Mexerica, fuxiqueira, laranja-cravo, bergamota, tangerina ou apenas tanja. Os nomes são diversos, e mudam de acordo com características como casca, cor e sabor – além, é claro, das regiões onde é cultivada. Mas, apesar das diferenças, todas têm os mesmos benefícios. Entre outras coisas, auxilia no processo de emagrecimento, previne o envelhecimento precoce, melhora a imunidade, protege o organismo contra a diabetes e reduz o colesterol. Por aqui, a fruta colore feiras e supermercados durante o ano todo; contudo, entre julho e setembro, quando é, de fato, época de mexerica, ela ocupa também as ruas, em carrinhos estacionados nas calçadas e nas mãos dos vendedores ambulantes.“A mexerica é rica em sais minerais como cálcio, potássio, fósforo, ferro e magnésio. É também uma ótima fonte de vitamina C, o que fortalece as defesas do organismo e previne o envelhecimento precoce das células. Sem contar que a ingestão regular da fruta melhora o funcionamento intestinal”, explica a nutricionista Lais Ferreira. Os benefícios não param por aí: os gominhos contêm fibras, que por demorarem mais a ser digeridas, promovem saciedade por mais tempo, diminuindo a fome e potencializando a perda de peso. Além disso, por conta da película que protege a polpa, ao comer a tangerina, mastiga-se por mais tempo, o que aumenta a salivação e diminui a vontade de comer.Na prática, a inserção da mexerica na dieta, visto que a fruta é rica em vitamina A e complexo B, aumenta a produção de colágeno, auxiliando na cicatrização de feridas, no tratamento de acne e na prevenção do aparecimento de estrias, e ajuda a manter o cabelo mais saudável e bonito, evitando a queda, o branqueamento precoce e o acúmulo de sebo no couro cabeludo. Porém, mesmo diante de tantos benefícios, Lais destaca que a regra é não exagerar. “A tangerina deve ser apenas uma das três frutas consumidas diariamente. Assim, se a pessoa já comeu uma mexerica, o ideal é comer outras duas porções de frutas variadas”, orienta, ao lembrar que julho também é o mês de carambola, kiwi e laranja-lima.Na malhaçãoA médica, especialista em nutrição esportiva, lembra que a mexerica contém alto teor de água e pode ser consumida antes do treino, auxiliando na hidratação e fornecendo energia. “Durante a prática de exercício físico, acontece a perda de água e eletrólitos pelo suor; então, comer a fruta também após o exercício ajuda na reposição desses nutrientes”, ensina. No quesito disposição, vale lembrar que ela contribui com a saúde cardíaca, controla os níveis de açúcar no sangue e ainda diminui a produção de cortisol, o hormônio do estresse, capaz de estimular o armazenamento de gorduras no corpo. Como se não bastasse, trata-se de uma fruta pouco calórica: uma unidade possui cerca de 38 kcal.O número torna a mexerica uma ótima sobremesa – o que é reforçado pelo fato de a fruta melhorar a digestão. O ideal é que o consumo seja feito in natura, sem adição de açúcar ou adoçantes. Vale lembrar ainda que a vitamina C é bastante sensível, degradando-se facilmente durante o manuseio, o que torna o suco uma opção menos valiosa. “A forma mais saudável e equilibrada é comer a fruta inteira, o que inclui o bagaço e as partes brancas que são ricas em fibras e ajudam a reduzir a absorção do açúcar pelo organismo”, comenta Lais. Para quem não abre mão de se refrescar com o suco, a dica é consumir a bebida até 15 minutos depois de prepará-la. A nutricionista lembra que não é só a fruta que pode ser consumida. A casca também é rica em vitaminas A, B1, B2, C, cálcio e fósforo, e pode ser utilizada para fazer doces e geleias, além de chá – cujo principal benefícios é auxiliar a baixar os níveis de colesterol. Além disso, a casca também contém um elevado teor de antioxidantes, que ajudam o organismo a combater doenças. Falando de alternativas, Lais chama atenção para o consumo da mexerica desidratada. “Algumas dessas porções levam açúcar em sua composição com o objetivo de aumentar o tempo de conservação. Sendo assim, quem deseja emagrecer, deve optar pela versão in natura”, orienta.