Com a abertura da janela partidária nesta quinta-feira (3), os deputados estaduais que pretendem trocar de partido avançam nas negociações para as trocas de siglas. O principal deles é o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira, cuja saída do PSB já é certa.Segundo Lissauer, a desfiliação do PSB será feita até a próxima segunda-feira (7). “Devo ficar sem partido até o fim do mês, para tomar a decisão de qual a sigla nós vamos”, disse. A chance maior é de que o presidente se filie ao PSD, comandado em Goiás pelo ex-deputado federal Vilmar Rocha. “Estou muito próximo das pessoas que comandam o PSD em Goiás e por saber que o partido tem um projeto firme que é a pré-candidatura ao Senado do Henrique Meirelles”, explica. Lissauer vai disputar vaga na Câmara dos Deputados e diz que um dos critérios é que o partido tenha chapa proporcional competitiva. Thiago Albernaz é outro que dá como certa a saída do Solidariedade. Ele diz que as possibilidades, hoje, são de se filiar ao Progressistas, ao PSD ou ao Republicanos. “O Solidariedade não tem projeto de montar chapa para deputado estadual para manter os que têm mandato. Eles querem montar uma chapa para aqueles que não venceram as eleições. Com isso, a gente já estaria fora”, justifica.Outro que está no Solidariedade é Alysson Lima, que ainda estuda a possibilidade de sair. Ele foi eleito pelo Republicanos, mas em um acordo mudou de sigla durante o mandato. “Hoje eu estou avaliando todo o quadro. Então eu não posso ainda tomar uma decisão. A princípio permaneço no Solidariedade, mas existe a possibilidade de trocar”, diz o parlamentar, que deve disputar para deputado federal. O deputado estadual Eduardo Prado também analisa a possibilidade de deixar o DC. Seu critério para a nova sigla é de que ela não esteja na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), de quem hoje é oposição. “Ainda há muita nebulosidade quanto a quem (partidos) vai apoiar o governador ou outros candidatos. Então não tenho nada definido.”Outros parlamentares que vão utilizar esse critério são Major Araújo e Humberto Teófilo. Eles estavam filiados ao PSL, mas já pediram a desfiliação quando o partido se fundiu com o DEM, do governador Ronaldo Caiado, e se tornou União Brasil. Os dois estão na oposição a Caiado e, por isso, decidiram não seguir no partido que agora será comandado pelo governador em Goiás. “Eu jamais aceitaria ficar na mesma sigla que estivesse o governador, porque não acredito na administração dele”, disse Major Araújo ao POPULAR. De acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a janela partidária vai desta quinta até o dia 1º de abril, com duração de 30 dias.