Dos 9 maiores países da América do Sul, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é o único chefe do Executivo que ainda não felicitou Gabriel Boric por sua eleição no Chile. O candidato de esquerda, do partido CS (Convergência Social), venceu o 2º turno das eleições presidenciais no domingo (19.dez.2021). Derrotou o candidato de direita José Antonio Kast, do PR (Partido Republicano).Kast reconheceu a derrota e ligou para Boric para dar parabéns pela vitória. Com 99,47% das urnas apuradas, Boric aparecia com 55,86% dos votos, contra 44,14% de Kast. “A partir de hoje [Boric] é o presidente eleito do Chile e merece todo o nosso respeito e colaboração construtiva”, afirmou o opositor no Twitter minutos depois de ser divulgado o resultado.Cumprimentaram Boric em suas páginas nas redes sociais os presidentes da Argentina, da Colômbia, do Uruguai, do Peru, da Bolívia, do Equador, da Venezuela e do Paraguai. Avanço da esquerda na América LatinaAlém do Chile, outros países latino-americanos também viram o retorno de líderes políticos com projetos de governo à esquerda. São eles:Bolívia: elegeu Luis Arce em 2020. É o sucessor de Evo Morales depois da tomada de governo da senadora conservadora Jeanine Áñez;Argentina: elegeu Alberto Fernández em 2019 depois do mandato de Mauricio Macri, à direita;Peru: elegeu o líder sindicalista Pedro Castillo. Subiu ao poder em julho de 2021, depois de uma disputa com Keiko Fujimori, candidata da direita;Guiana: o líder progressista muçulmano Irfaan Ali foi eleito em 2020;Suriname: elegeu Chan Santokhi em 2020. Deu fim ao governo de Desi Bouterse –militar que liderou o país por 10 anos;Pesquisa do PoderData de 22 a 24 de novembro mostrou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o pré-candidato com maior potencial de voto e menor rejeição para as eleições presidenciais de 2022. Caso o cenário se concretize, o Brasil pode voltar para a lista em 2022.Hoje, 38% dizem ter Lula como única opção de voto para presidente em 2022, uma vantagem de 11 pontos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), 2º colocado com 27%. O ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, fica em 3º lugar, com 14%.