Atualmente – e na maioria dos casos –, a cirurgia para retirar as amídalas é feita pela “técnica de dissecção”, com o paciente internado, sob o efeito de anestesia geral. “Podem ser usados aparatos ou instrumentos modernos, como o laser ou a radiofrequência. Mas, independente da técnica cirúrgica, existem cuidados pré-operatórios que são importantes para a segurança do paciente”, ressalta a otorrinolaringologista Juliane Tuma Brandão. Exames laboratoriais e avaliação cardiológica são alguns deles.Foi cumprindo à risca as orientações médicas que o enfermeiro Hélio Galdino Júnior, 39 anos, se submeteu ao procedimento em 2013. “A cirurgia foi tranquila, mas o pós-operatório é bem dolorido. Nos primeiros dias, só pode comer alimentos frios e pastosos”, conta. Ele decidiu pela operação para reduzir o número de crises de amidalite. Ele chegou a ter seis por ano. Apesar de caprichar na hidratação e no uso de alimentos como gengibre, Hélio ainda sofre com crises, agora de faringite.“A recuperação depende de cada caso, ou seja, quanto mais difícil a remoção, mais trauma na cavidade das amígdalas com recuperação mais difícil. Nas crianças tende a boa recuperação entre sete e dez dias. Nos adultos, por terem mais fibroses e ser uma cirurgia mais traumática, pode demorar um pouco mais”, explica a otorrinolaringologista Heiko Coutinho Yokoy. Como as amídalas fazem parte da primeira linha de defesa do organismo, mesmo após a cirurgia de retirada, a especialista explica que poderão ocorrer infecções com comprometimento das vias aéreas inferiores.