Como parte da programação do 11º Festival Urbandance – Encontro de Dança em Espaços Urbanos, que está sendo realizado em Goiânia, Itumiara e Santa Cruz de Goiás. Nesta terça-feira (9), na capital, serão apresentados dois espetáculos: às 16 horas, na Avenida Goiás, Mono-Blocos, com Vanilton Lakka (MG), e às 17 horas, na Rua do Lazer, o Grupo Três em Cena (GO), leva O Mundo Virou de Cabeça para Baixo (foto).Mono-Blocos é uma criação de dança contemporânea com um caráter de intervenção urbana que acontece em espaços públicos com praças, ruas, feiras e outros onde há fluxo de pessoas. O trabalho se organiza a partir da lógica de jogos, que objetiva provocar uma relação de instabilidade na cena construída. A técnica, a cidade e a biografia são ambientes que interagem entre si. Além do público transeunte, há um público convidado que tem acesso a diferentes códigos, e por isso estabelece percepções distintas do trabalho.Já O Mundo Virou de Cabeça para Baixo trata da sensação compartilhada pela sociedade brasileira desde as eleições presidenciais de 2018, a de que: o mundo virou de cabeça para baixo. Essa sensação coletiva foi fabricada pela insurgência declarada de um conservadorismo cultural que bifurcou não apenas opiniões políticas, mas principalmente os modos específicos de compreender e respeitar a cultura, religião, os gostos, as identidades dos gêneros... Dispondo de um repertório de movimento advindo da dança breaking, o trabalho busca tratar cenicamente essa sensação coletiva na contemporaneidade brasileira, a de que o mundo está de cabeça para baixo.O Urbandance surgiu como um curso de férias realizado pela Cia. Dancurbana. A ideia era reunir jovens, estudantes, artistas experientes num espaço de partilha e troca de experiências, passando pelas técnicas das danças periféricas, até rodas de conversa sobre mercado de trabalho, gestão e produção cultural. Nas últimas edições, o encontro mobilizou mais de 2 mil pessoas entre apresentações, cursos, oficinas e feiras. Esta edição é especial, pois traz para a cena diferentes artistas, grupos e companhias do Brasil que trabalham com modos de se apropriar das danças periféricas para realização de intervenções urbanas, ampliando as possibilidades e propondo outros modos de criação para a ocupação dos espaços públicos da cidade. Mais informações nonstagram @festival.urbandance.