar e vibrante sobre música, cultura e cenas do cotidiano. Seus trabalhos estão espalhados pelo mundo. Eles podem ser vistos, sempre em dimensões generosas, nas paisagens urbanas de Las Vegas, de Jerusalém, em Portugal e já estiveram em espaços como o Centro Cultural Oscar Niemeyer. Seus traços também figuram na publicidade e no mundo da moda. (Mantovani Fernandes)

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86 anos do POPULAR: Confira artistas de Goiás com repercussão internacional

A arte é POP

<h2>Praça Cívica</h2>

Li com estranheza nas páginas de O Popular que a secretária estadual de Cultura, Yara Nunes, <a href="https://opopular.com.br/magazine/carnaval-na-praca-civica-esta-mantido-apesar-de-imbroglio-entre-estado-e-prefeitura-1.3107941" target="_blank">criticou a realização do evento “Goiânia Tem Carnaval”</a> na Praça Cívica. O argumento de preocupação com o patrimônio histórico tombado não se sustenta na teoria e muito menos na prática.

Primeiro porque foi apresentada toda documentação necessária ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), bem como aos órgãos de segurança responsáveis.

A alegação também entra em choque com os próprios atos do Governo Estadual, uma vez que no dia 27 de outubro de 2023, apenas três meses após o início das obras de reforma das fachadas dos prédios históricos da Praça Cívica, foi realizado um grande show da cantora Simone Mendes em comemoração ao Dia do Servidor Público.

Por que a secretária não utilizou os jornais para questionar a realização do evento em meio às obras de restauração do patrimônio histórico?

No mais, é consenso da sociedade que a região Central só será recuperada por meio da ocupação do espaço pela população, seja através de incentivos econômicos ou de ações culturais. Parabéns à Secult Goiânia por proporcionar evento gratuito aos goianos que querem pular carnaval.

Laécio Henrique Cavalcante Tupinambá |&nbsp;Vila Mauá - Goiânia

<h2>Gestão pública</h2>

Vai passar... essa batalha em que as adversidades dividem expectativas e multiplicam as pedras de tropeço que são muitas mas, não nos impede de juntos, podermos ser um só, para ouvir na “avenida um samba popular”. Vai passar...colorindo nosso desapontamento e mascarando a inoperância constante da gestão pública. Vai passar... pois “um dia a cidade afinal tinha o direto a alegria fugaz, uma ofegante epidemia que se chamava Carnaval”. E hoje, o refrão... ‘’ ai que vida boa olerê...ai que vida boa olará, o estandarte do sanatório geral vai passar”, parece combinar com a cidade de hoje. Vai passar...o dia em que o convite para festa não venha acompanhado de alerta no transito, sem filas nos centros de saúde, sem listas de espera para vagas nas escolas e que o alerta vermelho para meteorologia, segure a população em casa espreitando os surtos de dengue, gripe e ainda o apavorante Covid. Vai passar... já que as máscaras e o álcool gel poderão ser lembrados como adereços obrigatórios para a fantasia dos foliões nesse Carnaval. “Ai meu Deus vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar a evolução da liberdade, até o dia clarear.” Vai passar... creio que seja o desejo de todos.

*Citações são trechos da musica Vai Passar de Chico Buarque

Marta Horta Carvalho |&nbsp;Jardim América - Goiânia