O homem detido pelo assassinato de três pessoas em um centro cultural curdo em Paris na sexta-feira (23) afirmou sentir "ódio de estrangeiros" ao ser interrogado pela polícia. A informação foi divulgada pela Promotoria parisiense em um comunicado neste domingo (25), reforçando os indícios de que o crime, que gerou protestos entre a comunidade curda local, tenha tido motivação racista.O suspeito, um francês de 69 anos identificado como William M., afirmou durante o interrogatório que desenvolveu um "ódio de estrangeiros completamente patológico" depois de um assalto a sua casa em 2016. Uma de suas passagens pela polícia data desta época, por ter esfaqueado um ladrão que tentou roubá-lo.Leia também:- Atirador mata ao menos 3 em Paris, e polícia investiga motivação racistaNo final do ano passado, ele atacou um campo de refugiados com um sabre, ferindo dois sudaneses no processo --foi condenado pelo crime, mas foi libertado de sua prisão preventiva dez dias atrás, depois que seus advogados encaminharam uma recurso à Justiça.William M. afirmou ter depressão e tendências suicidas, e disse que planejava se matar após realizar o ataque. Uma busca na casa dos seus pais, onde ele morava, não encontrou evidências de que ele tivesse relações com ideologias extremistas.