Nascido em Primavera do Leste (MT), Fábio Gomes mudou-se para Trindade há dez anos para acompanhar a mulher Rose Cleia, que é goiana e tem família na cidade. Na infância, passou fome e parou de estudar para poder trabalhar e ajudar a mãe em casa, que era separada do seu pai. Antes de virar grafiteiro, ele também se envolveu com drogas. Chegou a ser internado numa clínica de reabilitação em Cuiabá. O grafite surgiu há cinco anos depois de uma visita em Goiânia onde ficou entusiasmado com tantos trabalhos nos muros da capital. Como ele já tinha noção de cores e sombras, virou artista, em paralelo à profissão de servente de pedreiro. “Quem conhecer a minha história vai saber que sempre existe uma solução. Deus transforma, tira do lixo e coloca no luxo”, disse, emocionado.